segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Crónicas estapafúrdias vol. III - Dr. M&M


Não se trata de algum médico viciado em M&M, o M está associado ao facto de ser um apaixonado por música e por coincidência associado também ao seu próprio nome... Passo a explicar,
O Dr. M&M é um médico calmo, acho que nunca o vi a subir o tom de voz, acorda todos os dias as 6h para dar a sua caminhada e mergulho matinal, o seu momento Zen. Tem bom gosto.. Mar e musica, novamente o M&M… Curioso.
A Dona Prazeres tinha passado o dia muito bem-disposta, gostava de meter conversa com as enfermeiras para falar das novelas. Já tinha recuperado de um edema agudo do pulmão, mas chegando a noite a conversa era outra.
Mitologicamente, a noite corresponde às trevas, ao lado negro, ao diabo. Não poderia deixar de fazer todo o sentido, pelo menos para os enfermeiros e doentes com idades mais avançadas, como a Dona Prazeres. Por muita lucidez que os nossos idosos possam ter, caindo a noite, caem muitas vezes também os seus sentidos de orientação e percepção. A agonia, a agitação está instalada, estão numa cama estranha, rodeados de estranhos, estão num mundo novo, obscuro e desconhecido. Ninguém acalmava a Dona Prazeres, nem mesmo o haloperidol atenuava o seu desespero. A enfermeira só desejava nunca mais fazer noites, ou outros doentes, pediam saturados, Alguém que lhe ponha uma venda na boca, por favor!!

O Dr. M&M fazia endoscopias, costumava perguntar, Quer com ou sem música? Surpreendidos respondiam, Oh dôtor, você é que sabe… Então vai com! E cantava… É uma forma original e inovadora de tranquilizar num exame que de tranquilo nada tem.
Cantou também ao ouvido da Dona Prazeres, num novo esforço de tréguas, chamada a terapia da música ou musicoterapia, para ser mais técnico,

Tudo o que eu te dou,
Tu me dás a mim,
Tudo o que eu sonhei,
Tu serás assim,
Tudo o que eu te dou,
Tu me dás a mim e tudo o que eu te doooou…


Só faltavam os óculos escuros…
E a Dona Prazeres adormeceu ao som do refrão do poeta Abrunhosa

Nunca percam a originalidade!
Um abraço
Espero as vossas crónicas ansiosamente.
Nota para os não profissionais de saúde (leigos soa mal) – haloperidol é um medicamento neuroléptico para tratamento de sintomas psicóticos, utilizado para controlar agitação e agressividade.
G.

15 comentários:

  1. Aqui vai mais uma história inacreditável.
    Certo dia toca o telefone na Triagem de Manchester (TM), o que já não é normal e então ouve-se:
    - "Um momento que o radiologista quer falar consigo" ........
    .........
    - "Então é você que dá as cores aos doentes"
    - "Sim sou eu."
    - "Olhe era só para lhe dizer que você está a fazer mal a triagem, é que ainda agora fiz uma ecografia a um doente laranja e não tinha nada, e há pouco fiz uma a um doente verde e tinha, portanto você está a fazer isso tudo mal."
    - "Olhe,passe por aqui que eu empresto-lhe o manual da TM."

    Quando soube da história só me apetecia rir, e mais não digo.

    ResponderEliminar
  2. olha eu curto m&m. prefiro os de amendoins. a acompanhar o belo do filemzito cai q nem gingas.

    viva a música e o mar. belos mergulhos para esse doutor, já outros tantos afogava os de imediato. nados mortos, ou abortos. ah e já agora: porque qdo somos nós é um aborto e qdo é uma galinha é uma omolete?
    *sabes-bem-quem-eu-sou-e-eu-sei-quem-tu-és*

    ResponderEliminar
  3. Um grande médico...
    Ponderado;Educado;Tb tem os seus S´ss....
    tem uma certa dificuldade em aceitar as opiniões dos enf. recem-formados, mas depois de adquirir a confiança destes, é alguém com quem é agradável trabalhar..
    Pena é, a reforma ja estar proxima:(
    Abraços

