quinta-feira, 31 de março de 2011

Perito em emergência a cadáveres

Outra história fantástica tem como protagonista um pseudo conceituado médico, especialista em assédio e despedimentos infundados e que costuma ir buscar doentes a casa para os internar no seu estaminé.
Este ser iluminado certo dia insistiu em por um tubo guedel a um doente com dispneia perfeitamente acordado, mesmo com o enfermeiro a alertar a contra-indicação.
Passados minutos voltou para o seu gabinete (não devia ser muito importante vigiar e estabilizar a doente) e o enfermeiro retirou o tubo que, como seria expectável, causava intensa aflição à senhora.
Depois o tal iluminado, perito em emergência (a cadáveres só se for), veio avaliar os resultados da sua técnica inovadora.
Resultado: insultou o enfermeiro por ter tirado o guedel.
Só ao estalo!

Nota: acho que a imagem é capaz de demonstrar que deve ser um tanto ou quanto incómodo levar com um tubo daqueles pela guela, estando acordado.

sábado, 19 de março de 2011

Alta e andor!

"Tem aqui a receita e a carta para o IPO. Pode ir, tem alta.
E agora como vou embora doutora?
Isso agora é problema seu, desenrasque-se."

Concordo que o hospital tenha normas rígidas para o pedido de ambulâncias para transporte de doentes, mas é preciso ter bom senso na resposta e além disso deveria ser também norma avaliar a situação dos diferentes doentes.
Agora assistimos ao velho ditado "paga o justo pelo pecador", durante anos não houve controlo, pedia-se ambulâncias a torto e a direito, inclusivamente para pessoas auto-suficientes e fisicamente capazes.
Agora qualquer pessoa que fale e dê uns passos tem alta sem transporte, sem que se avalie a situação pessoal, familiar e social.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Transferência de doentes - o eterno problema do serviço de urgência

Algumas sugestões a administrações hospitalares já foram feitas neste blog, no sentido de cortar na despesa.
Como vêem na barra Palavras-Chave à direita, administrador hospitalar é uma das mais frequentes. É sinal que nos vamos preocupando com a gestão hospitalar, apesar de sabermos que os nossos gestores nem sequer devem conhecer o PDDSE… pode ser que um dia conheçam. Contudo posso garantir-lhes que, tanto eu como muitos outros, terão ideias inteligentes para reduzir custos.
Uma das características que reconheço na enfermagem é a capacidade de gerir... Talvez por sermos uma classe maioritariamente feminina, talvez por termos muita formação a esse nível... Não sei. Só sei que alguns por vezes têm ideias inteligentes e desde já, tal como noutros posts, convido-vos a partilharem.

Sendo assim, na minha realidade (Serviço de Urgência) constato que muito dinheiro é deitado ao lixo com as transferências de doentes.
Quantas vezes foram enfermeiros transferir doentes para Braga, sabendo a partida que o doente poderia regressar?! Nesses casos vamos servir de estafetas, levando a película do TAC ao neurocirurgião, para ele avaliar e decidir se o doente fica ou não.
Porque não investir em teleconferência ou outra coisa do género?
Além do dinheiro gasto em sucessivas transferências (há turnos em que há duas) Imaginam as complicações que isto traz para o serviço devido a ausência do enfermeiro??
Outro gasto inusitado ainda relacionado com as transferências, tem a ver com falta de critério médico a pedir ambulâncias medicalizadas. Para quem não sabe uma ambulância medicalizada tem um custo acrescido, porque basicamente vem com um monitor (dos anos 60). Quantas vez se pede ambulância medicalizada quando não é necessário e não se pede quando é (mas isto são outras questões que envolve outros assuntos).
Na minha opinião o hospital assumiria a monitorização e os preços seriam renegociados. Além de dever ser exigido ao médico o preenchimento de uma folha de transferência de doentes, onde constasse explicitamente quais os cuidados durante o transporte.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Tabaco no Hospital


É expressamente proibido fumar no hospital… menos no Serviço de Instalações e Equipamentos (Oficinas)

Como é que é possível fumar e permitir que se fume num espaço fechado, que por sinal faz parte do hospital e ainda por cima é um local de alto risco de incêndio?