segunda-feira, 18 de junho de 2012

Enfermagem intercontinental II


Olá enfermeiro Guilherme, nesta tarde de quinta-feira, me vi em reflexão sobre meu papel quanto enfermeiro e inevitavelmente lembrei-me do nosso contato anterior. Em saudosismos fui ao teu blog e li o primeiro post presente: "ALERTO PARA O CONTEÚDO DA MENSAGEM DO BASTONÁRIO A PROPÓSITO DO 10 DE JUNHO". Triste esta situação putefra ao qual a enfermagem está. Me entristece saber que esta é uma dura realidade não apenas nas Terras Lusitanas, mas também nas latino-americanas. Sou graduado há mais de ano e até o momento não consegui um emprego, ou pior um subemprego. Vivo de aulas esporádicas para enfermeiros em cursos de atualização e preparatórios para concursos e processos seletivos. O Brasil não está a passar a mesma crise financeira que se alastra pela Europa, mas estamos em forte crise de desemprego, principalmente para a saúde.
As vezes me sinto envergonhado por dizer que sou enfermeiro, afinal nada consegui e tão pouco conseguirei por um bom tempo. Tenho a cada dia tentado acreditar e ter esperanças que na luta sindical, na luta trabalhista e formação de profissionais críticos esta dura realidade irá mudar, mas as esperanças estão por fim. O Estado Brasileiro humilha seus professores, devasta suas universidades, escolas e colégios.
A nossa educação acadêmica já passou por momentos gloriosos, nossos serviços de saúde, sejam eles públicos ou particulares também. Enxergamos emergências lotadas, falta de verbas, materiais, altos índices de mortalidade materna, mortalidade infantil e não por falta de recursos, mas pela má administração e corrupção dos nossos governantes.
A promiscuidade política está a destruir um país, uma nação...
Queria saber de ti amigo de longas léguas além mar, ainda tens esperança na enfermagem? Acredita que um dia teremos um lugar ao sol?

Abraços fraternos,

Enf. Thiago Fiel

Olá Thiago, é com emoção que leio as tuas palavras. Partilho e tua tristeza e revolta e lamento do fundo do coração. 
É tal e qual como dizes, a responsabilidade é dos nossos governantes incompetentes. Cá em Portugal vivemos uma crise na enfermagem (e geral) muito por culpa do excesso de vagas para estudantes de enfermagem, para as escolas encherem os bolsos e só agora, passados 10 anos, é que se lembraram que talvez fosse melhor diminuir em 10% as vagas para admissão para estudantes de enfermagem... enfim.
Não tens que te sentir envergonhado, porque tens uma profissão das mais dignas que existe, uma profissão de excelência, pena é toda essa situação que vives, mas como se diz por ai, vamos torcer para que as coisas dêem uma volta! E vamos ter esperança que sim, caso contrário vens para Europa e cá encontras trabalho (mas não em Portugal :( ).
Esperança na enfermagem??! É uma boa questão... um lugar ao sol, nem num futuro muito longínquo imagino, nem para os enfermeiros, nem para muitas outras classes, talvez só para os gestores e administradores... mas acredito que vamos melhorar, porque piorar mais que isto, acho que é difícil, pois neste momento parece que estamos no fundo, mas como diriam muitos pessimistas, "isto ainda não é nada e ainda vai piorar..." a ver vamos.

Um grande abraço e que tudo corra pelo melhor!

segunda-feira, 11 de junho de 2012

ALERTO PARA O CONTEÚDO DA MENSAGEM DO BASTONÁRIO A PROPÓSITO DO 10 DE JUNHO

Por: Ana

"Está tudo doido?

Na mensagem do Bastonário para os enfermeiros da Diáspora (http://www.ordemenfermeiros.pt/comunicacao/Paginas/MensagemBastEnfermeirosDiaspora10junho2012.aspx) a propósito do dia 10 de junho de 2012 e falando da necessidade de empreendedorismo face ao problema do desemprego na Enfermagem apontando o exemplo da Enf.ª Isabel Santos Melo cita o Enf. Germano Couto mais um "curioso" exemplo:

"Têm surgido exemplos desses também em Portugal. Um deles em Miranda do Douro de duas jovens enfermeiras que resolveram transformar uma situação de desemprego numa oportunidade, trabalhando voluntariamente a troco de casa e alimentação. Não julgo que essa seja uma situação que se deva prolongar indefinidamente, mas reconheço o espírito de abnegação e empreendedorismo destas profissionais e que gostaria de destacar. Tenho esperança que esta situação precária venha a dar lugar a uma situação condigna."

Mas está tudo doido? Um exemplo de mendicidade em que 2 jovens Enfermeiras trabalham a troco de comida e roupa lavada é apontado como um exemplo de empreendedorismo???
Eu chamo a isto uma situação de desespero e nunca empreendedorismo. Quererá por ventura o Enf. Germano Couto mais exemplos destes???

É assim que se luta pela dignificação da Classe?

É reconhecendo como "normal" a mendicidade na Enfermagem e até "maquilhando" a mesma adjectivando-a pomposamente com palavras como "abnegação" e "empreendedorismo" que conseguiremos um reconhecimento e justa remuneração do nosso trabalho?

Vários têm sido os Colegas que se insurgem contra esta situação. E agora vemos o nosso Bastonário elogiar esta situação? Já ficaria descontente com a inexistência do repudiar desta situação mas vejo-me agora chocada com o ELOGIO que o Enf. Germano faz.

Passamos a ter uma situação de mendicidade (pois é disso mesmo que se trata) com o carimbo de aprovação, pasme-se, da Ordem dos Enfermeiros."

sábado, 9 de junho de 2012

Sabe o que é o olecrâneo?


História real...
Entra na Triagem, um miúdo de 9 anos com pinta de intelectual, acompanhado pela mãe.
A mãe explica,
Caiu a brincar, tem uma ferida no cotovelo, nao consegue esticar o braço.
E ele completa,
Devo ter fracturado o olecrâneo