    ResponderEliminar
  4. Bem hajam...
    pensei duas vezes se devia ou não deixar aqui uma crónica, tenho receio de me tornar cansativo, certamente poderia ser mais curto e grosso, reparo que as visitas do blogue aumentam e desejaria de ver ainda mais participação.
    Começo a ficar preocupado com um facto, a "doença" dos enfermeiros, diagnosticada sabe-se lá por quem (!?) mas que tem o nome pomposo "Falta de Tempo", pois é tenho feito algumas sondagens pelo meu circulo de amigos e se alguns me referem que estão a gostar do que lêem, outros ( muitos mesmo) referem que gostariam de ler o blogue, gostariam de comentar, já ouviram falar disso, etc, mas quando questionados porque não o fazem ,saem as respostas: "não tenho tempo para ir à internet", "depois de um dia agastado com a resposta rápida que a Infor...mática nos dá, até tenho raiva dos computadores" e outras que não interessa, daí que esta pequena crónica destina-se, tal como prometi ao Noddy a "incendiar" o cérebro de alguns dos leitores que por aqui passem.
    Premissa um: o Hospital tem um débito bastante grande mas muito longe dos mil milhões de euros que constituem os débitos do SNS;
    Premissa dois: todos (ou quase todos )os serviços se queixam de falta de recursos;
    Premissa três: estamos numa fase de mudança (pelo menos de nome)
    Premissa quatro:uns ganham sem desgastar, outros desgastam-se sem ganhar;
    Premissa cinco: a ULS vai-nos colocar em pé de igualdade em muitas áreas com os centros de saúde/Usf ou vai colocar estes no nosso pé de igualdade (míngua)
    Premissa seis: poupamos e somos uns heróis mas quando for para pagar a factura vamos pagar o mesmo ou mais do que aqueles que mais gastam...ai não, que não vamos, a não ser que a "CIM" sim, ou então a"CIM" não....
    então pego numa pequena caixa de amorfos e com uma ligeira fricção aponto o dedo para o BO. constou-me que há uma equipa de enfermeiros em todos os turnos que estão escalados para a sala de urgência, constou-me que quando não há urgências os nossos colegas nada fazem...pergunto: não é possível esses colegas estarem distribuidos pelos serviços de cirurgia e SU e fazer alguma coisa, porque há sempre que fazer nos ditos serviços, quando fossem necessários para abrir a sala de urgência seria accionado o "bip" que os ERC deixariam de usar e dirigiam-se de imediato para o BO?...já á sinais de inflamação e vai pegar fogo...
    constou-me que quando as rotinas acabam ás 18 horas o pessoal destacado para essas sala fica até às 20 horas a pressionar os serviços para que vão depressa ao BO levar os doentes para fazer recobro nos serviços, pergunto porque é que esses colegas não acompanham doentes até aos serviços e colaboram na vigilância posOP?....clarão de pólvora e mais nada...como sabem as melgas não gostam de fumo polvoroso e ficam extremsamente nervosas quando os gases do BO se espalham pelo hospital....ou acalmo o meu nervosismo ou...nada, sou pacífico e espero respostas...

    ResponderEliminar
  5. Esse médico foi fazer uns turnos a Ponte de Lima. Pessoalmente gostei de trabalhar com ele.
    Tinha uma particularidade, na minha opinião. Não se esqueceu do que tinha aprendido nos primeiros anos de medicina. Dizia ele (mais ou menos isto), "por vezes envredamos por coisas complicadas e cheias de tecnologia e farmacologica e esquecemo-nos de aplicar o basico, retirar ou eliminar o estimulo da causa! Tratamos as consequencias e não as causas..."

