quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Mistério no piso 4


Ainda há bem pouco tempo, na sala de espera do piso 4, onde se unem 3 serviços (Intensivos, Ortopedia e Bloco), havia uma televisão daquelas modernas, para que as visitas/familiares dos doentes se pudessem distrair um pouco, nas várias horas que por vezes têm que aguardar.
Consta que essa televisão foi oferecida por um entidade sem fins lucrativos (?), se não estou em erro, pela Liga dos Amigos do Hospital. (Deve ser mesmo a Liga dos Amigos, porque (honra lhes seja feita) eles oferecem muita coisa ao hospital).
Tive que ir ver com os meus próprios olhos e de facto, naquele espaço onde costumava estar uma televisão para as visitas, encontrei o vazio.
Então onde pára a televisão? Mistério... Terá sido mais um bem material desviado para o exterior, por pessoas menos sérias, já conhecidas da casa?? Desta vez parece que não... pelo menos não foi para o exterior.... Consta que foi desviada, a pedido de um iluminado cirurgião, para a copa ou sala de pausa ou outra sala qualquer, do Bloco.
Agora pergunto, a televisão não era para as visitas?! E agora a sala de espera vai ficar sem televisão, porque alguém se lembrou que ficava melhor no Bloco, para que os profissionais pudessem ver televisão com melhor definição, nos seus momentos de pausa?!
Que raio de lata...

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Mesmo com a mais que conhecida falta de enfermeiros, eles estão a ser mandados para casa.



Nesses "tantos outros" que este documento refere, inclui-se a ULSAM.
Por todo o país, em vários serviços de saúde, cada vez se fala mais em enfermeiros despedidos ou em risco eminente de despedimento, isto quando a Ordem, sindicatos e o próprio Ministério da saúde, assumem desde há muito tempo, que há uma considerável falta de enfermeiros no SNS.
Este facto está mais que comprovado, basta ver o instrumento que foi criado para a classificação de doentes, que nos demonstrava, clara e inequivocamente, que eram necessárias muitas mais horas para que os doentes tivessem cuidados de qualidade. Essas muitas mais horas só poderiam ser atingidas com mais enfermeiros, como é óbvio.
Não conheço a realidade nas outras Unidades de saúde, mas pelo menos na nossa (ULSAM), tenho alguma percepção do que é que se está a passar. E o que está a passar cá para fora é que o "factor C" continua a ser determinante. Vêem-se coisas incríveis, do género: ser renovado rapidamente o contrato de um assistente operacional, que por acaso é filho de uma funcionária do hospital, enquanto que vários enfermeiros encontram-se numa situação extremamente delicada e problemática. Alguns já foram mandados para casa e continuam com a incerteza do regresso, outros em actividade, estão em ameaça de não renovação de contratos.
Um destes exemplos encontra-se no meu serviço (SU), onde o gestor do serviço precisa de muito jogo de cintura para fazer os horários, isto devido à falta de pessoal de enfermagem. Havendo falta de pessoal, há um elevado acréscimo de horas para a equipa, com a agravante do possível não pagamento de horas extraordinárias. (isso é outro grave problema)
Mesmo assim, com a falta de pessoal no meu serviço, um casal de enfermeiros encontra-se actualmente em risco de não renovação de contrato. Estes dois elementos, que constituem uma mais valia para o serviço, correm o risco de perder o emprego, isto após há cerca de um ano, terem decidido sair de um outro hospital, onde tinham um contrato sem termo.
Chegámos ao absurdo de frequentemente ter que andar a ligar para casa de enfermeiros a pedir para virem trabalhar, porque não há pessoal suficiente para os turnos. Chegámos ao absurdo do enfermeiro chefe sistematicamente ter que integrar as equipas de prestação, porque não há pessoal suficiente para os turnos e... na fase em que aguardávamos a chegada de novos enfermeiros, eis que surge a notícia de que dois poderão sair. Como é isso possível, perguntarão, não sei meus amigos, não sei onde é que isto vai parar.

Nota: quando falei do contrato renovado do assistente operacional, devo referir que existe igualmente uma elevada falta de assistentes. Não ponho em causa esta renovação específica, ponho sim a não renovação de contratos de enfermeiros.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Turbo-anestesista na PPP de Braga

Assunto: Doentes anestesiados em simultâneo pelo mesmo médico no Hospital de Braga
Exma. Senhora Presidente da Assembleia da República

No dia 14 de Novembro de 2011, um médico anestesista do hospital de Braga, gerido em regime de Parceria Público-Privada (PPP) pelo grupo Mello, anestesiou, simultaneamente, vários doentes operados em diferentes salas do bloco operatório do Hospital de Braga, o que constitui uma má prática susceptível de colocar em risco a vida dos doentes. Esta situação, que é contrária às orientações internacionais e também da própria Ordem dos Médicos sobre esta matéria, repetiu-se por diversas vezes ao longo desse dia. Acresce salientar que é física e tecnicamente impossível monitorizar o que se passa em todas as salas ao mesmo tempo.

