sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Opiniões - Carreira de Enfermagem


Recebi há dias este email. Trata-se da opinião de dois colegas enfermeiros sobre a Carreira que recentemente foi acordada. É importante salientar desde já que não concordo com algumas ideias dos autores, mas de certa forma entendo-as. Fica aqui o meu agradecimento por participarem, agora seria interessante iniciar-se aqui uma discussão sobre aquilo que mais nos interessa e incomoda - a carreira de Enfermagem. Deixo-vos então com o email:
Caro colega:
Sou leitor diário do teu blog e após reflexão com uma colega da mesma Instituição onde trabalho, gostaria de expor e ver publicado no teu blog a nossa opinião relativamente às negociações da carreira de Enfermagem. Ficamos sinceramente "comovidos" com a ingenuidade de alguns colegas (de enfermagem) quando só conseguem ver aspectos positivos na nova Carreira de Enfermagem... Uma carreira onde ninguém é premiado por ter mais formação, onde a progressão é feita a conta gotas e de forma arbitrária (leia-se não premiando o mérito!) e onde a remuneração nem se imagina o que será! Ficamos realmente, surpreendidos com o argumento (reunião do SEP em Viana do Castelo) de que a formação na área da investigação (mestrados e doutoramentos) nada acrescentam ao exercício, no âmbito de competências técnicas.
Para além de discordar desta posição, por considerar que toda a formação dá contributos para o exercício desde que quem a faça saiba mobilizar e colocar em prática esse conhecimento, parece-me que estamos a assumir a nossa incapacidade (de todos os ENFERMEIROS!) de conduzirmos a enfermagem para uma CIÊNCIA, criando um limite de progressão (os Curso de Pós-Licenciatura em Enfermagem), ou seja, a Enfermagem é uma profissão que não irá evoluir para ciência ficando confinada a um domínio puramente técnico! Face a tudo isto, deixamos a nossa proposta aos colegas do sindicato: Revejam o vosso trabalho, lutem pelo interesse de TODOS aqueles que vocês representam e não pensem somente nos vossos interesses particulares, caso contrário, permitam-me o conselho: "Assumam a vossa falta de visão, DEMITAM-SE e venham para a prática serem vítimas da desgraça que conquistaram!"
Fernando Ricardo Sousa

34 comentários:

  1. Tudo muito mau mesmo...

    As especialidades em enfermagem deixaram de ter o valor e a importância que tinham...

    Há um vazio temporal enorme e quase intransponível entre enfermeiro e enfermeiro principal...

    Quem faz uma especialidade sai (na mesma) com o 1º ciclo de bolonha - licenciatura (o mais baixo nível académico superior - como o antigo bacharelato)...

    Tudo o que era importante fiou para a posteriori...

    A nossa antiga carreira tinha aspectos mais positivos que esta...

    ...quando questionei um delegado sindical sobre as vantagens desta carreira em relação à anterior...fiquei sem resposta...tirando o ...se ....se....se...conseguirmos o aumento....BAHHHH!!!

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  2. em relação a esta questão da formação, de facto a nova carreira deixa uma sensação de vazio, se bem que (axo) que nenhuma carreira contempla a formação a nível de mestrado ou doutoramento, uma vez que estes 2 títulos académicos estão normalmente reservados à docência. Aí sim axo k devemos exigir dos professores de enfermagem uma maior intervenção e domínio da«Ciência de Enfermagem», pois é com um estudo mais aprofundado e investigações nos nossos domínios que tornaremos a Enfermagem em Ciência e reconhecimento... é preciso começar a pensar em investigadores em enfermagem, criar departamentos nesta área. Não é só dizer mal das Escolas, da formação que fazem, dos interesses económicos, mas sim exigir -lhes o seu verdadeiro papel: dar contributos efectivos para a melhoria dos cuidados que nós praticamos diariamente. Isto é no meu entender caminhar para a cientificidade da nossa profissão!Os colegas que optam por fazer formação a este nível, é uma mais valia pessoal. Considero k para a prática é mais adequado fazer pós - graduações.
    Em relação às especialidades, no meio desta panóplia confusa de oferta formativa por parte das Escolas e o MDP, não sei o que puderemos esperar... Aguardemos mais uma vez pacientemente...como aguardamos pelo merecido salário de licenciado (que sou há 8 anos!)

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  3. Ricardo Silva - Viana do Castelo31 de agosto de 2009 às 19:02