    Shadow Cronicles

    ResponderEliminar
  6. Obrigado melga pela atencaozinha.
    Pois é , o que tu falas é de todo certo , e as vezes dificil de explicar.
    O grave é que o nosso hospital é muito suigeneris.
    Embora eu ache que nao se resolve o problema, acabando com as equipas de urgencia no bloco.
    É verdade que é caro mas é uma necessidade, nao acho que se deva mobilizar essa equipa.
    Por Exemplo nao entendo outras medidas que nao custam nada, a criação do (já extinto) responsavel de turno na urgencia.Que vantagem teve?.....Quanto custou?....porque nao se utilizar esse enfermeiro para reforçar a urgencia pediatrica á noite (como alguns como eu defendiam)?......
    Vamos lá entao pegar fogo a isto tudo.....
    Eu trabalhei noutros hospitais, e o unico em que os doentes vao completamente tratados para internamento é o Hospital de Viana. O unico em que os doente tem de ser puncionados, entubados, sondados, traccionados, com com a medicaçao dada....

    Incrivel.

    Nos outros hospitais os doente aparecem no serviço de mala , vindo dos SU´s.
    Mas aqui não.... e quando os enfermeiros da urgencia se esquecem ou, nao veem a prescriçao medica para determinada tecnica, toca a telefonar cá para baixo, a criticar o colega que, por acaso , ja está a trabalhar noutro doente.....



    Querem cronicas estapafurdias...4
    eu conto algumas,
    Certo dia uma colega da urgencia , ja reformada, mandou um doente para internamento de medicina. Teve a petulancia de nao reparar que a doente tinha algaliaçao prescrita( vejam lá), as enfermeiras da medicina ( nao sei qual),nao tardaram em telefonar para a urgencia para comunicar a sua insatisfação e repugno por tal situaçao. Bom como essa enfermeira é de outro tempo, ( se fosse eu era de outra maneira , posso garantir) Dá corda aos sapatos e vai la cima algaliar a doente...Qual o espanto dela que quando chegou ao internamento, todos os enfermeiros estavam na copa em amena cavaqueira. Ela , perguntou qual era o doente, algaliou-o, despediu-se das enfermeiras do serviço. Elas nem toparam a ironia......
    pensem nisto...
    Abram alas....

    ResponderEliminar
  7. "elementar meu caro NODDY" diria Sherlock Holmes...és um autêntico vulcão em erupção...mas temos que ter cuidado com os efeitos colaterais, lá vem uma chuva de pedras e ...tendo todos nós telhado de vidro...catrapuz, lá cai a porta dos engonços!
    Ironia um: estás a arder;
    ironia dois:sou um agitador;
    ironia três: provoquei-te;
    ironia cinco:aqui vai a solução para os problemas, no meu ponto de vista:
    solução um: colocar enfermeiros nos serviços com base nos numeros de segurança de prestação de cuidados e não com base nos numeros que nos apontam como sendo "correctos", por isso quando ouvimos dizer que dotações seguras salvam vidas , constou-me que a frase estava incompleta e que alguem vai dizer qual é a base para determinar o que são dotações seguras e como se faz o cálculo de necessidades de enfermeiros.
    solução dois, manter equipa de BO de urgência porque a mesma deve estar sempre pronta custe o que custar;
    solução três: doentes entrados no SU depois de triados e com diagnóstico base definido, encaminhados de imediato para o serviço, mas, com toda a informação pertinente para que o acolhimento e tratamento sejam adequados, nunca sem diagnósticos, nunca sem medicação prescrita online, nunca a pé com fracturas de coluna e com indicação de repouso absoluto, nunca enviados para os serviços cinco horas depois de terem o internamento feito,
    solução quatro: podem ser algaliados, ou efectuados outras atitudes terapêuticas nos serviços desde que os serviços estejam como disse há pouco, dotados com pessoal em numero seguro;
    solução cinco: nos serviços pode considerar-se que a amena cavaqueira é um momento de discussão de casos no serviço, ou seja de formação;
    RESUMO: é complicado estarmos a apontar o dedo aos colegas dos outros serviços porque todos eles estão em situações bem mais graves em termos de pessoal do que muitas vezes nós estamos no SU. Infelizmente, admito que por vezes nós também já fomos em pequenos/grandes grupos tomar as refeições no bar do pessoal, todos ao mesmo tempo; por favor deixem que todos os que trabalham no SU tenham prioridade no atendimento no bar, é assim que se faz em muitos hospitais civilizados....