O anestesista em questão foi escolhido pelo grupo Mello para o cargo de director clínico do novo Hospital de Braga. O referido médico ficou conhecido por, em 2009, ter abandonado o serviço de urgência do hospital para participar numa inauguração de um campo de golfe, ausentando-se durante oito horas, sem se fazer substituir, apesar dos registos hospitalares assinalarem a sua entrada às 8h37 e a saída às 9h48 do dia seguinte.

Em declarações ao jornal que denunciou a anestesia simultânea de vários doentes pelo mesmo clínico, tipo turbo-anestesista, o médico refuta a acusação. No entanto, as explicações avançadas não são convincentes, nem esclarecedoras, uma vez que colidem com a informação contida nos próprios registos individuais das cirurgias realizadas nesse dia, a que o Bloco de Esquerda teve acesso.
Os registos das cirurgias mostram que o médico foi o anestesista responsável, em horas coincidentes, em 2 ou 3 salas simultaneamente.

No período da manhã, até às 14h, houve sete doentes operados, nesta situação. Por exemplo, o médico anestesiou em duas salas diferentes – uma era de Ortopedia (sala 10) e a outra de Urologia (sala 4) – onde decorriam procedimentos cirúrgicos que não podem ser feitos com a tal anestesia tópica/local, mencionada nas declarações feitas hoje pelo médico à imprensa.

No período da tarde, outro exemplo desta prática irregular, em que uma das suites operatórias era Oftalmologia. Mesmo quando na presença de técnicas cirúrgicas "mais simples" a presença do médico de anestesia é fundamental, conforme prática corrente e obrigatória no Serviço nacional de Saúde (SNS) e internacionalmente. Cita-se a este propósito o Parecer da Direcção do Colégio de Especialidade de Oftalmologia da Ordem dos Médicos: “A presença de um especialista em anestesiologia, ainda que a cirurgia decorra sob anestesia tópica, é sempre imprescindível. Eventuais complicações durante a cirurgia, que sempre poderão surgir mesmo a cirurgiões experientes e até o grupo etário em que habitualmente a cirurgia da catarata é realizada são motivos bastantes, mas não únicos, para que o anestesiologista esteja efectivamente presente”.

Ainda no período da tarde, uma doente sujeita a procedimento cirúrgico diferenciado ginecológico das 14h10 às 17h16, “partilhou” o anestesista em questão com outra sala de Urologia, onde decorria um procedimento igualmente diferenciado, das 15h25 às 15h55, e ainda com três outros doentes da sala de Oftalmologia (das 15h às 16h21, das 16h34 às 16h55 e das 17h06 às 17h24). Ou seja no mesmo horário foram anestesiados 5 doentes em três salas distintas.

Atendendo ao exposto, e ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda vem por este meio dirigir ao Governo, através do Ministério da Saúde, as seguintes perguntas:

1.Já decretou o Ministério da Saúde a abertura de algum inquérito para apurar os factos e os motivos por que ocorreu a situação acima descrita?

2.O gestor do contrato relatou o ocorrido ao Ministério da Saúde?

3.Considera o Ministério da Saúde compatível a acumulação de funções de director clínico do Hospital de Braga com o exercício de actividade clínica no mesmo hospital?

4.O número de anestesistas no Hospital de Braga é suficiente para assegurar o normal funcionamento no bloco operatório, de acordo com as boas práticas e normas vigentes?
 
Palácio de São Bento, 21 de Novembro de 2011.

O Deputado, João Semedo

retirado do blog tabanikadepayalvo

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Em quem votar pra Ordem? Estou desordenado...

