segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Médico a dias

Linha da Frente (XIX) - Episódio 31 - RTP Play - RTP


Um dos objectivos deste blog é servir como uma reserva de registos de determinados acontecimentos ou factos, para que pelo menos eu nunca apague da memória coisas más e coisas boas. Fazendo um flashback são mais as coisas más, mas com elas vamos apre(e)ndendo e evoluindo.

Este foi o mês em que se tornou público que o Estado gastou mais de 100 milhões em médicos tarefeiros e foi também o mês, continuando com a política como pano de fundo, que Leitão Amaro, deputado e comentadeiro televisivo afirmou com toda a convicção que a Legionella , pela lei do anterior governo, passou a estar totalmente proibida! Brilhante, diria eu!

Vou reflectir um pouco apenas sobre o primeiro tema, o segundo só está ao alcance de humoristas.

No passado dia 2 de Novembro a RTP apresentou uma reportagem preocupante. (ver vídeo, clicando no link)
Não é que não soubéssemos já o que se passava, mas agora alguns pormenores da rede foram desmontados.

Se os médicos trabalham em 3, 4 ou mais locais e se andam exaustos é porque o permitem.
Se recebem 18000 por mês, é porque alguém permite. É um absurdo, mas nem é o mais grave e pouco me interessa o que os outros recebem, preocupo-me é com o que os enfermeiros recebem.

O que não se pode permitir é a negligência que daqui advém. Se trabalhar 12 horas é duro, imaginem 48 ou 72 horas e depois no dia seguinte outras tantas, noutro hospital. Ninguém é de ferro, os erros aparecem e vidas estão em jogo. 
Os hospitais "contratam" os tarefeiros nestas condições, mas depois lavam as mãos em caso de erro, "não têm vínculo com a instituição", respondem eles.

A RTP procura respostas, mas nenhum hospital aceita responder. Ou estão indisponíveis ou acham o assunto "inoportuno" (que lata!). A negligência é de quem a comete e de quem a permite. 
Como é possível numa instituição, trabalharem funcionários que não têm qualquer tipo de ligação com ela? Não é concebível!

As empresas de recrutamento também não dão entrevistas, enquanto a mama durar há que estar em silêncio. O Estado quer acabar com aquilo que começa em "x" e acaba em "anço", mas já está em funções há 2 anos e o sistema mantém-se. Mais de 100 milhões gastos, distribuídos por várias empresas sugadoras de recrutas. Falta descobrir quem mais é que tem ganho com isto.
Esses 100 milhões davam para melhorar o SNS, aumentar o número de profissionais de saúde e melhorar as suas condições contratuais e laborais.

Isto é uma sucessão de irregularidades, uma sucessão de crimes! E espero que isto não caia no esquecimento!



#Juntossomosmaisbaixos



Acho que o lema #Juntossomosmaisfortes pouco se aplica a nós, enfermeiros. 

Sejamos realistas, nós nunca estivemos realmente unidos e temo que nunca haveremos de estar. Tivemos alguns esboços de união, mas depois tudo volta à casa anterior.

Na discussão nas redes sociais, muito poucos são aqueles que procuram consensos, a maioria é a partir a loiça toda, com insultos, provocações e falta de respeito. 
As instituições que nos representam não se entendem e é praticamente garantido que enquanto as pessoas forem as mesmas, nunca se haverão de entender. Gostava de estar enganado, para nosso bem, mas o mal-estar é tão intenso, que não vejo como alterar este meu pessimismo. O exemplo parte daqui e chega até ao comum enfermeiro que aponta o dedo ao colega ao lado.

Um dado representativo desta desunião foi a greve do passado dia 27 de Outubro com uma adesão de 35 - 40%.
Uma grande parte dos colegas não fez greve porque está contra o SEP.
Outra parte não fez greve porque os motivos não os afectavam.
E outra boa parte não fez greve porque nem sequer sabia o porquê e o contexto da greve.
Não se deve a este facto a escolha do título. Cada um faz, acompanha e lê aquilo que quer. O título deve-se à nossa postura e atitude, perante o outro e perante a enfermagem.

Tirem as conclusões que quiserem...

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

A Digníssima bastonária não deveria ter facebook








A Bastonária da Ordem dos Enfermeiros não deveria ter Facebook, é extremamente reactiva, não se consegue conter e manter-se distante e discreta numa discussão cujo cenário pouco interessa. Se quer ter facebook que o tenha de forma privada, apenas para os seus amigos e família. Essa é a minha opinião.

Há uns dias atrás lia um post publicado no facebook por uma colega, na página "ENFERMEIROS". Leio os comentários e só consigo retirar uma conclusão. As declarações de Ana Rita Cavaco têm tanto de lamentável como de perigoso.

