segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Site do SEP bloqueado para os enfermeiros



Já há uns meses tinha reparado que o site do SEP (Sindicato dos Enfermeiros Portugueses) estava bloqueado no hospital. Pensava que seria qualquer erro, problema de internet, mas não. Tive acesso à informação que foi por "ordens superiores" que vedaram o acesso apenas para os enfermeiros, ao site do SEP. Eu não queria acreditar. Será mesmo? Alguém fez o teste e de facto o site estava bloqueado para enfermeiros, mas não estava para as outras classes profissionais.  Porque razão alguém se haveria de dar ao trabalho de tal acto?
Será que o SEP é visto como um inconveniente para o hospital, um inimigo? Para mim é uma instituição que procura defender os direitos da maior classe a nível hospitalar: enfermagem, é uma instituição que procura (mal para uns, bem para outros) elucidar e proporcionar caminhos para o entendimento entre patrão e funcionário, dentro das premissas legais. A ser verdade, o que terão eles feito de mal para serem bloqueados? 
Como em qualquer empresa que se preze, redes sociais e outros sites lúdicos sempre tiveram e muito bem, bloqueados, mas um site meramente informativo e importante para o apoio legal, laboral e sindical da maior classe a nível de cuidados de cuidados de saúde, porque está vedado?
Não se entende até, que se possa ter acesso a páginas de desporto, apostas, filmes, etc e não se possa ter acesso à pagina da mais representativa e relevante plataforma de defesa da classe de enfermagem.
Seja qual for a origem e a causa da decisão, é na minha opinião grave, que nos dias de hoje recuemos décadas, para tempos onde a liberdade de acesso à informação era condicionada.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

E depois da greve!


Depois da greve de 29 de Janeiro, chego à conclusão que:

1. Ainda há muitos enfermeiros satisfeitos com as 40h, enfermeiros esses que passaram das 35h para as 40h, vendo o seu ordenado reduzido em vez de aumentado.
2. Ainda há muitos enfermeiros que não fazem greve, por perderem um dia de vencimento. Sei que ganhamos pouco, mas será a perda de um dia de vencimento que vai pôr em causa um orçamento familiar mensal? O ganho desta causa não será superior a esta perda passageira?
3. Ainda há muitos enfermeiros que fazem greve sem convicção, apenas a fazem para não terem que seguir turno, prova disso é a diminuição da percentagem de adesão: 77 -» 70,5 -» 68,5
4. Ainda há enfermeiros que mesmo com motivos de greve mais que legítimos, preferem seguir turno a fazer greve.
5. Ainda há enfermeiros que não sabem que se fizerem greve, assegurando os serviços mínimos, vão receber posteriormente esse dia de trabalho, praticamente na totalidade.
6. Ainda há enfermeiros que em dia de greve fazem tanto ou mais do que num dia normal de trabalho.

Finalizada esta greve falta-nos saber como é isto vai ficar.

Sempre vamos passar para as 35h?
Quando?
E quem?