    No comentário que se segue vou tentar ser o mais isento possível, visto que na qualidade de dirigente sindical poderei tender para a parcialidade. Mais informo que aquilo que passarei a afirmar é na qualidade de colega e não de dirigente sindical.
    Começo por dizer que a grande maioria dos Enfermeiros não sabe, nem quer saber o teor concreto da nova carreira. E digo que não querem saber, porque de outra forma o auditório da ULSAM (Hospital de Viana do Castelo) não estaria "às moscas" quando o SEP informa e disponibiliza uma Dirigente Nacional sábia e com provas dadas na defesa da profissão - Enfª Guadalupe. Há inumeros aspectos (laborais, jurídicos,...) que protegem não só a profissão como também os Enfermeiros, os quais não são devida e integralmente interpretados por todos. Aliás, a leitura da nova carreira e a sua importância só está ao acesso de alguns. E assim vai continuar porque a generalidade dos colegas só está interessado noutros aspectos (NÃO MENOS IMPORTANTES) e que, na maior das certezas, vão merecer a melhor atenção de TODOS os SINDICATOS, inclusivé aquele que represento - SEP.
    Pedem para rever o trabalho que os Sindicatos fazem, quando os colegas não revêem o apoio dado aos Sindicatos e à Enfermagem. O SEP faz constantemente a sua revisão nas decisões e iniciativas de protesto que toma, mais do que imaginam. Já se perguntaram porquê? Porque RARAMENTE têm o apoio e afluência merecidas. Muitos são os que falam, poucos os que concretizam. Acusam os parceiros sociais de falta de visão e exigem demissão. Se tiverem disponiveis para proceder à minha substituição ou concorrerem nas próximas eleições do Sindicato, eu e a Enfermagem agradecem. Deste modo, e segundo o colega Fernando, poderão a partir daí pensar "somente nos vossos interesses particulares". Com isso irão poupar-me o tempo dispendido, a privação de momentos com família/amigos/namorada, a ingratidão dos colegas, muitas dores de cabeça,... ainda querem mais? Ainda estão dispostos a privar-se do 2º e 3º emprego para se dedicarem mais à Enfermagem e à defesa de uma carreira melhor que a negociada? É uma pergunta de retórica... Só se pode critar algo quando esse algo fez parte de nós ou nós fizemos parte dele. De idealistas estou eu farto!
    E lembrem-se: qualquer negociação depende tanto dos parceiros sociais como dos profissionais que defende, não esquendo o Governo em questão. Fernando, o sindicato tem a força que tem o seu elo mais fraco (e de elos fracos está cheia a Enfermagem).
    Não vos querendo maçar mais com desabafos meus, vou mudar de assunto. Ainda há colegas que não sabem distiguir aspectos laborais dos aspectos profissionais. Os primeiros dependem dos Sindicatos, os segundos das entidades reguladoras da profissão. A questão de Bolonha é um aspecto profissional e, como tal, depende da Ordem dos Enfermeiros (OE) e das Escolas de Enfermagem (EE). A responsabilidade do facto de o Curso de Enfermagem ser do 1º Ciclo de Bolonha deve-se essencialmente a estas últimas (EEs). Estas sim, defederam os seus interesses pessoais, para haver lugar a mais formação, a mais alunos, a mais propinas (o resto da sequência já sabem).
    Outras coisas havia para se dizer, no sentido de esclarecer os menos informados, mas não parece haver o interesse devido a não ser com as remunerações.
    Para se criticar é preciso saber aquilo que se diz, bem como conhecer na integra o trabalho dos outros. Já dizia o meu avô "quem não sabe é como quem não vê"! Não quero com isto inibi-los de fazer os comentários que entendam fazer, mas para fazê-lo é preciso estar bem informado e saber interpretar correctamente as coisas.
    Desculpem o desabafo e palavras desagradáveis que poderei ter dito. Não quis ofender ninguém, mas estou farto de ouvir os mesmos comentários. Espero com isto, que possam reflectir e "rever" as vossas atitudes em prol da Enfermagem. Eu aceitei a proposta que me fizeram para ser dirigente sindical do SEP porque quis dar o meu contributo à profissão. E vocês o que fizeram pela Enfermagem.
    Os melhores cumprimentos,

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  4. caro 1º anónimo, acho que a este ponto não se pode comparar uma carreira com a outra, ainda me parece tudo um pouco indefenido.

    Caro 2º anónimo, conconcordo na íntegra, é preciso que as escolas evoluam, ou melhor, já deviam ter evoluido

    Caro Ricardo, acho que muitos de nós engoliram em seco ao ler as tuas palavras, trata-se da inércia da classe. Acho que há muita confusão entre os papeis da Ordem e do Sindicato, e acho que o Fernando ai nesse aspecto talvez tenha confundido um pouco. Acredito que o Fernando seja um lutador na sua verdadeira essencia, mas que há muitos lutadores de "boca", ou seja, deitam abaixo sem depois construir, ai isso há, é o que não falta na nossa "classe"
    Abraço a todos

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  5. Só três pontos:

    1 - A carreira dos professores ( pessoal docente) prevê valorizar quem faz mestrados doutoramentos.
    2 - A tendência actual é para equiparar a antiga licenciatura ao actual mestrado (2º ciclo) e cada vez há mais cursos de base com mestrado ou em mestrados "bi etápicos" profissionalizantes (ex: engenharias e as ´próprios professores e educadores de infância)
    3 - Na altura não foi possível ter o curso de enfermagem como mestrado integrado, então porque é que não se tem mestrado, pelo menos com a especialização? E porque é que nem sequer a especialização permite alguma valorização na carreira ?

    Não haverá "alguma" falta de estratégia???

    A ver vamos, espero bem estar enganado ...

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  6. Ricardo Silva - Viana do Castelo31 de agosto de 2009 às 23:51

    Guilherme, num estado democrático, todos têm direito a opinião, mas é preciso que a mesma seja coerente e correctamente argumentada. Quando pedes para dar opiniões, ideias e postas de pescada, nunca pensei que mandassem essencialmente estas últimas. Acabei por refutar um comentário do Fernando (que não merecia isto, sorry Fernando), mas que é representativo da generalidade dos colegas com quem falo. Os vários comentários que se fazem nos múltiplos blogues, soam a uma ignorância desmedida a qual não vislumbro fim.
    Se canalizassem a energia e a certeza com que o dizem para mobilizar os colegas nas várias iniciativas sindicais, talvez o rumo da carreira e a profissão de Enfermagem fossem diferentes.

    "Podemos escolher o que semear, mas somos obrigados a colher aquilo de plantamos". Façam o favor de escolher a semente correcta...

    PS: Aproveito para felicitar o bloguista e dizer que sou seguidor assíduo do seu produto. Fazia-o pessoalmente, mas ainda tenho algumas reservas quanto à sua identidade...

    Os melhores cumprimentos

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  7. Obrigado..
    As reservas terás que continuar a tê-las

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  8. Ricardo Silva - Viana do Castelo1 de setembro de 2009 às 10:17

    Caro colega anónimo 3, mais uma vez vejo pessoal a falar sem estar devidamente informado. Quando diz "E porque é que nem sequer a especialização permite alguma valorização na carreira?", quem é que acha que pode chegar a Enfermeiro Principal, a Enfermeiro com cargos de gestão(ainda que por comissão de serviço)? Se na nova carreira o acesso a Enfermeiro Principal exige o título de especialidade emitido pela OE, onde é que não estão a valorizar a especialização na carreira?
    Mais uma vez informem-se e esclareçam-se. Não apanhem ideias soltas (ainda que possam fazer algum sentido)de colegas que fazem um ou outro comentário. Podem saber tanto como vocês ou menos ainda, o que leva à deturpação da mensagem. Consultem os sites dos Sindicatos, falem com Dirigentes e Delegados, APROVEITEM AS INICIATIVAS DO SEP QUANDO FAZ PLENÁRIOS REGIONAIS, alguns bloguistas também têm bastante qualidade nos seus conteúdos, etc.
    Como Dirigente (novato), se eu não souber alguém acima de mim há-de saber...