A Bastonária Ana Rita Cavaco têm todo o direito de ter preferências e cores politicas e todo o direito de não gostar deste ou daquele sindicato,  mas ocupando o cargo que ocupa, na minha opinião, deveria guardar os gostos para si ou pelo menos disfarçar um pouco melhor. Dizer que os "enfermeiros não devem gastar energias com esta greve" decretada pela Frente Comum, que como sabem, engloba o SEP, é grave.

O desprezo de ARC pelo SEP já  vem de muito longe. Atingiu o seu cume quando na celebre assembleia Ordem/FENSE/CNESE, sai cá para fora a noticia de que a CNESE (SEP) abandonava a reunião, não assinava o memorando de entendimento e é colocado como o mau da fita perante a classe. O que passou despercebido ou ocultado é que a FENSE também criticou duramente esta iniciativa e também não assinou rigorosamente nada.  Conclusão: a Ordem continuava a alimentar o ódio dos enfermeiros pelo SEP, salvaguardando a FENSE e isto tudo por causa de um assunto que não poderia ter solução. Mais uma vez era o SEP que abandonava os enfermeiros..  

Nestes últimos meses aconteceram situações muito estranhas com perseguição e ameaças de processos disciplinares a colegas.  Fico até com receio de após publicar este post,  ser alvo de escrutínio.
Continuando a análise aos comentários expostos nas imagens, Ana Rita Cavaco escreve que "o senhor Nuno Agostinho, enquanto delegado do SEP, se preparava para dar informações erradas aos enfermeiros..." Ora... mas o que é isto?! Lavagem de roupa suja ao mais alto nível. O colega preparava-se, notem bem, preparava-se para dar informações erradas!! Ele não deu informação nenhuma (e mesmo que tivesse dado), preparava-se para dar e é enxuvalhado de uma forma medonha.
Já é mau quando o comum do enfermeiro vem para o facebook atirar achas pra fogueira, agora quando vem a mais alta figura de enfermagem do país, que exemplo é que se está  a dar?

Para mim quem desempenha cargos de extrema responsabilidade não deveria ter conta de facebook, porque ao tê-la está (pelo menos para mim) a passar a mensagem de que está a perder tempo com futilidades, tempo esse precioso para o que de facto interessa - discussão e evolução da enfermagem em sede própria.

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

O clima "azevedou" graças à dívida dos autocarros


Artigo de opinião 
por Guilherme de Carmo

Da mesma forma que critiquei o SEP por não ter aderido à última grande manifestação de enfermagem, devo agora aplaudir,  por se ter mantido sereno e coerente perante os fortes ataques de colegas alimentados e iludidos pela FENSE. 
A FENSE construiu uma máquina demolidora,  constituida por sócios e simpatizantes com perfis de FB verdadeiros e outros duvidosos.  Desta forma apelou-se insistentemente à dessindicalização em massa de sócios do SEP, para descredibilizá-lo ou até, se possível,  erradicá-lo,  acenando com promessas que agora se veio a confirmar não serem cumpridas. 
Assinaram um acordo que está a milhas daquilo que prometiam.

Pergunto agora a todos os colegas que pisaram o SEP,  se

A FENSE NÃO TE REPRESENTA?!

Criou-se uma aliança de ódio,  contra-informação e difamação movida por um grupo de amigos.  Alguns desses amigos agora viraram inimigos. 
Por isso aplaudo a serenidade do SEP,  soube esperar.

"Triunfam aqueles que sabem quando lutar e quando esperar"
Zun Tsu

"Inimigos de fraca índole, facilmente se tornam inimigos entre eles."
Guilherme de Carmo


O episódio  dos autocarros insolventes é um exemplo de tudo isto.
Ao que consta,  segundo a (única) versão, na altura da manifestação em Lisboa,  a despesa seria partilhada por Ordem e FENSE.
Na altura todos eram muito próximos, eram conferência de imprensa em conjunto,  eram selfies,  tshirts azuis e passagens triunfantes pela multidão em manifestação. O SEP era o carrasco. 
Agora o clima "azevedou" graças à divida.
A ser verdadeira a versão,  repito,  a ser verdadeira a versão do acordo de partilha de despesas,  a Ordem fica mal na selfie e os que idolatram ARC,  deverão talvez repensar a paixão.

Sobre a dívida em si,  duas notas:
Os autocarros decerto teriam jacuzzi.

O dinheiro das novas admissões de sócios da FENSE,  decerto dará para saldar a dívida.

domingo, 15 de outubro de 2017

E agora? O que esperar do MNEnf?



Olá a todos!
Antes de mais agradeço as mensagens de parabéns no Facebook! Relembro que a esta data nasceu o Blog, há 9 anos atrás. Não fui eu que nasci! Mas é sempre bom cantarem os parabéns duas vezes por ano.... ou não.
Enfim, o que interessa é o gesto!
Aproveito esta data especial para algumas reflexões...

Estes últimos meses são dignos do verdadeiro drama televisivo; amizades, inimizades, amores, ódios, traições, vinganças, ilusões, discussões, aproximações, afastamentos, insultos, venerações, calculismo, oportunismo,  etc etc.. 

