segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

SICKO - A vergonha


"Quando eu vejo um filho da pátria com a camisa dos Estados Unidos Eu fico puto Eu fico louco Eu fico logo mordido (...).
Quando eu vejo esses babacas esses panacas esses pamonhas Que tem coragem de ir pra rua com boné ou camiseta Com as cores da bandeira mais nojenta do planeta!(...)
Amigo cê tá perdido enganado iludido
Já devia ter sabido o que são os Estados Unidos Um país infeliz
O mais hipócrita da terra Malucos suicidas e imbecis que adoram guerra Misturados num lugar cheio de farsa e preconceito
Me diz porque essa merda de bandeira no seu peito?
O quê que cê quer dizer quando verte uma camisa exaltando os opressores que te pisam?
O quê que cê quer passar pra pessoa que olhar pro seu peito e não entender de que lado você tá?
Mas não precisa responder Cê tá do lado de baixo Você é uma fêmea no cio e o Tio Sam é o seu macho Você é o capacho dos norte-americanos
Por isso ainda acho que existe algum engano Porque eu não me rebaixo a passear vestido Com a roupa do inimigo: os Estados Unidos."

in Gabriel o Pensador - filho da pátria iludido
(não encontrei a música no youtube)

O nosso sistema nacional de saúde não é perfeito, todos sabemos que apresenta graves lacunas, contudo há piores… e bem piores. Um dos países que mais abomino é os Estados Unidos da América.
Abomino porque adoram armas, são broncos, vivem da e para a guerra e muitas vezes metem-se onde não são chamados. Julgam-se os donos do mundo, ignoram toda a cultura e história de outras civilizações, são parolos, incultos, obesos e só mais uma vez, são broncos.
Permitiram os dois mandatos possíveis sucessivos, com a política do cowboy tirano Bush, mesmo depois das atrocidades que cometeu no primeiro, (à primeira quem quer cai, à segunda cai quem quer).
Têm desportos estúpidos como futebol americano e wrestling.
Pensam que vivem o verdadeiro sonho americano quando na verdade vivem o pesadelo americano, pelo menos no fundamental, que é a saúde, graças a um sistema podre, escabroso e bárbaro, completamente controlado por companhias seguradoras que unicamente visam o lucro. Recomendo vivamente o filme Sicko, de Michael Moore, polémico realizador norte-americano, para melhor perceberem toda esta teia. Vejam o seguinte excerto, vão ficar abismados, revoltados, sensibilizados, vão deixar de, pelo menos por uns tempos, se queixar do nosso pobre país, que eticamente, afinal, não é assim tão pobre.

Se tiverem a gostar ou a odiar, neste caso vai dar ao mesmo, continuem, pois o youtube possibilitou todo o filme/documentário, deixo-vos aqui todas as partes, vale a pena, garanto-vos
G.

9 comentários:

  1. Um documentario simplesmente esclarecedor!

    É pena é pouca gente saber disso. E o nosso governo ainda diz que e omelhor sistema ( o privado). será será para alguns senhores...

    Tenham um feliz natal, nao abusem nas comidas nem nas bebidas,( como diz o outro: tenham juizo)

    Abram alas.....

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  2. pois, já vi esse documentário há uns tempos e, por incrivel que pareça, por breves momentos, senti ORGULHO no nosso SNS!! claro que passou logo, mas acho que nunca me vou esquecer da sensação :)
    Feliz Natal, e que a ULSAM nos deixe qualquer coisa simpática no chinelinho...

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  3. Bom Natal e tudo de bom a todos....

    Shadow Cronicles

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  4. Já conhecia este documentário, assim como um filme que se fez de uma ida a Cuba.
    Dizer vergonha, no minímo, é muito pouco...
    Umas Excelentes Festas!

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  5. ahahhaha, noddy, tenham juízo, como diz o outro, é muito bom!

    aproveito para recomendar também o bowling for columbine, deste mesmo realizador, o farenheit 9/ 11 não vale muito a pena pois é demasiado panfletario.

    seria necessario que as pessoas abrissem os olhos, que percebessem que tanto num sistema (estou a falar de capitalismo/ comunismo) como noutro há vantagens e desvantagens e o inteligente é ser capaz de tirar aprendizagem com essas cenas.

    a sáude não faz sentido ser exclusivamente privada. quando me dizem que tudo tem valor de mercado pergunto logo quanto custa o filho da pessoa que me diz isso. saúde, educação e cultura são bens essenciais, que todos deveriam ter acesso.

    boas festas guilherme*

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  6. Sou muito chorona, não parei de lagrimar do príncipio ao fim do filme/documentário.
    Aprender a Saber dar sem esperar receber não é para todos! gostei muito...

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  7. Demorei a ver o documentário todo, mas é sem dúvida uma chamada de atenção para os problemas de um sistema em que se tem atenção à relação entre gastos e lucros. Preocupa-me saber que temos gestores hospitalares, que temos orçamentos cada vez mais apertados e que os hospitais privados (também em Portugal) têm lucros. Preocupa-me receber no "meu" hospital público doentes que vêm de hospitais privados, porque o seguro já não cobre um internamento tão prolongado como o exigido para a situação clínica. Preocupa-me saber que trabalhamos todos, de Norte a Sul do país com pessoal a menos nos nossos serviços.

    E esta ultima parte preocupa-me porque estamos a ajudar a destruir o Sistema Nacional de Saúde: o gestor gasta menos em pessoal e o serviço acaba feito. O doente vai para casa mais cedo, porque há cuidados continuados (pelo menos em papel...) que podem ir a casa dar-lhe a medicação. O doente não reclama por respeito aos enfermeiros que (ele viu e reconhece) se esfalfaram a trabalhar a dobrar. No final, o sistema está um pouco mais podre!!!!!!.....

    Não sou sindicalista, nem concordo com muitos dos métodos utilizados por eles, mas sei que temos de nos unir e lutar pelos nossos direitos como enfermeiros, profissionais de saúde, utentes deste SNS e como cidadãos responsáveis. E temos de fazer ver que o sistema está a ficar corrompido.

    Também me agradam algumas coisas. Saber que temos um SNS "tendencialmente" gratuito (está na Constituição - apesar de não gostar da palavra tendencialmente...). Saber que a maior parte dos profissionais trabalha com gosto. Saber que posso trabalhar sem perguntar se o utente pode pagar. Saber que posso trabalhar sem contar o número de seringas que utilizo, ou de compressas que gasto. Saber que no trabalho posso preocupar-me com o outro. Ainda há muita coisa que me agrada.

    Também me agrada saber que posso vir aqui e ver escritas algumas das ideias que me passam pela cabeça.
    Parabéns pelo blog.

    Um leitor pouco assíduo, João A.

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  8. Mais um bom post Guilherme.

    Fui formada em enfermagem em Portugal. Fiz muitos dos meus estágios no CHAM. Emigrei receém-licenciada e posso dizer-te que rapidamente percebi as mais valias do nosso sistema de saúde, apesar da universalidade, qualidade e gratuitidade ainda estar longe.

    Aqui pagas todos os cuidados de saude à excepção de teres um seguro de saúde. Os seguros são caros e têm franquias.

    Cuidados primários não existem (não dão $$ às seguradoras).

    A saúde é um negócio. Lucruoso.

    Bem haja!
    Aqui se quis

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  9. boas! Mas onde é que estas a trabalhar? nos states??
    G.

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