terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

E depois da greve!


Depois da greve de 29 de Janeiro, chego à conclusão que:

1. Ainda há muitos enfermeiros satisfeitos com as 40h, enfermeiros esses que passaram das 35h para as 40h, vendo o seu ordenado reduzido em vez de aumentado.
2. Ainda há muitos enfermeiros que não fazem greve, por perderem um dia de vencimento. Sei que ganhamos pouco, mas será a perda de um dia de vencimento que vai pôr em causa um orçamento familiar mensal? O ganho desta causa não será superior a esta perda passageira?
3. Ainda há muitos enfermeiros que fazem greve sem convicção, apenas a fazem para não terem que seguir turno, prova disso é a diminuição da percentagem de adesão: 77 -» 70,5 -» 68,5
4. Ainda há enfermeiros que mesmo com motivos de greve mais que legítimos, preferem seguir turno a fazer greve.
5. Ainda há enfermeiros que não sabem que se fizerem greve, assegurando os serviços mínimos, vão receber posteriormente esse dia de trabalho, praticamente na totalidade.
6. Ainda há enfermeiros que em dia de greve fazem tanto ou mais do que num dia normal de trabalho.

Finalizada esta greve falta-nos saber como é isto vai ficar.

Sempre vamos passar para as 35h?
Quando?
E quem?

4 comentários:

  1. "...será a perda de um dia de vencimento que vai pôr em causa um orçamento familiar mensal?"
    Infelizmente, pelo menos no meu caso, sim.

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    1. no meu nem por isso
      Verifiquei num recibo de ordenado com um nº de "horas de qualidade" semelhante e condições equivalentes que, uma vez descontado o dia de greve, recebi mais!

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  2. Na minha opinião a greve serviu interesses da CGTP e não os dos enfermeiros. E é engraçado como agora as 35 horas são uma prioridade... onde andaram nos últimos anos?!... e maior injustiça não é a diferença de 5 horas semanais. Maior injustiça é a não compensação pela formação, experiência acumulada e diferenciação de fnções... mas isso não traz sócios para o SEP... Já dei para estes jogos... e não foi pouco...

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  3. Ainda há enfermeiros que acham que depois de tantos anos de greves, é com mais greves que se vai resolver alguma coisa. Sou enfermeiro e não estou disposto a perder nem mais 1 euro com greves sem resultado, nem com sindicatos.

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