A, B, C, D, E, F, G..
Tava a ver que chegávamos à Z. Hoje é o último dia para decidir o voto na Ordem e ainda não estou completamente convencido. São tantas as listas, as ideias e as promessas, que até estou confuso.
Fiquei desiludido com a anterior Ordem. Gostava de uma bastonária mais interventiva e corajosa.. assim tipo Marinha Pinta. Podem-me dizer que se fez muito trabalho, mas o que é real é a posição atual da enfermagem… de rastos. E para mim a enfermagem não precisa tanto de congressos e conferências e viagens, precisa é de intervenção. Mesmo assim considero o seu percurso pela enfermagem e desejo-lhe tudo de bom.
Quem virá? Não sei… mas já li muitas promessas, muita demagogia e acima de tudo muitos cortes uns nos outros. São blogs a fazer campanha, outros blogs a cortar forte e feio… Já é o habitual nos enfermeiros. Quem escapará neste fogo cruzado?
Tudo me leva a crer que a luta andará entre A e C.. Talvez pelo impacto e poder da campanha.. Mas já por lá vi caras que em nada me agradam, pessoas que me desiludiram. Depois é só notícias degradantes tanto da A, como da B. Será verdade, será mentira? Não sei…  
Na B não votarei pela persistência da candidata em ser bastonária sem ter o tempo serviço necessário, pelo curriculum demasiadamente político e duvidoso. Que seja paciente e aguarde o seu momento, não gosto de pessoas com pressa.
Na do senhor que tinha ou tem um sindicato, nunca na vida. Quando o ouvi falar em Viana, Deus me livre! Tanta, mas tanta letra que fiquei aparvalhado. E depois o seu trabalho no seu sindicato, acho que era mais para desfazer do que fazer.
Resta-me a lista G, acabei de ler o seu programa. Não conheço as pessoas. Gostei do curriculum do Enfº Sérgio, que concorre a bastonário. Apreciei alguns objetivos traçados, mas não fiquei completamente satisfeito. Resta-me votar em branco ou votar neste senhor e pedir a alto e bom som que nos leve pelo melhor caminho, porque sinceramente a enfermagem nesta última década tem estado em queda livre.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Roupa de "plástico" para os doentes


No meu hospital procura-se poupar naquilo que é mais barato e indispensável. Poupa-se nos lençóis, cobertores, almofadas, pijamas, ou seja tudo que seja roupa.
Poupa-se tanto ao ponto de ocasionalmente não haver cobertores, ao ponto de nunca haver uma almofada para posicionar um doente (talvez pensem que não é necessário posicionar doentes na Urgência, talvez pensem que os doentes fiquem 2 ou 3 horas no Serviço de Urgência no máximo, talvez pensem que os colchões das macas sejam de pressões alternas).
Poupa-se tanto ao ponto de praticamente deixarem de haver pijamas e batas (em tecido/algodão) para passar haver batas num material tipo plástico. (não sei o que fica mais caro, se ter um stock de roupa de algodão e lavá-lo ou ter kits de “roupa de plástico” que são usados uma vez e deitados fora.
Esse kit, além de desproporcional para muitos doentes, não deve ser muito confortável.
Há que dar mérito à famosa senhora que manda no serviço das roupas. Do jeito que ela corta, poupa e manda, bem que o seu serviço deve ser lucrativo.
Poupem naquilo que é caro e dispensável... Um dos exemplos está neste recente post.
Sejam exemplares no básico, só assim é que se conseguem serviços de excelência e hospitais verdadeiramente acreditados.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Enfermagem faz greve à greve


Decerto o José Carlos Martins (Presidente SEP) não se importará que publique as suas palavras de reflexão em torno da greve de 24 de Novembro. 
Acho que será a mensagem ideal para todos nós.

"De acordo com os dados disponibilizados pela CGTP e o balanço final feito pelas Centrais Sindicais, esta Greve Geral foi um importantíssimo dia de protesto e exigência nacional, com uma significativa paralisação do geral dos trabalhadores e uma fortíssima expressão do sector dos transportes. Mesmo em dia de Greve Geral e com paralisação dos transportes, a Manifestação em Lisboa juntou milhares de trabalhadores.

Os Enfermeiros deram o seu contributo. Os dados de adesão a esta Greve Geral são inferiores aos da última Greve Geral (24/Nov/2010) e, naturalmente, bastante inferiores às Greves de Enfermeiros em torno da Carreira. Todos sabemos que a insatisfação e a revolta contra as medidas do Governo são muito superiores ao n.º dos que fizeram Greve. Mas, então, porque não fizeram Greve? Cada um terá as suas razões objetivas e subjetivas. Serão diversas. Mas, certamente, haverá uma grande “mancha” onde a resignação … o não acreditar que é possível, com a luta, mudar … a ausência de esperança em que as “coisas” melhorem … determinou a sua não adesão (isto em articulação com a perda de um dia de salário … que não é o caso no Turno da Noite=Minimos). Para além das pressões e das precariedades.

Neste contexto, de profunda impregnação social da inevitabilidade das medidas movida pela máquina de propaganda do Governo, a nossa/vossa  acção de informação, esclarecimento e de mobilização foi fundamental. Vai continuar a ser fundamental. Cada vez será mais determinante. Isto porque, contrariamente ao “comum” dos enfermeiros,  somos dos que temos consciência que:
- a guerra é longa – é um combate de desgaste – os resultados não se atingem no imediato, após uma batalha, após uma Greve
Teremos de fazer muitas mais guerras… muitas mais Manifestações e Greves … MAS A HISTÓRIA DEMONSTRA, ATÉ “AO TUTANO”, QUE É O MOVIMENTO DE LUTA ORGANIZADO DOS TRABALHADORES QUE PROMOVE/DETERMINA AS MUDANÇAS, AS MELHORIAS, O PROGRESSO… E ELES (GOVERNOS, PATRONATO, FINANÇA) SABEM ISTO …e por isso nos querem desgastar, abater, desalentar.
ESTÃO ROTUNDAMENTE ENGANADOS.
É A CONSCIÊNCIA DISTO QUE NOS MOVE E DÁ ALENTO PARA AS PRÓXIMAS BATALHAS QUE SE AVIZINHAM

