segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Retalhos

Alguns cirurgiões observam o doente como se ele já tivesse na mesa de operações. Não informam o que vão fazer, por que é que o vão fazer, nem sequer de que jeito o vão fazer. Fazem-no sem pudor, de forma crua e visceral, tal como se tivessem a palpar uma fruta ou um pedaço de carne.
E não são os cirurgiões os únicos que manifestam este total desrespeito pelo corpo do outro… também enfermeiros e outros médicos. Há tempos um gastroenterologista destapa um doente na maca, olha para a barriga que tinha uma sonda e lamenta-se junto ao doente, dizendo “Que trampa!”
Justo será dizer que também há (boas) excepções. Outras escolas, outra educação, outro conceito de vida

1 comentário:

  1. Olá Guilherme, parabéns pelo teu blog analitico, critico, teu, real, gostei do teu registo, irei voltar.
    Já estagiei num hospital e de facto deparei-me, mesmo dentro de um mesmo conceito, com escolas diferentes sendo que foi esta diversidade (e por vezes disparidade) que me fez crescer e reflectir muito sobre as coisas.
    Beijinhos,Sofia

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