sábado, 30 de agosto de 2014

Greve em Viana - uma (metade) vergonha...


Os números da greve (85%) até que foram bons, mas a manifestação foi uma vergonha.
Por motivos pessoais, desta vez não consegui estar presente, mas pelo que vi e pelo que soube, apenas meia dúzia de colegas deram a cara, sem receios de aparecer na tv. Grande parte dos colegas eram do CS e P. Lima, do hospital, que representa a maioria, estavam pouquíssimos... vergonhoso!
É por estas e por outras que somos uma classe que não vamos a lado nenhum!
Era uma oportunidade única de aparecer, de mostrar ao país a nossa indignação!
Era uma oportunidade única de aparecer nos canais de TV e dizer aos portugueses os motivos da nossa insatisfação e dos atropelos na saúde.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Greve de enfermagem na ULSAM - O que achas?



Que eu tenha memória, penso que será algo inédito.
Dia 28 e 29 deste mês, todos os enfermeiros de toda a Unidade Local de Saúde do Alto-Minho (ULSAM), terão oportunidade de se fazerem ouvir, terão oportunidade de manifestar toda a sua indignação e sentimento de injustiça e desconsideração.

Achei oportuno abrir este espaço para discussão.
Concordas com o formato desta greve? Quais as expectativas?
O que estás disposto a fazer?
Aderes à greve?

Quantio a mim, concordo plenamente com o formato desta greve, as expectativas não são altas, mas esta greves que se têm vindo a fazer de norte a sul, já estão a ter grande eco na opinião pública.
Eu estou disposto, como sempre, a lutar pela dignidade da nossa profissão, pela justiça relativamente a questões monetárias e acima de tudo pela segurança e qualidade de cuidados.
Aderir à greve? Sempre! Enquanto não achar que estejamos onde deveríamos estar, ou seja, enquanto não nos reconhecerem como licenciados.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

A minha resposta à ignorância do Ministro sobre a exaustão dos enfermeiros


Mesmo sem fazer nada pela enfermagem via o Ministro da saúde como alguém dotado intelectualmente, com um discurso seguro e ponderado. Como prova disso mesmo, o seu nome ja avançou por um par de vezes para outros altos cargos.
Esta imagem desvaneceu a partir do momento em que diz que a "exaustão dos enfermeiros se deve a trabalho no público e privado". A partir deste momento passou a ser alguém precipitado, injusto (já o era) e acima de tudo ignorante, alguém sem capacidade de se informar sobre a verdadeira realidade dos problemas da enfermagem, problemas esses que, por muito que não pareça, são da sua responsabilidade.
Mais uma vez vou tentar entrar em contacto com o senhor pra lhe explicar que:

Se há enfermeiros que acumulam, ou têm mais que um emprego, para ser mais preciso, é porque o Sr Ministro o permite e é porque eles assim o entendem. Cada qual sabe da sua vida. Se quiser evitar este fenómeno coloque contratos de exclusividade. Mas isso iria ser complicado sr ministro, porque depois teria que se mexer nos médicos e não seria muito conveniente, ora não?!
O número de enfermeiros que têm mais que um emprego é insignificante em comparação com a grande maioria que tem um, por isso Sr ministro, ao analisar os problemas da classe não fale em minorias.
Um enfermeiro que acumula empregos fá-lo, não porque tem prazer em trabalhar largas dezenas de horas por semana e estar ausente de casa, fá-lo porque ganha mal com um emprego apenas, fá-lo porque quer outra estabilidade para a sua família.
A maioria dos enfermeiros onde eu me incluo, não tem mais que um emprego, mas acumula funções, (tal como escreveu um colega num interessante texto que circulou e cujo nome não encontro), somos enfermeiros e por diversas vezes somos administrativos, auxiliares e médicos, simplesmente porque há desorganização e falta de pessoal em todos os sectores.
Tenha respeito pelos enfermeiros, pare de dizer asneiras e comece a trabalhar para dar maior segurança e motivação à classe!

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

75% dos enfermeiros à beira da exaustão emocional


Mais de dois em cada três enfermeiros estão à beira da exaustão emocional. As condições de trabalho são cada vez piores e muitos, se pudessem, mudariam de profissão. As conclusões são de um estudo realizado em Portugal pela Universidade Católica. (notícia SIC)


Se por um lado fico satisfeito ou aliviado talvez, por investigadores com créditos, exporem aquilo que nós bem sabemos há muito, por outro lado já enerva vermos estudos e mais estudos sempre a falar dos problemas dos enfermeiros e tudo continuar igual.

Se no inicio deste Blog o título causou alguma celeuma, hoje em dia pelo que se confirma pelo estudo, começa a fazer todo sentido.

O PDDSE já fala nisto desde 2008, desde o ano do seu início! Mas parece que ninguém nos ouve...
Aqui ficam alguns posts sobre o assunto:

Agressões/assédio moral - uma nova epidemia (Out 2008)

(Dis)stress em enfermagem (Nov 2008)


Ganhem juízo (Nov 2009)

Nervos à flor da pele (Nov 2009)



Bom acho que vou ficar por aqui senão a lista não acaba, vendo bem, mais de metade dos posts deste blog abordam este tema... não fosse este uma das causas do blog..




sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Encerramento de valências no Hospital de Viana?



O mandato deste ministro da saúde vai ficar marcado pelas abruptas reformas, encerramento de valências, encerramento de SAPs, serviços de urgência, etc e cortes brutais na despesa que trazem graves repercussões em doentes com patologias crónicas.
Todos tivemos efectivamente noção que isto iria acontecer, que a saúde iria sofrer, mas talvez não esperássemos esta intensidade, esta razia.
Mais surpreendidos ficámos com o facto de a saúde ser o sector mais atingido pela crise em Portugal. Alguém percebe porquê? Será que está a ser um exagero desmesurado? Ou será que alguns encerramentos fazem sentido? São estas as minhas duvidas. Não tenho consciência exacta das estatísticas no nosso hospital, mas tenho a percepção de que (p.e) o Serviço de Obstetrícia faz todo o sentido, mas o mesmo já não poderei dizer em relação ao Serviço de Neonatologia, que anualmente apresenta um número demasiadamente curto de internamentos. 
Poderei estar enganado e poderei ferir várias susceptibilidades, mas é esta a minha percepção, é isto que tenho ouvido até por pessoas da área. 
Seria viável uma fusão do Serviço de Pediatria com Neonatologia? Não sei... alguém entendido na matéria que se pronuncie. 
 Mesmo assim eu sou contra o encerramento radical de valências no nosso hospital, apesar de concordar que, aqui, alguns parênteses poderão ser colocados.