A LUTA CONTINUA
FORÇA
ABRAÇO
JCMARTINS"

Concordo em pleno com tudo isto. É por tudo isto que este blog tem o nome que tem. Porque às vezes dá vontade de desistir ao ver tanta descrença e acomodação na maioria dos enfermeiros. 
Só te queixas, criticas tudo e todos, falas mal da Ordem, dos sindicatos. Mas já paraste para pensar?? Já paraste para pensar o que é que tu fizeste para mudar de rumo. Que moral tens tu para criticar, se nem uma greve geral de trabalhadores fazes? Que moral tens tu, se nem no momento de maior expressão de revolta do povo, correspondes com o maior sinal de indignação. Que moral tens tu, se nem uma palha moves pela luta? Sim, porque só com a luta é que se chega lá. A história assim o prova. É pelo dinheiro perdido? É pela descrença? E se todos desacreditarem, para onde vamos?
E se todos acreditássemos, para onde iríamos?
Acorda




sábado, 19 de novembro de 2011

Médicos recebem "subsídio" de "reanimação" ??!



Consta que existe no nosso hospital um certo "subsídio" de cerca de 800 eur/mês para alguns médicos. Esse "subsidio" é-lhes pago por fazerem trabalho de reanimação.

Agora questiono?

E os outros médicos que também integram as equipas de reanimação não teriam igualmente direito a esse "subsídio"?

E os enfermeiros que também integram as equipas de reanimação não teriam igualmente direito a esse "subsídio"?

É que todos têm papel de igual importância no trabalho de reanimação.

Discriminações aparte, A QUE PROPÓSITO ESTE "SUBSÍDIO" EXISTE? 

O trabalho de reanimação não faz parte das funções de qualquer médico?

E os médicos já não são pagos  pelo seu trabalho?

ENTÃO COMO É POSSÍVEL QUE EXISTA ESTE "SUBSIDIO"?

COMO É POSSÍVEL QUE, NOS TEMPOS EM QUE VIVEMOS, SE PERMITA A VERGONHA QUE É ESTE "SUBSÍDIO"?

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Enfermeiros contratados vão pro desemprego


Achei importante publicar o seguinte comentário enviado no último post,


A denúncia parte do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), que fala em perigos para a saúde pública: 100 enfermeiros do Hospital de São João (HSJ), no Porto, estão a perder o emprego por não verem renovados os seus contratos.
A administração do HSJ só confirma 9 casos. Em comunicado, o SEP salienta que são 14.000 horas de cuidados de enfermagem por mês que deixarão de ser prestados aos utentes do hospital. “Todos estes enfermeiros, à semelhança do que acontece em outras instituições, ainda que em situação precária, foram admitidos para fazer face a necessidades permanentes. Estes enfermeiros são necessários! O seu despedimento demonstra a irresponsabilidade do Governo”, realça o sindicato.
Para o SEP, “o aumento dos riscos e as suas consequências resultantes da diminuição de enfermeiros (…) será da responsabilidade do Conselho de Administração do Hospital, dos ministros da Saúde e das Finanças e, por último, do primeiro-ministro”. “Inadmissivelmente, os ministérios da Saúde e das Finanças continuam sem tomar medidas que permitam a permanência dos enfermeiros em situação precária nos serviços”, critica o sindicato, lamentando que a administração do hospital ainda não tenha respondido a um pedido de reunião feito pelo SEP.
Fátima Monteiro, do SEP, refere que já foram dispensados do São João “dezenas de enfermeiros” contratados, estando os restantes a sair à medida que terminam os seus contratos. Segundo Fátima Monteiro, o hospital tem atualmente cerca de 1.700 enfermeiros, mas nalguns serviços a saída de contratados está a reduzir o número de enfermeiros para menos de metade. “É uma situação alarmante. Depois admirem-se que a taxa de infeção hospitalar suba, como foi revelado recentemente num estudo”, frisou.
Fonte do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de São João referiu que “no dia de hoje contam-se em 9 o número de contratos de trabalho de enfermeiros (…) que terminaram e ainda não foram renovados”. Em causa está o despacho 12.083/2011, de 15 de Setembro, dos ministérios das Finanças e da Saúde, que obriga os hospitais a enviarem às administrações regionais de saúde e esta ao Ministério da Saúde “informação detalhada e casuística” que demonstre a imprescindibilidade de contratação ou renovação de contratos.
O MESMO SE ESTA A PASSAR NA ULSAM!!!!!!!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Que desperdício!