    Os melhores cumprimentos

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  9. Colega Ricardo:

    As questões colocadas em muitos blogs são pertinentes, claro que há excepções.

    Não será a internet um espaço privilegiado para discutir enfermagem? Ou não? Serão os enfermeiros todos ignorantes? O que os sindicatos têm feito para fomentar a interactividade pela net com os seus sócios (blogs, fóruns de discussão, ..) ...

    Eu até acho os enfermeiros "bloguistas" e internautas bem mais informados do que a generalidade dos outros, basta navegar pelas várias profissões da FP com as mesmas qualificações que nós para vermos diferenças abissais…remuneratórias e não só!!

    A teoria dos sindicatos é agora a de ser tudo muito complexo…os enfermeiros são mesmo burros, isto é tão bom e nem percebem!!!

    A história que os enfermeiros não participam…bem…Quem deve mobilizar? Mas …Qual a maior manifestação de enfermeiros, quantos estiveram em Lisboa? CINCO MIL…e acredito que se na altura houvesse mais manifestações a coisa ia aumentando, como estava a acontecer comparativamente com outras manifestações anteriores…E a adesão às greves? O que diz é uma afronta para quem perdeu muitos e preciosos €€€€€€…
    Agora …POR FAVOR!!! Não me venha com a história de virem outros fazer melhor …só vai quem quer e quem acha que tem condições, competências e motivação para tal…quem acha que não reúne estas características / condições que saia … claro que existirão outros candidatos…não sei se melhores ou piores, mas esse choramingar cheira já muito a uma desculpabilização / vitimização estéril e sem sentido. E cheira também a que os próprios actuais sindicalistas estão, aos poucos, a duvidar da sua estratégia … ou falta dela.

    Os comentários anteriores não me parecem revelar ignorância: responda por favor à questão de Bolonha (sem se refugiar nas escolas e OE). Qual a estratégia do sindicato? Devo INFORMÁ-LO que conheço alguns professores que ao fazerem o complemento de formação não só ficaram a ganhar mais €€€€ como também viraram mestres – grau académico que contribuí para a progressão na carreira dos professores (em vez de um, andaram dois anos de complemento –o último mais coisas tipo TPC, claro…). Agora os enfermeiros: bem … base de 4 anos (ainda querem mais um ano de internato), depois mais 1, 1,5 ou mesmo 2 anos de especialidade(não quero agora falar do MDP…)… e….qual o prémio??? Um rotundo 0. Nem grau académico, nem vencimento, ZERO.
    Eu também fui a uma reunião com membros do Sindicato e foi uma grande desilusão, ouvi muita asneira e “ignorância” relativamente a muita coisa, nomeadamente quando nos comparam com assistentes sociais, professores e educadores, etc…tenho muitas amigas professoras e educadoras de infância e até cheguei a pedir a folha de vencimento de uma para mostrar a uma idiota de uma delegada sindical que teimava em dizer que a base de ordenado de uma educadora era 900 Euros…são só cerca de mais 600 Euros. E está na NET, claro…mas inventava sempre algo, até parece defender o MS. O grande problema dos professores (PARA QUEM NÃO SABE…) é o desemprego e os horários incompletos (que baixa o ordenado, claro…). Agora quem entra no quadro o vencimento base é de mais de 1500 € mês…na enfermagem nem um especialista ganha isso de base!! Pior…actualmente quem tira uma especialidade fica a 0, ou a 0,1…é que…pode sonhar em ser principal…um dia…talvez….nada está ainda decidido…agora não e ai, ai…é preciso pachorra!!

    Valerá mais ser ignorante?!

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  10. Ricardo:

    Deves ser bom miúdo, mas estás enganado e os anónimos estão apenas a contatar a realidade e por o dedo em feridas profundas que a enfermagem começa a ter.

    Em relação ao especialista diz-me lá quantos vão chegar a principais? Ainda não se sabe...pois...

    É que especialistas vão ser todos e sem ir à escola, não é? Que grande conquista! Parabéns!

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  11. poney.. é preciso pachorra pra aturar estes gajos.. coragem!

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  12. Ricardo Silva - Viana do Castelo2 de setembro de 2009 às 12:41

    Parte 1
    Mais uma vez quero salvaguardar que tudo o que disse e que continuarei a dizer é a título pessoal e não como dirigente de um Sindicato. Este último, PODER-SE-Á NÃO REVER NOS COMENTÁRIOS QUE FAÇO. O presente comentário vai-se dividir em duas partes por excesso de conteúdo. Não é motivo para se assustarem!! :-). Nunca quis ofender quem quer que fosse, apenas acuso alguns Enfermeiros carência de informação em função de alguns comentários que fazem. Nunca o insulto me passou pela cabeça. Respeito os colegas e, acima de tudo, respeito a profissão.
    Em primeira instância, a colega quando pronuncia “os enfermeiros são mesmo burros” deverá estar a falar por si, porque nem eu me revejo nessa qualificação, nem se devem rever os demais colegas.
    Relativamente aos blogues, já atribuí o devido mérito a vários bloguistas como poderá verificar neste mesmo tópico. Os mesmos têm-se revelado fundamentais na divulgação de informação e no desenvolvimento de iniciativas de protesto. Demonstra que nem todos são, e passo a citar a anónima, “burros”, tendo estes contribuído para a valorização social da profissão no ciberespaço. Ao contrário daquilo que diz, os Sindicatos, nomeadamente o SEP, têm vindo a privilegiar a internet como meio de comunicação. Recentemente, reformulou o seu site de forma a clarificar e facilitar o acesso a conteúdos do mesmo, enviando newsletters aos inscritos da sua mailing list. Se não recebe informação é porque ainda não se inscreveu! Vários são os esclarecimentos dados por email aos colegas que, de verdade, privilegiam este meio de comunicação. Agora também me apraz perguntar: No último mês quantas vezes foi verificar se havia conteúdo novo nos sites dos sindicatos e quantas vezes entrou nos diversos blogues? É mais uma pergunta de retórica…
    Relativamente às formas de protesto, os números da última manifestação e das adesões à greve foram, em boa verdade, muito bons. Todos os colegas activos nestas formas de luta merecem, por conseguinte, um sincero pedido de desculpas da minha parte. Nunca foi meu propósito injustiçar os seus intervenientes. Todavia, e para a 4a anónima, se assistiram a um crescente número de manifestantes foi porque se fez mais e melhor mobilização/sindicalismo por parte de todos os agentes sindicais que não se deixaram ir abaixo quando lhes respondem: “Ide vocês e gritai por mim…”; “Isso é para os novos, não é para mim…”; “Mais uma? Agora não sabem fazer outra coisa…”; “Nesse dia não posso porque estou a trabalhar noutro sítio…” ao qual respondo “Tenta trocar!” e me dizem “Acho que não vai dar…”, “Que vou eu fazer lá para baixo? (no caso do Norte) Figurinhas tristes?”. Quando falei em falta de apoio e afluência merecidas, referia-me a todos os comodistas que se limitam a ver os colegas a reivindicar. Isso sim, é injustiçar e enxovalhar todos aqueles que se mantêm como activos nas formas de protesto. Se houvesse dúvidas ou falta de estratégia como referem, não se tinha verificado um crescente número de manifestantes.
    Não preciso de me desculpabilizar pelo sindicalismo que faço. Simplesmente… o faço e tento dar o meu melhor, apesar de toda a ingratidão desse teu comentário! “Só vai quem quer e quem acha que tem … competências e motivação para tal”? Motivação… se a há, começa a esvair-se com agradecimentos como o teu e comentários do meu parágrafo anterior. Competências… desde o início da tua vida que começaste a adquiri-las! É só mais uma…
    No que concerne a Bolonha e MDP, já referi que esse assunto é de âmbito profissional e, como tal, diz respeito às entidades reguladoras/formadoras da profissão. Não preciso de me refugiar… Se não acreditas, que hei-de eu fazer? Submeter-me ao teste do polígrafo?