    ResponderEliminar
  8. Oh Melga...então agora cada vez que for ao bar (normalmente entre as 11h e as 12h no turno da manhã, há tarde normalmente comemos qq coisa no serviço pq nem dá tempo para nos dividirmos para ir ao bar) vejo um colega do SU atrás de mim na fila...estendo uma passadeira vermelha e abram alas (como diz o outro!!!). Claro... podem a qualquer momento ter uma emergência e não podem estar à espera na fila do bar...mas podem estar sentados 30 a 45 minutos a meio da manhã/tarde e 1h para o almoço/jantar que já não há problema.
    Os outros colegas podem esperar pq não têm nada para fazer nos serviços!!!
    Tive uma ideia, que tal ligaram para o bar a pedirem o que querem e as funcionárias irem levar ao serviço!!! Assim nem tinham que se deslocar!!!Ou se estiver uma fila mt grande podem sempre atravessar a estrada e ir ao café do outro lado da rua...como já aconteceu!!!
    Se calhar nos hospitais civilizados todos os trabalhadores devem ter igualdade de direitos e não só porque vestem uma farda verde são mais do que os outros...
    Se calhar temos que pedir mais funcionárias para o bar e em vez de estar uma funcionária no pré-pagamento e a fazer o atendimento ao balcão serem 2 pessoas para essas funções!!! Se calhar essa opção é a mais civilizada...

    ResponderEliminar
  9. Colega,
    tens muita razão nalguns pontos, mas deixa-me acrescentar algumas coisas importantes:
    1. No SU, incrivelmente, não existem as mesmas condições do internamento. Nos internamentos há uma copa para todos os profissionais fazerem 1 intervalo de 5/10 minutos, para tomar um café, fumar 1 cigarro, ou como muitos fazem, almoçar e jantar. (poupam dinheiro e não perdem tempo no deslocamento - quem me dera puder fazer isso!) Muitas vezes ficamos no bar o tempo que dizes, outras vezes nem metade, mas uma coisa é certa, aquele é o único momento de relativa paz, em que às vezes muitos colegas se sentam pela primeira vez no turno.. reconheço que às vezes há abusos, mas também os percebo.
    2. Não é preciso passadeira vermelha, a solução estaria, como referiste muito bem, pela melhoria do nosso bar, a todos os níveis, quantidade pessoal, já para não falar da qualidade da comida, mas isso são outras questões... se me pedires na fila do bar pra te deixar passar à frente porque precisavas de comer qualquer coisa porque tavas cheia de fome e ainda tinhas muito que fazer eu deixaria passar-te de bom agrado, tudo passa pelo bom senso
    3. Nunca vi nenhum colega meu a ir ao outro lado da rua comer, não te terás enganado?! Não seria uma farda branca?!
    4. Esse complexo de inferioridade não me cai bem, não sou mais que tu, não és mais que eu, trabalhamos todos para um fim, o vosso trabalho é fundamental na recuperação/vigilancia do doente, o nosso é-o na fase aguda, só mudam estes pormenores. Não se subestimem!!!
    G.

    ResponderEliminar
  10. Querida anonima.
    Vamos lá esclarecer uma coisas.
    Primeiro os colegas que tu vês entre as 11h e as 12h nao sao do SU. Portanto nao os deixes passar.
    Os enfermeiros da Urgencia, vao ao bar perto das 9h da manha.
    O comentario do melga, nao é assim tao estapafurdio, pela simples razao que noutros hospitais aplica-se.
    Bom agora GRAVE , é a triste afirmaçao de que os enfermeiros da urgencia abandonam o serviço para tomar café no exterior das instalaçoes do CHAM.
    Primeiro é mentira.
    Depois é muito feio mentir ainda por cima para denegrir os colegas de outro serviço.
    A soluçao passa como tu bem dizes por melhorar as condiçoes de atendimento do bar. Claro, essa é A soluçao.
    Nao pode acontecer que no dia 24 e 25 nao haja onde comer (porque é Natal), e toda a gente trás comida de casa. Entao e eu.... que ninguem ma faz de comer e posso vir no dia 24 ou 25 trabalhar e nesse mesmo trabalho nao ha onde comer.
    É impressionante que no nosso hospital, nunca ha onde comer nas festas, incrivel.