Há um programa interessante na cabo onde um chef de renome, dono de cadeias de restaurantes famosos, vai tentar relançar restaurantes que estão em pré-falência.
Gordon Ramsey, o chef, é implacável na crítica e ríspido no relacionamento, mas o que é certo é que o homem consegue reanimar aqueles restaurantes. Trata-se de um excelente gestor pois não está com rodeios para eliminar os obstáculos para o sucesso.

Num dos episódios alertou o patrão para o desperdício, para o exagero de comida confecionada. Rapidamente percebeu que esse seria um dos motivos para o insucesso do restaurante em “crise”, ensinando ao patrão que um dos segredos para uma boa gestão passava por evitar o desperdício.


E perguntam-me vocês, mas por que carga de água está este lunático a falar em culinária, chefs e gestão de restaurantes, num blog de saúde?!

Eu explico, tudo isto foi para chegar ao ponto-chave deste post, que é o Combate ao desperdício. Portanto fui dar uma grande volta e no fundo o post começa agora. Peço desculpa, às vezes dá-me para estas coisas.


Em qualquer sistema empresarial que se preze, o desperdício é evitado, caso contrário alguém vai acabar por sofrer as consequências.

A minha realidade, que como vocês sabem é um Serviço de Urgência, pertence a um grande sistema empresarial de nome, ULSAM. A ULSAM é uma Unidade de Saúde, que tal como muitas outras Unidades de Saúde, luta para evitar o défice e diminuir os milhões de eur de prejuízo do estado, responsáveis pela crise do país.

O combate à crise depende exclusivamente de uma boa gestão e uma boa gestão começa nas pequenas coisas, como por exemplo a eliminação do desperdício.

Muito haveria por fazer para se poupar num hospital e mais ainda se poderia fazer com os gastos na saúde de uma forma geral, alguns desses temas já foram cá discutidos e brevemente voltarão a ser, mas hoje falaremos apenas no desperdício.

No meu serviço, lamentavelmente, vejo muito desperdício. O local onde ele se torna absurdamente evidente é na Triagem Geral. Alguns médicos de clínica geral prescrevem sistematicamente terapêutica desnecessária, sem qualquer critério ou justificação clínica. Não sou eu apenas que o digo, toda a gente o diz, mas o que é certo é que a situação mantém-se e uma simples indisposição é corrida com soro, antipirético EV, análises a sangue e urina, RX, etc, etc. Já para não falar das prescrições efetuadas sem os doentes serem vistos e das prescrições efetuadas como que a "castigar" a vinda desnecessária do utente ao SU (ex: 2 ampolas Atarax IM, que doi que se farta e furosemida sem qualquer justificação, para o utente urinar várias vezes etc etc). 

Seria oportuno que o programa ALERT só deixasse que uma prescrição ou pedido fosse consumado, caso o clínico digitasse uma justificação, mas que não fosse um simples (.) como frequentemente se vê. Aí talvez se entendesse por que razão a uma pessoa com tonturas, logo à partida se prescreva soro fisiológico.

Não há turnos iguais, mas eles serão completamente diferentes, se estamos a trabalhar com os médicos  X e Y, que prescrevem desmesuradamente ou com os médicos Q e W que prescrevem criteriosamente.

O dinheiro que o hospital não pouparia se não contivesse estes gastos inusitados, este desperdício sem fim, chamem o Gordon Ramsey.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Quero receber menos 20 eur ao final do mês

Já é de conhecimento geral que os vencimentos da função pública acima dos 1000 euros, vão sofrer os cortes dos “subsídios” de Natal, Férias e o rai q´o parta.


A minha reflexão sobre isso:


Sou contratado. Tenho um contrato sem termo. Não pertenço, nem nunca pertenci aos quadros da função pública. Tenho um vencimento base de 1020 eur (mas ao fim do mês, com os descontos, levo bem menos do que isso).
Trabalho há quase 10 anos e hoje levo menos dinheiro para casa, do que quando iniciei funções.
Nunca subi na carreira porque ela deixou de existir desde que comecei a trabalhar.


Posto isto, gostava de partilhar convosco as seguintes observações:


Para os benefícios como ADSE ou ex-ADSE, estatuto de bolseiro e outros e para os legítimos direitos, como o pagamento dos suplementos correspondentes às horas de valor (fins-de-semana, feriados, noites) e outros, nunca fui considerado um triste de um funcionário público, mas sim um ludibriado contratado e por isso não tinha, nem tenho esses direitos consagrados na lei e ganhos com justiça no passado
Para ficar sem os “subsídios” de Natal, férias e o rai q´o parta, já sou triste de um funcionário público.
Sendo assim e como se não bastasse, por causa de 20 eur, vão-me roubar (a mim e a tantos como eu) aquilo que é meu (nosso) por direito.


Essa corja anda mas é a gozar com a nossa cara. Até quando vamos ficar serenos, passivos ao roubo?