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  13. Ricardo Silva - Viana do Castelo2 de setembro de 2009 às 12:41

    Parte 2
    Se tu conheces professores, eu também os conheço (aliás, até tenho duas primas minhas que o são). Não preciso que me “INFORMES” (as maiúsculas, a não ser para salientar um conteúdo ou um adjectivo, não percebi! Se é por causa da hipermetropia, Deus me conserve a vistinha… ). Mas eu agradeço na mesma, porque se há coisa que não sou é ingrato.
    Falam tanto dos professores (até sabem a sua taxa de desemprego, cargas horárias, vencimentos base com 10 horas, 20 horas, 30 horas, etc.) quando são Enfermeiros e é com a Enfermagem que devem estar preocupados. Se te preocupas tanto com eles, tira outro curso e vai para professora.
    O MDP não se resume ao equilibro da balança oferta/procura de profissionais de Enfermagem, mas se achas que o excesso de Enfermeiros no mercado é benéfico para profissão e que não deve haver regulação no acesso à mesma – ENTÃO REVOLTA-TE E MANIFESTA-TE com o MDP (isto das maiúsculas é fixe!). É sinal que te preocupas exclusivamente contigo e nunca com a profissão. Desta forma dou-te razão: não tens nem condições nem competências para exercer cargos num Sindicato ou numa Ordem, mas talvez tenhas para professora ou educadora de infância.
    Se eu, tu e todos os Enfermeiros ainda não temos o justo reconhecimento salarial correspondente ao grau académico de Licenciado é por causa dos colegas que exerciam na altura (decorria o ano de 1999 – bons tempos, os de caloiro!) e que acharam uma tremenda injustiça e uma parvoíce os recém-licenciados ganharem mais do que eles que trabalhavam há um par de anos. E porque gostas dos professores, esses teus amigos fizeram aquilo que a maioria de nós escolheu não fazer: negociar antes do curso de complemento de formação. Para além de receberem mais de vencimento base, quase te juro que também receberam os respectivos retroactivos (é para teres mais que dizer contra os Enfermeiros). É o que dá trocar a ordem da carroça e dos bois… Anda-mos constantemente a dar tiros nos próprios pés para depois nos lamentamos das decisões que próprios tomamos e tentamos isentar. Agora é que o 5º anónimo pode dizer referindo-se a 1999: “Que grande conquista! Parabéns!” A semente que escolhemos dá a planta que colhemos…

    Sem mais de momento,
    Ricardo Silva

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  14. É triste, mas é tudo verdade.. E não julgem que os sindicatos têm poderes absolutos, lembrem-se que esta não era a carreira desejada e proposta há 2 ou 3 anos atrás. Porém se o SEP e outros não tivessem feito a pressão (que não foi a pretendida por falta de apoios dos colegas) a carreira teria ficado em condições muito piores.
    Quem não participou nos movimentos, nas reuniões e por último, nas greves, deverá ser o últimos a falar e a criticar. Claro que estamos aqui a falar como anónimos e não sabemos o que é que este ou aquele fez pela carreira.. o único com coragem , realmente é o Ricardo, que está a dar a cara e tudo que está a dizer é a pura e triste verdade, quando falam em demissão e que os sindicatos não fizeram merda nenhuma, dá-me vontade de rir.. ou de chorar.. nem sei

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  15. MEA CULPA E NOSSA CULPA2 de setembro de 2009 às 16:38

    POIS...
    já ouviram dizer que CADA UM TEM AQUILO QUE MERECE? (se as maiusculas são fixes, os clichês são ainda melhores :)
    o Ricardo tem razão, ponham a mão na consciência e pensem bem como contribuiram para aumentar o poder reivindicativo dos enfermeiros... mas ATENÇÃO que as lamúrias não contam: "não ganhamos como licenciados" "não vale a pena" "não adianta nada e nhe nhe nhe..."
    Os professores juntam dezenas de milhar de manifestantes várias vezes e os enfermeiros pouco mais (?) de 5000 numa vez... pois é, não vale a pena nhe nhe nhe...
    quantos de vocês estariam dispostos a passar uma semana em vigilia em frente ao MS? ou, Deus nos perdoe, a fazer UMA SEMANA DE GREVE? É, mas a greve não adianta nada, ia perder muito dinheiro, tenho casa para pagar,...
    Com quexinhas e autocomiseração é que não vamos a lado nenhum.
    PS - é com alguma vergonha que me incluo no grupo dos que falam, falam e não os vejo a fazer nada, mas pelo menos admito-o...