    Quando digo nao ha, nao é só no bar. Imaginem que até se arranja comida.Comemos onde??
    Podemos comer na copa dos doente onde come e tosse o Costa. É claro um sitio muito agradavel, eu a comida de natal e o Costa a tossir e cuspir encima. Um sonho de qualquer mortal.
    Por ultimo , e como bem diz o Guilherme , para nós o bar nao é só para comer , tambem serve para descomprimir, é talvez a uinca oportunidade de nos sentar-mos e de certeza a unica oportunidade de sentar e desligar-nos da selva que é o SU.

    ResponderEliminar
  11. Muito bem ou antes muito bom!
    O regresso ao debate no seio da crónica M&M...
    Está claro que uma iguaria daquelas adoça-nos sempre a boca, apesar de preferir (passe a publicidade porque eu não vivo do comércio) os mon chéri, ferrero rocher, merci, lindor (da lindt, não são as fraldas) toblerone, guylian e por ai fora, como mastigar a amêndoa dos imperadores e até refrescar a boca com uns After Eight...hummmmmm...que delícia.
    Eu bem me parecia amigo Guilherme que esta crónica atrairia o tema restauração...como sabes tenho o meu instinto provocador, dou voltas e mais voltas, azucrino a cabeça dos indígenas, não os deixo descansar e se puder....lá vai a ferroada...
    È curioso que este(a) anónimo(a) não me parece ser o mesmo que tem aparecido noutros comentários e portanto eu vou dar-lhe um pequeno voto de confiança e pedir-lhe que volte mais vezes, pelo carácter salutar que podem ter as críticas que aqui são feitas, este espaço permite esclarecer algumas atitudes que nós assumimos no dia a dia, muitas das quais não são entendidas por muitos colegas, no entanto, fica-me o amargo de boca que é o de sentir que nós enfermeiros, em vez de procurarmos algum entendimento tratamos de enveredar pelo desanca até partir, já mencionei anteriormente que a enfermagem sofre muito do problema da autofagia.
    Aquele "OH Melga" do(a) anónimo(a) é típico de alguém que se pudesse acabava comigo por ter sugerido o livre transito de todo o pessoal do SU(e não exclusivamente dos enfermeiros)o que me deixa mais à vontade para falar. Se quiseres e se isso te dá prazer podes ir até ao
    http://www.youtube.com/watch?v=wLSKpfSUjnc
    e terás o gozo de ver em 4m e 16s "a tortura da melga".
    A História do bar querida(o) anónima(o) tem muitas nuances!
    Lembras-te de quando puseram lá umas mesas para se tomar as refeições de pé? Dizia-se que era para que o pessoal não parasse por lá muito tempo, mas a moda foi-se, e quando disse "Infelizmente, admito que por vezes nós também já fomos em pequenos/grandes grupos tomar as refeições no bar do pessoal, todos ao mesmo tempo", disse-o porque foi "infelizmente" uma pratica de muitos outros serviços não só do SU, consta-me que o pessoal da segunda fase esteve enclausurado num ou noutro serviço, não era problema de não poderem vir, era um problema de organização...e quando vinham/vem ao bar é entre as 11 e as 12 horas (ora a essa hora será raro ver por lá enfermeiros do SU, e se perguntares a alguma das funcionárias do bar com quem tenhas mais confiança, provavelmente vais confirmar que algumas das pessoas que lá estão já é a terceira vez que vão ao bar, não sabias? ficas a saber porque eu a ti digo-te tudo!