Com toda a convicção vos digo, tenho mais desprezo por estes políticos sujos e canalhas, do que o desprezo que tenho a um ladrão de multibanco.
Achei então oportuno criar um movimento no facebook “Quero receber menos 20 eur ao final do mês!”, cujo apelo é o seguinte:


"Sr Passos Coelho, não quero ganhar tanto ao final do mês!! Recebo 1020, peço-lhe encarecidamente para passar a receber 1000!! 
Fiquem com esses 20 eur, para ajudar nas vossas despesas e nas despesas do estado, que contribua para voarem novamente em primeira classe, que contribua para pagar um pouco mais aos gestores de empresas públicas que estão tão desgraçadinhos, na miséria. Podem até deixar estar os subsídios ou reformas vitalícias para os políticos como Duarte Lima, coitados que trabalham tanto são tao honestos e ganham tão pouco. Que contribua para pagar os flops dos estádios, auto-estradas e que o utilizem para dar seguimento as ideias fantásticas dos TGV´s, aeroportos, e outros projetos inteligentes e que contribua também para revitalizar o BCP BPN e toda a banca miserável que está nas lonas..
Agora tu que ganhas 1020 eur, ou que até estás solidário com esta causa, junta-te a ela, nunca se sabe até onde ela pode chegar." 


nota: (todos os factos descritos na primeira pessoa, mas muitos como eu encontram-se na mesma situação. As aspas são utilizadas como sarcasmo porque subsídio de férias e Natal nunca deveria existir, é dinheiro nosso por direito.. Não é nenhuma esmola nem nenhum subsidio).

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Porque é que há enfermeiros e médicos tão gananciosos?



Não sou contra o duplo emprego de um prof. de saúde (caso o segundo seja considerado como que um part time, um local onde se vá fazer mais umas horas).
Sou profundamente contra tudo o que seja mais que isso.
Quem não conhece enfermeiros e médicos que trabalham em vários locais, com um total de horas semanal inacreditável??
Cada um faz o que quer com o seu tempo, mas o que coloco em causa é o rendimento destas pessoas. Nalguns o rendimento não é muito afectado, cumprem as suas funções de forma eficaz (pelo menos por enquanto), mas em muitos é afectado e em larga escala. Arrastam-se, dormem nos gabinetes durante o dia, são pouco tolerantes, falam mal para as pessoas, trabalham menos, produzem menos, erram mais… Isto vê-se, mas também se comprova em estudos. (justo será acrescentar que este tipo comportamento é mais evidente nos médicos, pois são aqueles que fazem mais horas seguidas)
E será que estas pessoas têm qualidade de vida? É pelo dinheiro que fazem horas a fio? É que a trabalhar desse jeito nem tempo têm para o gastar… Podem estar a poupá-lo prá herança.
Desfrutem da vida...

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Médicos costa-riquenhos com férias pagas pelo governo português


Ainda no mandato socretino, Foram contratados vários médicos costa-riquenhos para tentar atenuar a falta de médicos no país. O problema é que passados 4 meses estes médicos continuam em turismo pago, com um bónus de 1800 eur mensais.

Mais uma façanha do Sócrates em parceria com a ordem dos médicos..

Parece que tudo estará preso por um acordo de reciprocidade... Caso haja algum médico português que queira trabalho na Costa Rica. (lol)… só da pra rir mesmo

Mais uma vergonha neste nosso país que até está tão bem de economias..

O que são 1800 eur, vezes 4 meses, vezes número de médicos contratados? Nada!

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

3 anos de PDDSE



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Após 3 anos, são números que me enchem de orgulho e que me levam a pensar que aquilo que começou por uma curiosidade, uma brincadeira, tornou-se uma página de reflexão e discussão, com alguma credibilidade e visibilidade.
 Nada seria sem a vossa participação, colaboração e apoio.
Os problemas nas relações entre profissionais de saúde, os problemas entre profissionais de saúde e utentes, os conflitos, os conflitos de interesses, as injustiças nas carreiras, o que se deve louvar, o que deve repudiar, os momentos divertidos, os momentos infelizes, o desrespeito do profissional para com o sistema, o desrespeito do sistema para com o profissional, os podres na saúde, os podres na formação, os podres nas escolas, os podres nos serviços, os momentos caricatos, os momentos difíceis, os bons momentos, as mágoas, as revoltas, as más atitudes dos enfermeiros, as más atitudes dos médicos, as más atitudes dos auxiliares e as boas atitudes também, os stresses, as paranóias, os vícios, as polémicas, as ideias, as sugestões e os pensamentos.
Foi tudo isto e mais ainda…
E assim espero que continue… mas que os factos positivos se sobreponham aos negativos, ao contrário do que até aqui.