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  16. Boas noites,
    Parte I
    devo esclarecer aqui uns pontos. O meu colega Ricardo já disse grandes verdades, pouco mais vou acrescentar, mas tenho que responder à anónima do dia 1/09 10:27, que se engana redondamente em alguns assuntos.
    Quando dizes, " O que os sindicatos têm feito para fomentar a interactividade pela net com os seus sócios (blogs, fóruns de discussão, ..)", devo responder-te que têm feito muito, têm um site completo, divulgam N informação para colegas sindicalizados. e não sindicalizados. ´ Tenho muitos colegas não sindicalizados a receber informação. Em tempos deixamos em todos os serviços uma lista para todos deixarem os emails, para receberem informação, nem 10% dos enfermeiros. deixaram os seus emails. Se és do Hospital de Viana, pergunto-te se o fizeste? Mesmo quem não tivesse essa oportunidade, se tivesse o mínimo de interesse, expressaria o desejo na direcção nacional ou regional do SEP, ou por delegados, há muitas formas, basta querer. Depois o SEP fez e faz questão de reunir com os colegas em dezenas de hospitais por várias vezes em diferentes momentos, opta por reunir in loco e não através de foruns como estás a dizer, porque se assim o fizéssemos, apareceriam logo não sei quantas pessoas a dizer que não é assim que se faz. É o nosso grande problema, metodologias, cada enfermeiro tem a sua, uns gostam assim, outros gostam assado e outros ainda preferem grelhado. Agora há é um grande problema, já estive presente em 4 reuniões de esclarecimento e discussão (uma delas em Braga) e em média estiveram 12 pessoas nessas reuniões, (dá vontade de rir, não dá? Dá vontade de desistir, não dá? Mas não desistimos). Agora não me venhas dizer que falhou, nem que a solução era fazer fóruns e blogues.. Nos blogues, 1% das pessoas identificam-se, 50% mandam bitaites sem nada acrescentarem e não há uma sequência de discussão

    Depois dizes “Eu até acho os enfermeiros "bloguistas" e internautas bem mais informados do que a generalidade dos outros, basta navegar pelas várias profissões da FP com as mesmas qualificações que nós para vermos diferenças abissais…remuneratórias e não só!!” Sinceramente não percebi o que é que uma coisa tem a ver com a outra… adiante.

    No teu ataque seguinte, “A teoria dos sindicatos é agora a de ser tudo muito complexo…os enfermeiros são mesmo burros, isto é tão bom e nem percebem!!!” Partiste-me todo, lembra-te que essas dos burros é da tua autoria, já ouvi colegas do sindicato a queixarem-se do desinteresse dos colegas, agora apelidá-los de burros?! só uma pessoa de baixo nível faria isso. Quem é que disse que “isto é tão bom e nem percebem??!!” Esta não era a carreira preconizada, talvez seja a menos má… Em horas e horas de contacto com dirigentes, nunca ouvi um que dissesse “isto é tão bom”. Gostava que me explicasses o que te leva a dizer esta tremenda estupidez?

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  17. Parte II
    A seguir dizes, “A história que os enfermeiros não participam…bem…Quem deve mobilizar? Mas …Qual a maior manifestação de enfermeiros, quantos estiveram em Lisboa? CINCO MIL…e acredito que se na altura houvesse mais manifestações a coisa ia aumentando, como estava a acontecer comparativamente com outras manifestações anteriores…E a adesão às greves? O que diz é uma afronta para quem perdeu muitos e preciosos €€€€€€…”

    Bom, aqui esta parte toca-me pessoalmente, deixa-me dizer-te uma coisa cara colega, o que eu e os meus colegas mais temos feito no SEP é MOBILIZAR!!!! E esta está em maiuscúlas para memorizares bem o que te vou dizer! Em poucos meses de trabalho no SEP organizamos 4 ou 5 manif. Até lhe perdi a conta.. passamos dezenas de vezes por cada serviço, andamos centenas de quilómetros pelos CS, quase que implorávamos aos colegas para virem connosco às manifestações, distribuíamos comunicados, oferecia-se transporte, até comida se dava, explicavamos os motivos, alertava-mos para o momento. Sabes quantas pessoas iam (do distrito de Viana)??!! Mais ou menos 20 e uma boa parte eram alunos.
    Nessa ultima manif. foram 5000 enf, porque se bem te lembras era um dia simbolico, dia do enf. e era em Maio… Esperavas que se houvesse mais manif, o numero iria aumentar??!! Em que mundo vives?? Se em meses como Fevereiro e Merço foi o que foi, esperavas que em meses de férias o numero aumentaria??! Não me faças rir pf. Até porque as manif estão inseridas num contexto, não organizamos manif por diversão.
    Quanto a greve… falas em afronta! Afronta de quê?! Perdes tu o dinheiro, perco eu, perdemos todos! Perdemos no momento e vamos continuar a perder, porque possivelmente elas vão continuar e já dentro em breve. Mas não esperes colher frutos imediatos, perdemos $$ agora para no futuro tentar segurá-lo. Custa a todos, até mais a nós que ganhamos 900 eur por mês (em meses bons) Agora, eu e muitos fazemos greve por convicção, outros fazem para não ter que seguir turno, é assim que não vamos longe…
    Depois continuas a deixar-me aparvalhado com, “choramingar cheira já muito a uma desculpabilização / vitimização estéril e sem sentido. E cheira também a que os próprios actuais sindicalistas estão, aos poucos, a duvidar da sua estratégia … ou falta dela” Desculpabilização de quê, se nem chega a ser culpa??! Que dizes tu minha menina… o culpado é o sindicato???? vitimização estéril??!! Onde e que foste buscar esta?? Sem comentários… Quanto à falta de estratégia e à “ignorância “ que ouviste em reuniões, tens que te juntar ao sindicato para tentarmos fazer melhor e não sermos tão ignorantes, mas primeiro, se calhar, é melhor sindicalizares-te… se já o tiveres feito, já te dou mais alguma credibilidade. Quanto a questão de Bolonha, o Ricardo já respondeu. Quanto aos educadores, gostava que me dissesses em que pais eles ganham 1500 euros de base, talvez mude de curso e de país… e isso de chamar idiota a uma delegada não é muito simpático… mas é outro defeito nosso… gostamos muito de rebaixar uns aos outros. E muito mais haverá por dizer…

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  18. "Quanto aos educadores, gostava que me dissesses em que pais eles ganham 1500 euros de base, talvez mude de curso e de país…"

    Não precisas mudar de País só tens de mudar de curso, só que vais para o desemprego, problema que afecta bastante as educadoras e professsores em geral - e a enfermagem para lá caminha... Mas o vencimento base é 1517, desde que licenciada e no quadro da FP, claro. Mas compara com os enfermeiros licenciados e no quadro da FP...

