terça-feira, 18 de junho de 2013

Mais tristes notícias...


Dezenas de enfermeiros e assistentes operacionais despedidos do Curry Cabral em Lisboa (ver notícia aqui)



Tentativas de suicídios disparam 50% no Alto-Minho entre 2011 e 2012, onde a Unidade de referência é a ULSAM (reportagem SIC)

4 comentários:

  1. Sempre com o paleio de que sem enfermeiros e auxiliares os hospitais não funcionam... os doentes não comem... que não têm quem os vigie, monitorize, reanime... quem lhes diminua as dores, quem os cuide, quem os alivie,quem lhes dê a mão no momento da morte. Só balelas...
    Razão tem a Ordem dos Enfermeiros que encheu o hospital de pessoas dos seus órgãos, mas teve o bom senso de todos serem cegos e surdos e assim nem se chateia com as situações limite que estão a ocorrer e a aturar os seus membros, enfermeiros piegas e submissos.


    O que é necessário é directores para GERIR O CONHECIMENTO e planear COMUNICAÇÃO. O que realmente faz falta é directores para gerir a RELAÇÃO COM O UTENTE fechado num gabinete, sem saber o que realmente se passa nos serviços.
    Como já há director para a imprensa, para as relações internacionais, sugiro:
    Director para o Marketing
    Director para reavaliar o Marketing
    Director para o Director de Marketing.
    E já agora que despeçam todos esses chatos dos enfermeiros e auxiliares e criem um director do Departamento de AUTO-AJUDA. Assim quando um doente for internado, leva um kit de medicação com um livro-guia sobre auto-administração, auto-monitorização, auto-vigilância e assim se justificará a criação do Departamento de Auto-Ajuda.


    SEM O DEPARTAMENTO DO CONHECIMENTO...
    Quem se lembravam de colher sangue e ver os resultados?
    Quem se lembrava de monitorizar o doente e interpretar os valores?
    Quem é que sabia que era necessário vigiar a circulação periférica ou o efeito secundário da medicação?
    Quem se lembrava que, antes de administrar ou não a medicação, se devia avaliar TA/P e glicemias?
    Quem se lembrava de chamar a "urgência" para intervir perante o agudizar dos sintomas do doente?

    SEM O DEPARTAMENTO DA RELAÇÃO COM O UTENTE...
    Quem é que recolhia os dados para avaliar os antecedentes do doente?
    Quem é que sabia o porquê da angustia do doente por ter a esposa também internada?
    Quem é que avaliava a situação social para planear a alta?
    Quem é que resolvia os conflitos com os familiares e a revolta dos mesmos?
    Quem é que intervinha para resolver os conflitos entre os familiares?

    Como podem ver, os enfermeiros e auxiliares são uma cambada de ignorantes, ingratos. Têm sorte de ter quem vos dirija.



    "O destino é o que baralha as cartas, mas somos nós os que jogamos."
    William Shakespeare

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  2. por momentos assustei-me com este comentário... muito bem metida!

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  3. Espero muito sinceramente que quando um dia for internado, ou a sua mãe, esposa, filha o que seja...tenha sempre a seu lado um "Director para gerir o Conhecimento". Esse sim lhe dará a medicação quando tiver dores, dará uma palavra de conforto e esperança nos momentos mais difíceis...um dia mais tarde se não conseguir se alimentar ou realizar a sua higiene pessoal ele estará presente, sem dúvida alguma, para o auxiliar com tudo isso..é esta realidade deste País, é esta a ingratidão para com aqueles que todos os dias tentam fazer algo mais pelos outros.
    Não se esqueça da próxima vez que necessitar de se dirigir a uma urgência (desculpe esqueci-me, o mais certo é ir directamente ao "Director que gere o Conhecimento", porque este deve ter um serviço permanente ou uma linha 24 horas)de prescindir dos cuidados de Enfermagem ou dos auxiliares. Aposto que não o faria, porque é nestes casos (o senhor) que se vê a cobardia, a falsidade, a ignorância e o total desconhecimento do que é a Saúde, a rotina hospitalar, os cuidados à Pessoa e a importância de uma equipa multidisciplinar.

    Por favor, numa próxima vez, fale do que sabe.

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    1. Ao escrever aquele texto utilizei uma figura de estilo, a IRONIA.

      Ao utilizar a Ironia quis em dar a sensação de louvar o que pretendia condenar,
      escrevi o inverso do que pretendia deixar entender.
      Com a IRONIA pretendia sugerir o contrário daquilo que dizem com as palavras.

      A IRONIA assemelha-se à hipocrisia mas combate-a com as armas que esta mesma utiliza.

      Não pretendia ofender ou rebaixar, antes pelo contrario.
      Pretendia realçar o paradoxo do contexto em que vivemos. Despedem-se/não se renovam contractos a profissionais essenciais aos doentes e criam-se lugares... ...quero dizer, postos de trabalho sem os quais o hospital colapsaria, ficaria em ruptura.

      O teu sentimento é igual ao meu mas...

      "Lutar contra a injustiça custa-me mais do que sofrê-la."
      Jeanne Roland

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