Há medida que vou escrevendo este post, vários acontecimentos foram surgindo, ao ponto de ter tido que alterar o conteúdo e até o titulo. Inicialmente o titulo era: "Porquê que o MNenf não me representa?" Agora o contexto já é outro.

Há uns dias atrás nasceu o MNEnf. Foi tudo com enorme aparato e suspense como se tratasse do nascimento dos Salvadores da Enfermagem. Para mim não passou do nascimento de um movimento de consagração de estrelas do e de momento.

Enquanto lia o primeiro comunicado fiquei logo desanimado. Um dos rostos não me convencia de todo. E por isso na altura afirmava que o MNenf não me representava. E porquê?
Porque um dos nomes deste Movimento é um enfermeiro cujo nome e escrita inunda o Facebook, um enfermeiro que ofende todos os que se afastam dos seus ideais, todos os que não pensam da mesma forma que ele e que têm uma perspectiva e expectativa diferente para a profissão. Desce a níveis muito baixos, basta consultarem a sua página e o seu movimento (e não Movimento) no Facebook para comprovarem. Para mim, uma pessoa que exige Respeito ao Ministro, mas que não sabe respeitar o outro, não me poderia representar em nada.

Vamos por exclusão de partes. 
O primeiro nome da lista é um enfermeiro que merece toda a consideração. Apesar de não me identificar com algumas das suas posições, liderou um movimento que mal ou bem, quer se queira, quer não, despoletou o "despertar da besta". 
O último nome da lista é alguém que também merece alguma consideração, pela coragem de ter saído do manto protector de silêncio dos chefes e juntar-se à luta, ficou famosa por declarações emotivas apesar de pouco produtivas na TV e a partir daí foi presença assídua no debate virtual. Nascia mais uma estrela do e de momento. O momento e a estrela já se desvaneceu porque a senhora acaba de se auto-excluir do MNenf. Terão sido erros de estratégia? Justificou a saída porque pensava que o MNenf era independente de sindicatos. Então ela não era uma das maiores admiradoras da FENSE? Agora já não gosta da FENSE, ficou desapontada com o seu líder, por ter suspenso uma greve.
Já se falou muita coisa sobre a origem e destino desta senhora, cuja veracidade desconheço... Cenas nacionalistas, que saiu do Movimento, porque vôos mais altos se aproximam. Vamos aguardar para ver.

Entretanto, o nome do meio da tríade de rostos do MNEnf e que eu acima critiquei decide também abandonar o MNEnf. Já não está em posição de redigir o "guião" deste drama. Pega-se também com o senhor que "criou os diplomas que fizeram emergir a classe das trevas e do servilismo". Eram todos amigos unidos para erradicar o SEP e agora já não se dão, zangaram-se.
Isto sem sombra de dúvidas seria um bom guião para uma série da Fox.



Eu não me identifico com a FENSE, é notório, mas também não me identifico com aqueles que a veneravam e agora deitam abaixo. Afinal qual foi o problema dos "praças velhas" cancelarem ou suspenderem a greve? Conseguiram o compromisso de negociação do ACT, logicamente cederam, como tem sido habitual em ambas as estruturas sindicais. Se apelamos ao bom senso deles (governo), também teremos que ter bom senso. Apesar do nosso passado não merecer esta postura, temos que ter consciência no presente e fé no futuro. 
Há colegas que acordaram há dois ou três meses e querem tudo, já, aqui e agora! Ainda não entenderam que há assuntos que não são para agora. Até aqui demos um passo, não é pequeno nem grande, foi um passo... na questão das 35h, horas extra/suplementares e "suplemento" aos especialistas. Não era de todo o que queríamos, principalmente no "suplemento" mas é o que está... por enquanto.  
A partir de agora é um novo passo com o ACT.

Voltando ao MNEnf...
Já saíram dois nomes que não me convenciam, um por inteiro, outro por metade. Quais as cenas dos próximos capítulos? Os mentores do Movimento sairão do anonimato? Estou na expectativa. Apenas um pormenor continua a incomodar-me. Num dos comunicados referem que são independentes a nível sindical: "(...) completamente independente de estruturas sindicais (...)", mas a contradição vem num comunicado seguinte: "(...) início imediato da carreira especial de enfermagem, tendo por base o ACT da FENSE." Algo não combina.

Entretanto tive uma interessante conversa com um dos responsáveis do MNEnf, que não interessa quem. Não me afirmou categoricamente que isto da independência foi uma falha, mas também me disse que quer o melhor para a enfermagem, independentemente do sindicato que vença a batalha do acordo.

sábado, 23 de setembro de 2017

É para apanhar a onda ou morrer na praia?


A enfermagem está ao rubro. Este é definitivamente  o momento mais complexo, mais conturbado, mais decisivo para os enfermeiros, nestes últimos 40 anos. Pelo menos desde 1976... (esta era uma piada, para quem anda atento).