    Admiro o esforço e a coragem de muitos sindicalistas mas acho que a estratégia seguida desde há já algum tempo tem sido errada e o resultado está à vista... só não vê quem não quer ver. É lógico e legítimo fazer comparações, principalmente dentro da FP.
    Eu, ou queria uma carreira só com uma ou duas categorias como os professores e com vencimentos relativamente elevados ou em alternativa uma carreira com várias categorias mas que salvaguarda-se reais hipóteses de progressão para um número razoável de enfermeiros, nomeadamente aqueles que aliam a experiência ao investimento em formação profissional e à aquisição de novas competências.

    No final estamos cá todos para fazer contas e ver o que conseguimos (plural) porque a verdade também é que o sindicato somos todos nós e são o reflexo do conjunto da nossa classe profisssional - um pouco amorfa e comodista (os adjectivos aplicam-se a todos).

    FILIPE

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  19. Tiago, epá tens que vir para o meu hospital é que por cá desde a negociação da carreira só fui visitado uma unica vez por um delegado sindical e não achei o delegado muito mobilizador!

    Também não concordo com a a estrutura da carreira actual, é muito redutora, há bem mais categorias de enfermeiros do que a de enfermeiro e principal. As designações também não são lá muito adequadas ...vamos ver o que aí vem, para já é mais o mesmo adiar...adiar...

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  20. -Parte completa-

    Tiago:

    É uma vergonha alguém pertencer ao sindicato e dizer uma barbaridade como "Quanto aos educadores, gostava que me dissesses em que pais eles ganham 1500 euros de base, talvez mude de curso e de país…".

    Faz-me um favor diz-me lá qual o vencimento base ilíquido de uma educadora de infância, licenciada e efectiva (no quadro) na função pública, com 35 horas por senana (horário completo, normal para as educadoras) e compara com uma enfermeira(o) na mesma situação...depois diz alguma coisa, mas vê lá se sabes consultar as tabelas, olha que há educadoras ainda só com o velho bacharelato, O.K. e há as contratadas...compara a situação idêntica que te falei...e olha que se uma educadora tiver um mestrado ainda lhe vale!!!!

    É com essa preparação que o pessoal vai negociar????

    SOCORRO!!

    Assinado:

    Menina Enfermeira há 17 anos sócia do SEP, vai a reuniões, faz greves e vai a manifestações, mas que nunca concordou com a m**** da estratégia dos sindicatos após o curso ter 4 anos e ser licenciatura. Já passou tanto tempo que está tudo a mudar - bolonha, já não há bacharelatos,...E muito mais haverá por dizer...

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  21. Meninos do sindicato - Tiago e Ricardo:

    Dados de 2009 - 1º escalão de professor - 1.518,63€

    A educadora se for Licenciada e trabalhar o tempo completo é esse o ordenado até ao cêntimo para perceberem bem, agora já podem argumentar lá no MS, ainda vão a tempo!... O José Carlos sabe o que falo ...

    Com vencimentos assim (como os professores)eu queria uma carreira unicategorial, mas com vencimentos como os nossos preferia uma carreira pluricategorial, desde que me desse reais hipóteses de subir. É que há muitos enfermeiros acomodados e que estão bem, mas deixem subir e evoluir quem quer SFF. Obrigado!

    Alguém que andou nas negociações de 1991 e onde conseguimos chegar bem perto do nível de outros bacharelatos (enfermeiros e enfermeiros graduados) e mesmos dos licenciados (enfermeiros especialistas).

    Cumprimentos a todos e vamos à luta que é de todos e para todos! Mas andem informados!

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  22. Menina enfermeira há 17 anos,
    Convence-te de uma coisa, os educadores não me interessam para nada, já muito tenho que trabalhar e dedicar a carreira enfermagem. Se eles ganham 1500 euros de base, ok.. dou-te os meus parabens e reconheço o erro, se bem que não estou muito convencido, mas garanto-te que me vou informar melhor. Agora não me venhas dizer que é uma vergonha não saber isso, por favor... vergonha é ser enfermeiro e não fazer nada para tentar mudar o rumo das coisas. Posso não ser a pessoa ideal, que saiba leis, vencimentos, carreiras da FP, mas ao menos esforço-me para contribuir da melhor maneira para a mudança. Agora também sei que as pessoas com altas responsabilidades no SEP (aquelas que vão negociar), são as pessoas indicadas e sabem essas coisas na perfeição.. quanto a mim e aos meus colegas o que nos pedem, procuramos cumprir, estar informados, distribiur e informar, mobilizar e organizar.
    SOCORRO! Penso eu quando lido com colegas com a tua atitude de critica constante, mas que teimam em confundir coisas, como p.e o papel dos sindicatos e o papel da ordem, não me venhas falar de bolonha!
    Se és sindicalizada terás então a credibilidade, mas convinha identificares-te para estarmos no mesmo patamar, assim não vale... e por ultimo se desacreditas assim tanto no trabalho do sindicato, reune uma lista e apresenta candidatura. Serei o primeiro a dar-te os parabens pessoalmente, se conseguires fazer melhor e não estou a gozar. Mas para isso terei que saber quem és
    Filipe, dizes,
    "Admiro o esforço e a coragem de muitos sindicalistas mas acho que a estratégia seguida desde há já algum tempo tem sido errada e o resultado está à vista..."
    se és quem eu penso, adoptarias medidas radicais como p.e greves sem fim. Em parte concordo. 1/4 dos enf. talvez pensem e agissem dessa forma. Mais de metade diria que sim, mas na hora da verdade, iam começar as desistencias, basta ver quando foram 2 dias de greve. Os restantes 1/4 nem greve de um dia fazem. Quanto a manifestaçoes com dezenas de milhares é utopico, gostaria de engolir a utopia, mas nao me parece, estas seriam as medidas que eu vejo que iriam por o MS em sentido. Por enquanto, porque nós, ENFERMEIROS, deixamos, eles, MS continuam a ter a faca e o queijo na mão, continuando a gozar e a adiar sucessivamente, como a mais recente para dia 7. Ponham a mão na consciencia e no vosso sentido de justiça e não responsabilizem o sindicato, o facto de estarmos assim deve-se a nossa inércia e a erros passados de todos. Numa coisa estamos de acordo, menina enfermeira... VAMOS À LUTA QUE É DE TODOS E PARA TODOS
    Abraço a todos