Obrigado!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Triste saúde

…doente com 42 anos com diagnóstico de fibromialgia há 5 anos, seguida em reumatologia, vem com dores musculares. Estava a tomar Lyrica, Cymbalta e Cloxam e estava melhor. Porém, por razões financeiras, foi-lhe mudada medicação para Fluoxetina, Daizepan, Diclofenac e Trazodona e tem vindo a piorar…

Custa-me ler isto, quando temos toxicodependentes que são isentos.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Trabalhar no Novo Hospital de Braga


Acho que seria importante que todos tivessem conhecimento acerca da realidade de um hospital Publico privado, ou melhor Privado (e muito pouco de ) público. Trata-se de um relato de um enfermeiro (anónimo) do hospital Escala-Braga, cujo objectivo será decerto difundir a sua mensagem ao maior número de pessoas possível. O meu comentário segue no final

“Trabalhar no Novo Hospital de Braga

Como Enfermeiro no novo Hospital de Braga, venho manifestar a minha insatisfação e preocupação, pela forma como foram calculados os rácios do número de doentes por Enfermeiro, em quase todos os serviços de internamento.
É humanamente impossível prestar cuidados de saúde de excelência. A Sr.ª Enfermeira Directora, com a conivência das Enfermeiras Chefes dos serviços de internamento, disponibiliza diariamente das 20:30 horas às 09:00 horas apenas dois Enfermeiros e um Técnico Operacional (Auxiliar de Acção Médica) para um total de 30 doentes internados. Durante a tarde, fins de semana e feriados, todo o dia, cada enfermeiro fica responsável por 10 doentes!
Gostaria de lembrar que somos um Hospital Central (do SNS), de doentes agudos e instáveis, que requerem muita vigilância e cuidados diferenciados. Para além de que é referência para toda a região do Minho (mais de um milhão de habitantes).
A agravar as condições de assistência médica tem sido prática recorrente, e por decisão da administração, encerrar alas completas de determinadas especialidades. Obrigando, consequentemente, à passagem dos doentes para outros serviços, muitas vezes, de especialidades totalmente diferentes, e com outras especificidades.
Isto acontece por motivos puramente economicistas, que colocam em causa os interesses primordiais do doente. Mas também os profissionais de Saúde são afectados com estas políticas da administração do Hospital. Muitos têm sido frequentemente mudados de serviço, dispensados, por vezes, acontece a meio de uma jornada de trabalho, etc. Isto traduz-se, obviamente, numa enorme instabilidade profissional e familiar (sim, porque, não se lembram estes senhores, mas também temos famílias, que também sofrem com toda esta situação). Obviamente, com todas estas ocorrências, os enfermeiros, nunca são integrados nos novos serviços (muitas vezes, radicalmente diferentes), e deparam-se com 10 doentes, ou mais, ao seu cuidado, com características e cuidados exigidos, com os quais podem os profissionais não estar tão familiarizados. Sofremos nós, os enfermeiros, mas sofrem ainda mais os doentes.
A agravar este cenário, assistimos mensalmente, a mudanças na organização do tempo de trabalho. Em poucos meses de vida, este novo hospital já nos proporcionou os mais diversos e engenhosos tipos de horários! Tudo para tentar economizar mais alguns trocos! Seja por omissão de passagens de turno ou por redução de elementos em determinadas sobreposições, mais uma vez, as opiniões e interesses dos profissionais, não são tidos em conta. E muito menos pensa o Hospital se estas constantes alterações nas rotinas de trabalho afectam os doentes.
Quase todos os dias confrontamos as nossas Enfermeiras Chefes com as dificuldades que enfrentamos: o número reduzido de profissionais (Enfermeiros e Assistentes Operacionais) nos respectivos turnos de trabalho; a dificuldade de vigilância dos doentes; a impossibilidade de prestar cuidados de saúde de excelência. Para espanto nosso, as nossas chefias (Enfermeiras Chefes) não nos apresentam soluções e “choram como Madalenas arrependidas”!
Custa-nos entender que tenham este tipo de atitudes, quando a maioria delas antes da Parceria Público Privado com o Grupo Mello eram reivindicativas e firmes quanto aos rácios do número de doentes por Enfermeiro. E, algumas delas, ainda têm a “lata” de responder agora que “temos de ajudar o Grupo Mello”.
Nós profissionais, pensava-mos que ia ser um orgulho inaugurar um Hospital novo, com condições de resposta muito boas para todos: profissionais e doentes. Enganámo-nos redondamente! Condições para os doentes e visitas, sim. Melhorou substancialmente. Embora já se comece a notar que a escolha, da generalidade dos materiais, foi de péssima qualidade. Já existem muitas coisas estragadas e partidas, ainda com tão pouco tempo de uso (o ar condicionado continua a não funcionar correctamente, o sinal nas TVs é vergonhoso, inúmeras fechaduras danificadas tal como o porta papel dos WC, etc.)