A minha cabeça está uma mixórdia. Já mal consigo ir ao Facebook para ver como andam as reacções. Estou saturado, mas não desisto...

É a FENSE, é a CNESE, é o MS, o MF, a ACSS, é o SEP, a SIPE, a OE, é SE! São os EESMOS, o ACT, a ADSE, é o MDP, SIADAP, os CIT, CTFP! É a ARC, JA, o JCM e GS! São os 1600€, 2020€, 150€! São as greves ilegais, faltas injustificadas, é a carreira, grelhas, o instrumento normativo, são horas extraordinárias, e horas suplementares, são as progressões, 35h! É a Manif, o Basta, o Respeito, o #Juntos somos mais fortes!#  São os Especialistas, Generalistas, Principais, Chefes, Gestores, Directores! É o Adalberto, o Costa e o Centeno, o Marques Mendes e o JN! É o acordo, desacordo, convergência, divergência, reunião deste com aquele, aquele afinal não reúne com o outro, reunião com o Adalberto, reunião com a Ordem, é a desordem! É o diz que disse, a perseguição, é o carrasco, é a mentira, é a contra-informação, é a greve! É o descrédito, é o roubo de sócios, é a representatividade! Abandona, não abandona, é o impasse! É pra agora, é para 2018, é o orçamento, é o cabimento! É a esquerda, é a direita, é a política!

Dia 15 Setembro tivemos o momento alto, provavelmente a maior manifestação de enfermagem de sempre. Foi colossal! Tivemos os 5 dias de greve que apesar de ilegal, abanou o sistema. 
Agora o tempo continua a correr contra nós. 

Era o momento de manter a pressão, aplicar na prática o lema #Juntossomosmaisfortes#, mas os mesmos colegas que o apregoam, recusam-se a fazer a próxima greve. Recusam-se porque é decretada pelo SEP. Afinal não vamos #Juntos#. Compreendo-os em parte...

O SEP sim, cometeu um erro. Não aderiu à manifestação. Terão tido os seus motivos, mas perderam uma oportunidade de ouro para reaproximar os colegas, para travar a dessindicalização.
Vai ser por essa tomada de posição que vamos afrouxar a luta da classe?? 
Qual é o bem maior afinal? A enfermagem ou os amores ou ódios sindicais??

Em 2009 tivemos uma onda semelhante, com grandes greves e manifs, depois afrouxamos e aparece uma carreira que ninguém queria, que é o que se vê.
Vamos continuar a perder a onda, apenas porque os sindicatos não se dão? Ou vamos dar-lhes o exemplo e demonstrar que independentemente de quem decreta, se a greve é de enfermagem, é para fazê-la!!!
Mas não, o ódio está instalado.
Queria estar optimista, mas eis o que vai acontecer:

A greve é suspensa, porque há conquistas, ou
A greve é reformulada após entendimento sindical, mediante articulação de formas de luta, ou 
A greve sai um fracasso, a rondar os 30-40% e damos muitos passos atrás. O Adalberto suspira de alívio - os enfermeiros são pouco inteligentes, continuam divididos. 

Para a comunicação social passam os números de adesão, é o que interessa. O porquê desse facto é completamente irrelevante. Passa a mensagem de que os enfermeiros estão a ceder, é muito gente a reclamar, agora são os médicos também, não dá para todos e mais uma vez perdemos a carruagem... 
Fica para 2018, 2019...
Visto desta forma,
Vais desistir?
Eu não.

Pela enfermagem,
Pela valorização,
Pela dignidade da carreira!

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Sr Enf Azevedo - São estes os líderes sindicais que queremos?



Após ter feito uma critica à postura do Sindicato dos Enfermeiros (SE) perante o movimento dos EESMOS, recebo o seguinte comentário do Sr. Enfº Azevedo, líder do SE. "Do coice de um burro ninguém está livre muito menos de um sujeito que deixou de ser o que nunca foi: enfermeiro."

A critica podem-na consultar aqui, fiz a minha interpretação dos factos àquela data, dei uma opinião, a minha, que vale o que vale, mas tal como todas as opiniões, deveria ser respeitada.

Se fosse insultado por um qualquer colega anónimo ou não, seria lamentável, mas quando somos insultados por um senhor que é presidente de um sindicato de enfermagem, um senhor que supostamente deveria dar-se ao respeito e que desempenha um papel de elevada responsabilidade na classe, então algo vai muito mal.
Sr Enf Azevedo, eu sei que a idade já é avançada. A atenção e a visão já não são o que eram e os pormenores podem escapar. Eu nunca deixei de ser enfermeiro, o título do blog tem um parênteses, um sub-título (que está logo abaixo do título!) e quem se julga o senhor para pôr em causa o meu profissionalismo? Mesmo que me conhecesse de algum lado, como ousa afirmar que nunca fui enfermeiro?