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  23. Ricardo Silva - Viana do Castelo3 de setembro de 2009 às 19:52

    Não vale a pena!!!
    Mas isto é um blog onde foi lançado um assunto para discutir a carreira de Enfermagem ou para discutir a carreira docente...?
    Aceito que as comparações sejam inevitáveis,mas não é neles que devemos focar a nossa atenção.
    Agora vamos deixar as guerrinhas e conflitos de lado e vamo-nos unir nesta segunda fase da negociação.
    Os melhores cumprimentos

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  24. Estamos a discutir a carreira de enfermagem comparando-a (a nível salarial, pricipalmente...) com outras similares na função pública, algo de errado? Não se compara? Ou compara-se com os vencimentos dos caixas dos hipermercados?

    Tirando a grelha salarial (que não existe) e o que se mantém (por enquanto) da antiga carreira, quais os fantásticos benifícios da actual carreira em que divide anedóticamente os enfermeiros em secundários e principais?

    Ou eramos todos enfermeiros e pronto ou se era para categorizar, aí tem de ser mais exacto e específico! Reparem na dos médicos, até queriam mais categorias.

    Será que um enfermeiro com 1 ano de experiência é igual a outro com 15 anos de experiência e com uma especialização!!!

    Não vai haver vagas para serem todos principais (uma pequena minoria - vão ver...), mas poderia haver uma categoria que englobasse muitos especialistas. E também gosto da vategria de graduado, dá a ideia de ser aquela altura em que deixamos de ser recém formados!

    Deveria de ser uma categoria acessível a todos (sem quotas), mas só após passarem num determinado exame escrito...

    Depois era negociar bem os rácios para a categoria de especialista e para principal (não gosto do nome...).

    Ainda é possível propor alterações aquando da negociação da grelha salarial, é que negociar as coisas em separado é mesmo complicado. Uma coisa depende da outra! Parece-me mais fácil o MS aceitar subir os vencimentos a troco de uma carreira pluricategorial (sempre negada pelos sindicatos). Uma carreira pluricategorial até poderá servir melhor os interesses da enfermagem, tudo depende das progressões, de enventuais rácios e que rácios e para que categorias.

    Antes da votação do MDP o MS propunha que todos os especialista passassem para senior, depois recuou ...porquê?

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  25. Visitem

    http://www.osbarbaros.org/

    Artigo sobre a carreira de enfermagem

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  26. Caros Colegas:

    Parece que a reunião ontem nao correu nada bem !!!

    Sei por portas travessas que o MS não cedeu e que os sindicalistas hoje andam como baratas tontas a delinear estratégias!!! :(

    Parece que vamos para a rua dia 18 numa manifestação nacional....

    Ficamos a aguardar....!!

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  27. Caros colegas Ricardo e Tiago

    Daqui de Braga vos envio um abraço de solidariedade e compreensão.
    É de louvar a vossa coragem e bravura na defesa da Enfermagem contra fantasmas e "sábios de teclado".

    Pinto

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  28. Caros colegas, por acaso alguém sabe se o grau de mestrado permite a progressao na carreira no âmbito hospitalar?

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  29. Caros srs. do Sindicato fui delegada sindical e saí porque encontrei muita ignorância e estupidez, contudo mantive-me sócia do SEP por 15 anos, ou seja, até à 9 meses atrás, altura em que com o desenrolar das negociações da nova carreira resolvi deixar de ser enrolada por vós!