    Com que então, trinta a quarenta e cinco minutos para pequeno-almoço/lanche e uma hora para almoçar/jantar? Muito bem informada sim senhora, ou então andas por lá com cronómetro? `Bem, como boa observadora deves permanecer esse tempo todo lá, porque doutra forma não terias essa conclusão…Desculpa, eu já gastei esse tempo, especialmente quando há mais que uma formação no DEPM e vai tudo às 10 horas para o bar, pelo que a “bicha” dá a volta até à porta de entrada.
    Percebo agora que é por causa de demorar tanto no bar que a triagem de Manchester está sempre atrasada nesse período…e também já há estudos que naquele período não há registos de entrada na reanimação e em OBS os doentes ficam em stand-by.
    Com que então custa-te deixar que eu seja atendido como prioritário (não preciso de passadeira, muito menos vermelha, certo?) mas olha que a mim incomoda-me muito mais ver os chicos espertos, que em vez de esperarem pelo atendimento tendo em conta a ordem de chegada, encostam a barriga ao balcão e cravam um dos colegas da “bicha” para tirar a senha…
    olha! Sabes que mais? As senhas deviam ser vendidas no corredor junto à telefonista e no bar só devia ser servido quem já tivesse a senha na mão, talvez assim passassem menos pessoas á nossa frente do que aquelas que proponho como prioritárias.
    Vou discordar do Guilherme e do Noddy. Colegas, há enfermeiros do SU que vão muitas vezes tomar refeições do outro lado da rua! Claro que vão, tem esse direito porque não estão de serviço naquele momento no SU! Não posso esconder que até já fui ao SCALA tomar as minhas refeições, e esta hein?
    Noddy, se estiveres a trabalhar no dia 24 ou 25, o bar vai fechar muito cedo, três hipóteses:
    1- Levas uma sandosca e comes ao lado do Costa (não faz mal, é o mesmo que cuspir na sopa, não se nota, a não ser que tenha uma mosca morta)
    2- Dás um saltinho a um dos outros serviços, incluindo os da segunda fase, que vais encontrar umas fatias de bolo rei e umas chamuças (talvez gordurosas e com 15 dias, tal e qual como aquela treta das nossas ceias, pão duro, fruta podre e aquelas compotas sempre iguais e aqueles sumos anectarados(!)
    3- Chamas o ERC pode ser que te consiga uma refeição,
    4- Pedes a uma Auxiliar que atravesse a rua, tu não, que podes morrer atropelado pelo carro conduzido pela(o) anónima(o), que a essa hora é capaz de andar de passeio enquanto a nossa sorte ditou que este ano era a nossa vez de ficar de serviço
    Por hoje chega, senão amanhã não consigo chegar ás oito em ponto ao serviço, sabem que aqueles buracos no chão junto á barra de entrada não nos deixam andar mais depressa (!), era bom se tivéssemos a sorte de ter um lugarzinho ali prós lados do espaço da nossa administração!
    Que a paz fique com todos nós neste Natal, sejam felizes…
    e para terminar querida(o) anónima(o)deixo-te com um Baccio, é doce e vais ver como derrete na boca