Sempre torci e muito o nariz à postura deste senhor. Já vem de há muitos anos atrás, quando organizou um plenário solitário em Viana. Tenho umas recordações desse dia, lembro-me que saímos todos da sala com um misto de admiração e estupefacção. Admiração, porque de facto ele tinha aquele dom que está ao alcance de poucos, de saber cativar os ouvintes e estupefacção, porque ficámos um pouco na dúvida se ele era deste planeta. Recordo-me que a plateia se ria de algumas piadas e histórias, mas também me recordo de muita bazófia.
Depois perdi-lhe o rasto, sempre tentei perceber ao longo da minha carreira, quais os seus feitos sindicais, mas eles não apareciam.
Volta e meia lá lia umas ofensas e insultos no facebook, vindos do seu blog, a um vasto leque de pessoas, que mais adiante comprovaremos e que vão desde bastonários, médicos, enfermeiros, sindicalistas, políticos, é tudo corrido a pente fino.
Apesar de alguma comichão me fazer, não estava para me incomodar, mais uma vez passava-me ao lado, não ia estar a perder o meu tempo com pessoas que não o merecem.
Mas depois do tal comentário, já não poderia ficar calado. Não gosto que me pisem. Então decidi tentar reunir todos os seus insultos, provocações e ofensas, que são públicos e estão no seu blog Ser Sindicalista. A tarefa tornou-se árdua, porque o blog é demasiadamente extenso, por isso apresento-vos apenas alguns que demonstram até onde consegue descer este senhor, para que ninguém se esqueça.




"Estamos a fazer uma lista negra (...) e vão pagar com língua de palmo" mas onde é que nós estamos? Idade Média?!


"Esta pomba branca" referindo-se a Guadalupe Simões, utilizando uma foto privada, uma foto de cariz pessoal. Ora isto, a meu ver, não tem classificação possível, seria um caso de polícia.
A falta de respeito por alguém, que além de ser sua colega de profissão, é sua colega sindicalista. Por muito que se oponha às suas ideias e convicções, que tenha educação, tenha classe. As referências à Enf Guadalupe são tantas ao longo do seu blog, que o único diagnóstico possível, é um distúrbio obsessivo.
Estamos a falar, sem exagero, de uma (1) referência em cada 10 posts e olhem que o senhor escreve muito (apesar de muitas vezes se repetir), são possivelmente mais de 3000 posts.... É só fazer contas.


A paródia ao PCP também é persistente, aliás toda a esquerda é vaiada. Só não entendo porque não encontro ofensas ao Passos Coelho e ao Paulo Macedo, será que eles são inocentes pelo facto da enfermagem estar na lama? 
Será que no mandato do PSD, o senhor Enf Azevedo tirou umas férias prolongadas ? 
Ou será por ele ser de direita, do PSD? Pois... É isso.
Este senhor acusa persistentemente o SEP de ser um dos braços do PCP, mas não se demarca do PSD, não disfarça o seu gosto.
Curioso também o facto de nunca atacar a Enf Ana Rita Cavaco... Ah já sei, não é nada curioso, a Sr Enf é do PSD também!
Os "seps" são um dos principais visados e os enfermeiros que os seguem, são uns "faceboqueiros  de serviço".
"Estamos a pôr areia na vaselina" é uma das ordinarices mais frequentes ao longo do seu blog. A interpretação fica ao vosso cargo, porque até tenho medo de a fazer, mas julgo que é suficientemente explícita e visual para se perceber.









A personificação por animais também é uma das suas figuras de estilo favoritas. Ora são papagaios, vacas, catatuas (está numa das figuras em baixo), macacos, burros, porcos...
O melhor fica para o fim: "não leio (o seu blog) porque você até chama vacas às enfermeiras" Sem comentários...































Os trocadilhos com o nome e o gozo à vice-presidente do SEP continuam e o descrédito ao SEP também.
E o melhor fica para o fim: "Vem lá da Guarda (ó da guarda) um idiota, provavelmente sócio do SEP".
Ora reparem bem na linha de pensamento deste iluminado: é um idiota e se é idiota provavelmente deve ser do SEP. Não tenho a certeza a quem ele pertence, mas se é idiota deve ser do SEP.
O trocadilho com o "Ó da guarda" também tá giro, fartei-me de rir!











Os ataques a outras classes também são naturais no seu blog.
É sempre bom, um senhor que supostamente representa os enfermeiros do país, lançar umas farpas a outros profissionais de saúde e não só. É bom para o ambiente que se vive nas equipas multidisciplinares!







O enfermeiro que "vai limpar o tubo de escape"!!!! Menos Sr Enf, menos!
"Apertar o laço anti-salamandra"??!! Não percebi essa, mas não deve ser boa...
"Ignaro"!! este termo reconheço que não conhecia, tive que ir ao dicionário... sinónimo de estúpido, ignorante, etc... era o que eu previa.
"Limparem a unha do dedo... podendo limpar o anus..." ui ui ui, vamos ficar por aqui!.. como diz o Diácono - "Não havia necessidade", que porcalhice aqui vai...