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  30. Tentarei ser breve e objectivo nas apreciações: torna-se obvio que é necessário haver um reconhecimento social para que numa sociedade moderna, uma determinada profissão seja valorizada e recompensada. Nesta linha de raciocinio tudo poderá ser resumido à seguinte pergunta que o leitor deverá remeter a si próprio: "quando estou doente a quem recorro?". A resposta (caso não nos perdamos em delirios filosóficos) é objectiva e invariável: ao médico!. Aqui reside o cerne da questão! Na realidade, a enfermagem nasceu e ainda sobrevive da missão de auxiliar o clínico no "seu mister" (leia-se o juramento da Florence)e agora, quer a todo o custo gritar bem alto a dizer que é muito importante e que sem a enfermagem não haverá saúde sustentável. Pois bem... primeiro à que provar do ponto de vista económico quando é que com a devida autonomia e com a necessária responsabilidade associada é que a enfermagem poderá de forma autónoma resolver problemas de saúde na sociedade e nomeadamente aos utentes do SNS. Quando os Srs. Enfermeiros descobrirem que não basta serem especialistas para alcançarem uns quantos euros a mais, mas sim para provarem que conseguem fazer coisas com um grau de complexidade e diferenciação que por sua vez trará beneficio para o utente... lá chegaremos! Pois bem, atentem os caros leitores no seguinte: o que move as sociedades, e o mundo actual? R:dinheiro! _ A boa noticia (espantem-se os presentes) é que os enfermeiros ganham pouco comparativamente aos médicos! Acresce que enfermeiros há-os às resmas (questionem-se se as escolas e a Ordem não têm contribuído para este desperdicio infertil de formação... são contas de outro rosário, e a procissão já vai longa...) retornando à "vaca fria", RESUME-SE: TEMOS PROFISSIONAIS EM FALTA (MÉDICOS); TRABALHO EM EXCESSO (assistência na saúde); EXCESSO DE PROFISSIONAIS (enfermeiros) mas PROFISSIONAIS (enfermeiros) COM FORMAÇÃO SUPERIOR QUE LHES CONFERE COMPETÊNCIA TÉCNICA E CIENTIFICA SUFICIENTE PARA RESPONDER A CERCA DE 80% DAS SOLICITAÇÕES DOS UTENTES, E AINDA, A UM PREÇO MUITO INFERIOR!!! então o que falta???? R: FALTA OS SRS ENFERMEIROS RESPONDEREM AO DESAFIO DE SEREM AUTÓNOMOS E NÃO TEREM MEDO DE ADQUIRIREM AINDA MAIS COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES E DESVINCULAREM-SE DE UMA VEZ POR TODAS DO "MISTER" DO MÉDICO. É CERTO QUE INICIALMENTE CONTINUARÃO A GANHAR O MESMO, SOMANDO RESPONSABILIDADES, CONTUDO, É UMA QUESTÃO DE TEMPO ATÉ OS UTENTE (A SOCIEDADE) RECONHECER O SABER E A CAPACIDADE DOS ENFERMEIROS E, DAÍ ATÉ AO DEVIDO RECONHECIMENTO REMUNERATÓRIO É UM "PISCAR DE OLHOS". Por último, Srs. Enfs Especialistas, revejam-se nas atitudes e no contributo que têm dado ao SNS e aos utentes no geral. Quem quiser ser chefe, deve ter formação em Gestão/Administração, e não propriamente numa especialidade. Srs. Enfs no geral, afirmem-se, porque agora é o momento, o Estado não tem dinheiro, não tem médicos, mas tem enfermeiros que podem injectar no SNS aquilo que faz falta: CUIDADOS COMPETENTES A BAIXO CUSTO!. Srs. Enfs Professores, párem com o paradigma de uma suposta independencia baseada na autonomia para iniciar uma diurese ou avaliar sinais vitais. Já ninguém se acredita nisso e os utentes nunca viram nisso a solução para os seus males. E sabem? os utentes são os clientes e são o motivo da nossa existência. Srs Professores, revejam-se na postura do formar em série para deitarem "fora" as "peças" em excesso. Pensem em formar enfermeiros com mais competências e interventivos.

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  31. Tenho a impressão que a alguns colegas, as tuas palavras não vão cair muito bem. A questão da subserviência na minha opinião tem vindo a decrescer, esse não será o ponto principal, para mim. Outros serão que mencionaste e mt bem e ja por aqui diversas vezes frisado.
    «o piscar de olhos» cuidado que não será assim tão rapido e não vai ser pelo reconhecimento da sociedade que lá chegaremos, se bem que ajudará decerto..
    A questão dos especialistas não poderá ser assim tão linear.. é evidente que todos a tiram a pensar também, mas não só no dinheiro... até porque a diferença salarial de um especialista para um graduado não é +por ai alem.
    Eu se tirasse uma especialidade, seria pelo dinheiro e pela necessidade de investir naquilo que gosto.. agora não nego que no tempo das vacas gordas se tiraram especialidades só por tirar e porque a colocação seria a curto ou a medio prazo... agora talvez seja a infinito prazo
    Abraço...
    ps: é pena dares a tua opinião num post antigo, onde não acredito que haja muitas visitas... aparece mais ca pra cima! abraço.. brevemente sairá novo post corrosivo

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  32. Há 30 anos que sou enfermeiro. Ao longo destes muitas foram as vezes em que me apeteceu deixar de o ser. Com a Carreira Especial de Enfermagem, mais uma vez me apetece deixar de o ser.
    Gosto do que faço. Sei fazê-lo bem. Profissionalmente, sou reconhecido pelos meus pares (e não só) como responsável, competente, autónomo e idóneo. O meu 2º emprego é a nível domiciliário, como profissional liberal e dou-me muito bem (quantidade de trabalho e remuneração do mesmo). Por isso, o meu ego está bem em cima. Por isso vou continuar a ser Enfermeiro.
    Mas .... de modo algum me revejo nesta Carreira. Acho-a desmotivadora. Ignora todo um passado. Favorece o apadrinhamento. Retira o mérito.
    Sempre me mantive nas lutas sindicais, quer aderindo às greves quer participando nas manifestações (ajuntamentos) frente ao MS, embora não seja sindicalizado (mas isso é outra história). Greves que muitas das vezes nada tinham a ver com os meus interesses, mas que visavam defender os mais novos.
    Sinto-me defraudado pelos sindicatos. Não conseguiram transmitir para o exterior as reais dificuldades negociais e não souberam (ou não quiseram) envolver os pares.
    A minha preocupação não é com os vencimentos (que não acautelaram). É com o reconhecimento que a nível do governo é dado à formação pós base. Como querem obter o reconhecimento da população ? Os enfermeiros continuam a vender-se barato (alguns até trabalham de borla).
    Os (novos) enfermeiros não participam na vida sindical. Mas como os motivaram para essa vertente? Como se identificam eles com os sindicatos? Numa reunião havida recentemente na instituição onde trabalho, barraram a entrada aos mais novos porque "não tens as cotas em dia"; "ainda não és sindicalizado". Suou um pouco a reunião maçónica. Felizmente que os conteúdos foram iguais ao do comunicado que tinham distribuído 15 dias antes. Assim todos ficamos informados.
    Ordem, Sindicatos, Escolas; Públicos e Privados. Cada um preocupa-se com os seus interesses particulares. Nunca houve tanta ignorância, (digo falta de informação), desmotivação e divisão como agora. Falta um elemento aglutinador que não se vislumbra no horizonte.
    O desemprego na enfermagem é uma realidade cruel que pelos vistos há interesse em manter - pelo menos para os privados é maravilhosa esta situação. A migração é uma realidade. Do Norte para o Sul e para essa Europa fora. Uns são enfermeiros, outros "servents" mas ambos ganham honestamente o seu ordenado.
    Qualquer dia, já que tenho que trabalhar até andar de bengala, também emigro - só pelo gozo de conhecer outras gentes.
    Desculpem se alguém se sentiu "atacado" ou ofendido. São desabafos de um cota cada vez mais desiludido com o rumo da profissão e com os novos profissionais (são bons, esforçam-se, chegam mal preparados, mas procuram aprender e evoluir).

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  33. Anónimo por obrigação, cadaverisquisito@hotmail.com por opção

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