    ResponderEliminar
  12. Oh Melga! no meio de muita asneira dizes uma coisa certa,as ceias que deixam para o pessoal não têm qualidade.
    querias estacionar no lugar da administração? imaginas-te director?
    Ganha juízo!

    ResponderEliminar
  13. O Melga pediu para voltar e eu voltei!!
    Sabes, eu sei que em tempos alguns elementos do SU demoravam esse tempo no bar,porque já trabalhei no SU em tempos e sei que é verdade...Não,não ficava lá esse tempo porque nunca concordei com isso!
    Tens razão,esse é o único bocadinho que vocês têm para descomprimir durante o turno.Não penses que nos serviços de Medicina, durante uma manhã ou tarde vamos à copa descomprimir,isso é mentira.
    Na grande maioria dos turnos,vamos comer qualquer coisa à pressa para não ficarmos em hipoglicemia. Já várias vezes suprimi as refeições por achar que era preferivél em deterimento aos cuidados q ainda tinha q prestar. Hoje,não faço isso, tenho direito ao tempo das refeições e não abdico dele!
    Foi verdade que em tempos,elementos do SU foram tomar café a meio da manhã ao outro lado da rua (não, não eram da VMER, nem estavam em formação).Estavam a fazer turno da manhã! Mas não vale a pena batalhar mais sobre o assunto...aconteceu, é passado.
    Têem, razão quando dizem que não existe uma copa no SU com o mínimo de condições para usufruierem das vossas refeições. Deveria ser um aspecto da estrutura física a melhorar. Entre outros...
    É verdade que o bar/refeitório não satisfaz as nossas necessidades nos vários aspectos que referisteis.
    É verdade que nas épocas festivas não há onde os funcionários tomarem as suas refeições. Não é de admirar que nas épocas festivas, tenho a sensação que só a enfermagem trabalha neste hospital!!
    A farmácia fecha às 17h de 31/12 e não comunica aos serviços, não há AAM do serviço de radiologia (é tolerância!!!) para ir buscar os dts aos serviços para os exames, tem que ser a AAM do serviço a levá-los. A distribuidora de um serviço de medicina quer distribuir as ceias às 20:30!!!! na tarde de 31/12!!!!
    Fantástico!!!
    Que o novo ano seja nestes e noutros aspectos um pouco mais positivo...
    Vou-me identificar a partir de agora como "Sirene" porque não quero confusões, não fui eu que enviei o comentário anterior!!
    Guilherme continua o bom trabalho...

    ResponderEliminar
  14. Este hospital vai de mal a pior, criticas do tempo dos Afonsinhos, passem é a palavra do que se faz porque a verdade é esta, estão a arrebentar com o pessoal de enfermagem, é turnos de arrepiar e ainda se passa a mensagem que o pessoal anda na cabaneirice no bar, tenham vergonha, nós enfermeiros somos policias de nós próprios, pois ninguém sai sem entrar outro e se deixamos algo por fazer o colega dá logo por ela e pimba (quem dera à administração que isso acontece-se em todas as áreas). Estão a lixar-nos forte e feio e andamos com conversas sem sentido. Comecem a unir-se, mas não para destruir, pois a instituição por mais mal que soe, é o nosso ganha pão e não existe melhor hospital que este, vamos é ter orgulho. Ponham a boca no trombone em situações ilegais e que estão a queimar o sistema. Vamos exigir mais fiscalização em relação ao absentismo, venha de que lado vier. Porque a privada não é melhor e este hospital é o hospital dos pobres, porque o tipo de doentes que cuidamos, a privada não os quer ver nem pintados, mas são estes que necessitam verdadeiramente do enfermeiro. Temos um serviço de saúde público que é de louvar, com profissionais do melhor, agora é certo, o mal disto é que as pessoas não estão para resolver problemas, estão é para os juntar e esconder,não existem marcadores de satisfação dos clientes/familias e isso leva ao desanimo pois quem se esforça não é recompensado antes pelo contrário é diferente, por isso deve ser anulado. Mas uma coisa é certa não desanimemos, pois sabemos qual é o nosso papel e sabemos quem cuida, quem sorri, quem se esforça, quem luta, quem trabalha, quem dá conforto, quem anima,quem chora, quem se envolve. Mas não se esqueçam que nem todos estão à mesma altura na arte de cuidar, mas sempre se pode apreender e melhorar, é só querer. É como nas outras classes, nós sabemos onde estão os bons e esses não os podemos destruir. Amigo Guilherme, o que nós precisamos é mais enfermeiros como tu, com coragem, fibra, garra e tudo mais que caracteriza pessoas que fazem as coisas a pensar no bem e sentem orgulho em estar numa arte que apesar de ser vista como de segunda, dignifica o ser humano como nenhuma outra. Há dias pensava: "...como me desgasto, em prol do outro...", acho que é isto que Cristo fez, e não tenho dúvidas, que podemos não ganhar mais por isso, mas que em muito contribui para nos ajudar a merecer um lugar num cantinho do céu, é bem certo. Bem haja a todos vós, e não se subestimem.

    ResponderEliminar
  15. Boas colega!
    Antes de mais obrigado pela parte que me toca
    Muito interessante o teu comentário... só é pena vir num post antigo, possivelmente só eu é que vou ter oportunidade de ler o que escreveste. Espero contar contigo nos posts recentes
    Um abraço
    Guilherme de carmo

    ResponderEliminar