Aqui foi quando fez um post sobre o PDDSE, o meu blog, referindo-se à entrevista da Enf Graça Machado.
Já nem me lembrava, tamanha foi a importância que lhe dei, só agora na pesquisa o reencontrei. 
Só para mostrar, mais uma vez o discurso ofensivo e lamentável, agora contra a colega, ex-vice-presidente da OE, já para não falar da provocação ao meu blog, mais uma vez com o descuido de referir que deixei de ser enfermeiro. 


















Aqui temos um variadíssimo leque de insultos: 
o Enf Sérgio, o moralista, o Enf Rui Carlos Santos, o obcecado, mais uns cromos, uma besta quadrada, uns chico-espertos, mais uns estúpidos, cretinos, sábios inatos e uma fedevelha (!)



E o melhor fica para o fim. Leiam por favor o texto em cima, retirado da Cogitare Em Saúde.
Em 2012 ou 2013, o digníssimo Sr enf Azevedo, após uma colega lhe ter escrito a pedir uma resposta a uma dúvida, decide ridicularizá-la, tal como constatam acima.
Demorei um dia a tentar encontrar este material, mas desapareceu, consta que a colega visada colocou um processo em tribunal a quem a denegriu e o material desapareceu.
Lembro que a pergunta era algo ingénua, mas também ninguém tem que saber tudo e sempre nos disseram em aulas, formações, congressos, etc "coloquem as dúvidas por mais parvas que possam parecer!"
Resumindo, a colega pediu uma ajuda e foi gozada em praça pública. E é isto...


Sr Enf Azevedo faço um apelo, o senhor que supostamente luta contra o desemprego na enfermagem, não acha que está na hora de dar lugar a outro e ir gozar a reforma, dar uns passeios, escrever um livro, quiçá??!
É que se reparar já está no sindicalismo há 40 anos, fora os anteriores em que teve no São João, em gestão.
Deixe o seu lugar para um enfermeiro que vem da prestação e esse enfermeiro dará lugar a um colega desempregado ou emigrado... dê o exemplo! Ou está obcecado pelo trabalho! 
Afinal sejamos realistas, com todo o respeito, que idade tem o senhor?
Sabe que no meu hospital andava por lá um médico já com 70 e muitos e ninguém o podia já aturar, doentes, colegas e outros profissionais incluídos, principalmente enfermeiros. Dizia ele que não queria ir para casa, porque não estava para aturar a mulher e os netos. E o SNS lá o ia suportando e pagando um vencimento surreal, quando tinha tantos outros jovens médicos sedentos pelo seu lugar.

"Sossega Jacaré, porque a lagoa está a secar e vai secar mesmo"

Respondendo antecipadamente aos defensores do Sr Enf Azevedo, é importante que percebam que este trabalho de recolha tem o único objectivo de expôr o que este senhor enfermeiro tem dito e escrito.
Foi um trabalho pensado a partir do momento (recente) em que ele me ofende e terminado agora, porque como entendem, eu tenho outras coisas que fazer.
Ninguém vai deixar de fazer greve ao ler este post, porque o SE não é (espero eu) o Sr Enf Azevedo, o SE é um sindicato que eu tenho aprendido a respeitar. Já o critiquei, mas também reconheço que algumas dessas críticas foram exageradas e reconheço o seu trabalho, principalmente nestes últimos tempos.
Identifico-me com o SEP, sou sócio do SEP, sou defensor de um só sindicato em enfermagem, mas isso não é possível, por isso termino com um apelo às duas plataformas sindicais (FENSE e CNESE) neste momento delicado, entendam-se de uma vez por todas, os enfermeiros já estão fartos, reúnam-se à mesa negocial e atinjam os objectivos que há demasiados anos aguardamos.


A arte de vender tapetes - a propósito da notícia do JN


A propósito da notícia polémica do JN, sobre os "enfermeiros que querem ganhar mais que os médicos"  ver aqui os artigos () e ()

Provavelmente vou comprar mais uns tantos inimigos e mais uns tantos colegas a ofenderem-me, como quando foi o caso recente da minha opinião sobre o protesto dos EESMOS, mas é mais forte que eu... é o meu pensamento e esse comanda a minha vida. Espero é não ser expulso pela 3ª vez da página do facebook "ENFERMEIROS"! 

Há várias formas de negociar. Há quem seja um pouco mais comedido e realista e há quem seja um aventureiro arrojado. Não condeno nenhum destes estilos, todos eles têm as suas vantagens e desvantagens. 

Quando estamos, por exemplo, a negociar um tapete em Marrocos, atirámos um preço lá para baixo a ver se cola. Corremos o risco do vendedor ficar ofendido, mas muito provavelmente, se ainda houver condições para tal, inicia-se a negociação, normalmente há, eles são muito persistentes. Ele pede 3000, eu ofereço 400, ele 2500, eu 1000, ele 2000 e por aí adiante. Isto é uma negociação arrojada, mas com riscos. 