Quanto às condições de trabalho para nós profissionais, falta quase tudo… Só para dar dois exemplos: os gabinetes de Enfermagem são minúsculos (não cabemos todos, nas passagens de turno, quando transmitimos aos colegas que nos vêm substituir, toda a informação importante dos doentes que estão internados); e é inadmissível não haver uma televisão para que consigamos estar despertos durante a noite (já que passamos 24 horas por dia com o doente); mas em cada enfermaria de duas camas, existem duas televisões LCD).
É também preocupante, que em certos períodos (feriados e fins de semana), exista apenas um maqueiro para dar apoio a todos os serviços de internamento do Hospital. Por norma, e na melhor das hipóteses, um exame “urgente” pedido de manhã é realizado ao final do dia, ou então no dia seguinte. Tem sido, muitas vezes, a boa vontade dos Enfermeiros e dos Assistentes Operacionais a evitar que muitos doentes não agravem o seu estado clínico ou algo mais grave, porque não realizaram um determinado exame atempadamente. Tudo porque o Hospital não quer pagar a mais alguns maqueiros.
A alimentação dos doentes, é também uma situação embaraçosa. É recorrente faltarem dietas, outras vêm incorrectas. Muitas vezes a porção do peixe e /ou da carne, é minúscula, etc. Tudo isto, começou apenas a acontecer, e de forma sistemática, após a privatização da cozinha do hospital.
Não menos frequente, é o facto de muitas vezes, quando se pede medicação à farmácia para os doentes, aparecer uma nota a dizer que o fármaco está esgotado. O que obriga o médico, a prescrever uma alternativa, se existir. Outra solução, que tem acontecido, é pedir à família para ir comprar a uma farmácia do exterior. Só assim o doente que está internado num hospital do SNS, pode fazer convenientemente a sua medicação; para não falar da medicação diária para o doente internado (designada unidose), que chega aos diversos serviços “tarde e a más horas”, mal identificada e com inúmeras faltas, enfim uma “balbúrdia”, o que nos obriga a nós Enfermeiros a uma atenção redobrada, para não haver troca de medicação.
E que dizer do ultraje, que é o parque de estacionamento do novo Hospital para os funcionários?! Ser obrigado a pagar 40,00€, ou mais, por mês, para poder exercer a profissão, é no mínimo um abuso. Para um Assistente Operacional, por exemplo, representa num ano o subsídio de Natal.
Para terminar, quero ainda denunciar o facto de existirem neste Hospital muitas disparidades no que toca à remuneração de profissionais iguais, que desempenham as mesmas funções. Após a privatização, profissionais que já trabalhavam há muitos anos no Hospital de São Marcos, foram “forçados” a mudar o seu contrato e, consequentemente, a trabalhar mais horas (de 35h para 40h semanais). No entanto, passaram a receber menos dinheiro, pois os suplementos nocturnos e de fim-de-semana, foram reduzidos de 50 e 100% para 25% e 0%. Ora, se estes profissionais, continuam a desempenhar as mesmas funções e a trabalhar para o mesmo SNS, não se compreende a sua desvalorização financeira, quando outros colegas mantêm a mesma remuneração.
Com tudo isto, penso que os profissionais de Saúde e a população utente do novo Hospital de Braga, ficou a perder em relação ao “velhinho” Hospital de São Marcos. Os profissionais de Saúde sentem-se desmotivados com todas estas situações. Eu próprio, sinto vergonha de ser Enfermeiro (profissão que sempre adorei e adoro) no novo Hospital de Braga. Aqui não me considero Enfermeiro, mas sim um “Jornaleiro” (sem desprazer pelos jornaleiros), a prestar cuidados a doentes, que necessitam de atenção da nossa parte, e que não a têm, pois já não temos tempo para lha dar.
Este sentimento aqui expresso por mim, é comum a todos os profissionais desta Instituição.
Com tudo isto, eu espero que a nossa Ordem, os Sindicatos, a Entidade Reguladora da Saúde e os Líderes parlamentares dos vários partidos pelo círculo de Braga, tomem uma posição, para que se possa mudar algo no nosso Hospital. Temos de voltar a prestar cuidados de Saúde de excelência, e a ter orgulho de ser Enfermeiro e de trabalhar no Hospital de Braga.

Um Enfermeiro"

Apesar de haver um ou outro pormenor que achei irrelevante que o autor referisse, pois a maioria das pessoas não entenderão (como a TV para os profissionais poderem ver), são gritantes as mudanças para pior no nosso sistema de saúde, tanto para os doentes, como para os profissionais. Algumas delas já aqui no PDDSE têm sido referidas, mas nunca é demais voltar a lembrar. A ver se despertámos para a podridão em que isto se está a tornar. A crise não pode ser a desculpa pelas injustiças que se cometem desde muito tempo antes de se ouvir falar em crise.