Com a proposta dos (cerca de) 2000 eur do SE para início de carreira, passa-se mais ou menos o mesmo. Neste caso o SE é o vendedor de tapetes e disparou o preço lá para cima, o comprador é o governo que assustou-se com o preço, achou ridículo e estagnou a negociação. 

Como em tudo na vida, há um concorrente directo, há um outro vendedor de tapetes mais realista - SEP. Quem venderá o tapete? Na  minha opinião por muito má que seja a relação de vendedores, talvez a solução seja mesmo sentarem-se todos à mesa e talvez tentar vender dois tapetes a preço de saldo... digo eu com os nervos... sem prejuízo para os vendedores, nem comprador.

A proposta foi de facto arrojada e irrealista e quem a lançou decerto deveria estar ciente dos riscos, ou não. 

Os riscos eram estes, a opinião pública virar-se contra nós, através de opinion makers como esse senhor Domingos de Andrade (não sei se foi ele a escrever o artigo original, mas é o director-executivo do JN e por isso assumiu a responsabilidade e as consequências) e, recentemente do Marques Mendes. E reparem, são opiniões que vão de uma esquerda provável a uma direita, politicamente falando, por isso, falar em manipulação política da notícia, não sei se será precipitado.

Sejamos francos, a notícia do JN é sensacionalista e injusta, mas ele não mentiu, foi despropositado é certo, mas não mentiu. Com os 2000 eur para início de carreira, ficaríamos a ganhar mais que os (cerca de) 1800 eur dos médicos em início de carreira. Poderão dizer-me - mas são internos! Ok, mas já estão a ser remunerados pelo Estado, já estão a descontar e isso aos olhos de quem procura notícia, pouco interessa, é um pormenor.
Se gostava de ganhar 2000 EUR? Claro que sim, para as responsabilidades que tenho, seria justo. Se acho adequado, na nossa realidade, no nosso país? Não, não acho. Se o propunha para negociação? Talvez não, talvez encontrasse um meio termo entre o arrojado e o realista.

É evidente que esta notícia, pelo ambiente que se vive, traz revolta, mas sejamos inteligentes e tenhamos bom senso. Somos enfermeiros, não somos mercenários, não insultem o homem, não o ameacem. Nem a ele, nem à sua família!!!! Haja classe e respeito! Algo que há muito nos falta.

ps. reparem que o tapete não foi escolhido ao acaso. Feita a analogia com o nosso trabalho, que é o que está em causa, poderemos dizer que é extraordinariamente belo. Quem o faz é sem dúvida um artista.

sábado, 5 de agosto de 2017

Resposta a ataques facebookianos sobre os EESMOs

Recentemente escrevi o último post, Reflexões sobre EESMOs, sindicatos, actas e óculos 3D. Sobre os EESMOs (Enf. especialistas em saúde materna e obstetrícia) referi, resumidamente, que concordava com o Movimento, mas acrescentei que a forma de protesto, ao abandonarem as suas funções de especialistas nos seus serviços, era ilegal. 
Tratou-se de uma opinião, seguida de uma convicção baseada em fontes de confiança e naquilo que tinha lido. Foi uma forma de apoiar o Movimento, com um alerta baseado na lei. Não justifiquei na altura, é certo, a razão de ter referido que era um protesto ilegal, não era o propósito do post e pensei muito sinceramente que as pessoas já tivessem essa noção. Se o fizesse o post tornar-se-ia (ainda mais) extenso e poderia ser que alguém adormecesse mesmo. 
A minha ideia foi fazer uma (a minha) análise do que se tem passado nos últimos tempos em torno da nossa profissão.
Depois disso, partilhei o post, como sempre faço, em algumas das páginas de Facebook mais conhecidas no universo de enfermagem. Assim se propagou o vírus da maldade, insulto e falta de respeito, vírus esse muito característico da nossa classe, como sempre o referi no blog. Apelidaram-me de tonto, atrasado mental, mentiroso, lacaio do SEP, ignorante, ridículo, pobre de espírito, gozaram, ridicularizaram, tentaram humilhar (sem sucesso) e acusaram-me de fazer "insinuações gravíssimas". Podem, caso queiram, confirmar aqui e aqui
Acabei depois por agir de forma errada, respondendo a uma ou outra provocação, quando deveria calar-me, mas foi mais forte que eu. Naquele dia, aquelas maldosas pessoas conseguiram incomodar-me, mas hoje já passaram a ser irrelevantes, fazem parte do passado e não vão ser elas que me vão impedir de continuar a ter o direito de opinião. 
Pensei algumas vezes se estaria a cometer algum erro, coloquei-me do lado delas. Vamos supor, eu sou especialista (e por acaso também sou), pertenço a um Movimento de protesto e a dada altura tomei a decisão de , juntamente com outros colegas do Movimento, suspender as funções de cuidados de enfermagem especializados. Apareceu alguém num blog a apoiar o Movimento, mas a alertar que a forma do protesto era ilegal, o que eu faria: perguntaria ao colega qual a base legal e ponto. 
Nunca, mas nunca na vida partiria para a ofensa/insulto, são coisas que vêm "de berço", como me foi dito, até porque, em última análise, o colega estava a ajudar-me. Quase nunca gostámos que nos chamem à atenção, mas muitas das vezes quando o fazem, é para nosso benefício.
E então, de seguida, apresentarei as evidências que constam nos pareceres da Procuradoria Geral da República (PGR) e Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), que justificam por A+B que, nos seus entendimentos, o protesto foi ilegal e farei as minhas observações/interpretações.

No ponto 9 não há nenhuma novidade, apenas está aqui para contextualizar o que vem de seguida. Temos duas categorias e para a categoria de enf. principal, só podem concorrer os enf. detentores do título de especialista. O problema é que não abrem concursos para enf. principal e os colegas que já desde há 5-10 ou 15 anos desempenham funções especializadas, continuam (injustamente) na carreira base, a carreira de enfermeiro.
Sendo assim, a "não diferenciação remuneratória dos enf. detentores do título de especialista não implica violação do princípio constitucional de "para trabalho igual salário igual" É justo?! Repito, não, não é justo.


Continuam, no ponto 11: "Só por si, a diferença de habilitações não obriga a diferenciação remuneratória" e discretamente, no ponto 12, parece reconhecerem a injustiça ao afirmar que o legislador pode redesenhar a categoria. 
O seu direito de protesto está assim circunscrito à greve (ponto 13), mas a recusa de prestação de serviço não está consagrado na quilo que é a greve (ponto 14), podendo haver responsabilização disciplinar (ponto 15).


No ponto 16 imagino o seguinte cenário, uma grávida, num bloco de partos, entra em trabalho de parto e necessita impreterivelmente de cuidados especializados de enfermagem. Os enf. especialistas ou detentores da especialidade recusam fazê-lo, empurrando esta função para outros não tão qualificados. Algo corre mal. A utente terá o direito de responsabilizar quem? Não tenhamos dúvidas que serão responsabilizados os enf. que naquele momento eram os mais habilitados para a específica função, para a qual se recusaram.
Depois é levantada a questão da Ordem dos Enfermeiros, mas por aí nem vou entrar, senão arranjo ainda mais inimigos. Leiam apenas o ponto 18 e 21.





Aqui, neste ponto 12 relembram que, (mal ou bem), não há uma carreira de enf. especialista. Na minha opinião, estão a dizer-nos, vocês são importantes, mas não são enf. especialistas, são detentores do título. No ponto 14 abordam o conteúdo funcional actual da carreira de enfermeiro e lá, da alínea j) a p) está englobado o exercício de funções especializadas.


A própria OE, apesar de tudo e apesar de mencionar a injustiça, refere que o enf. especialista, no exercício das funções integradas na categoria de enfermeiro, está obrigado ao desenvolvimento de funções distintas (ponto 17). Assim, eles, (PGR), não compreendem em que termos é que a indisponibilidade para desempenhar funções especializadas, tem suporte legal.



O ponto 1 sintetiza, mediante o Estatuto da OE.


Aqui repetem...


Aqui também...



E aqui parece-me ser factual. Um(a) EESMO, pode (e bem) questionar: Mas eu fui contratado(a) para funções de enfermeiro(a)??! Não me podem obrigar a exercer funções de especialista! Sim, ok, mas estás numa unidade funcional (p.e Bloco de Partos) que maioritariamente (e corrijam se estiver enganado) comporta cuidados especializados e foste tu que decidiste para lá ir ou lá permanecer, por isso, agora como forma de (justo) protesto, tens a greve e não a recusa de prestação de cuidados.
Por último, apresento-vos outro parecer da ACSS, que basicamente diz o mesmo e para vos facilitar, leiam apenas o sublinhado





Terminando, mesmo depois de tudo isto, fico com a percepção que muitos irão dizer, que tudo isto não é vinculativo, nada disto tem fundamento, é apenas um parecer e não é uma decisão de tribunal. É uma palhaçada, é uma injustiça, etc, etc. Concordo com tudo isso, exepto com o fundamento. O fundamento está lá, a lei é aquela e nenhum de nós deve saber mais do que os juristas, advogados, etc que fizeram este documento e que representam as mais altas instituições do Estado.

p.s - peço desculpa à Márcia Ornelas por ter "gozado" com o seu erro ou engano ortográfico, mas devo também dizer-lhe, tanto a si, como a mais alguns colegas, que fica muito mal, sob a capa do facebook, insultar, ofender e tentar humilhar.
Fiquem bem, sejam felizes e agora vou-me dedicar a responder ao insulto que o Sr Enf Azevedo me fez, em privado, no meu blog.