Sempre com o paleio de que sem enfermeiros e auxiliares os hospitais não funcionam... os doentes não comem... que não têm quem os vigie, monitorize, reanime... quem lhes diminua as dores, quem os cuide, quem os alivie,quem lhes dê a mão no momento da morte. Só balelas... Razão tem a Ordem dos Enfermeiros que encheu o hospital de pessoas dos seus órgãos, mas teve o bom senso de todos serem cegos e surdos e assim nem se chateia com as situações limite que estão a ocorrer e a aturar os seus membros, enfermeiros piegas e submissos.
O que é necessário é directores para GERIR O CONHECIMENTO e planear COMUNICAÇÃO. O que realmente faz falta é directores para gerir a RELAÇÃO COM O UTENTE fechado num gabinete, sem saber o que realmente se passa nos serviços. Como já há director para a imprensa, para as relações internacionais, sugiro: Director para o Marketing Director para reavaliar o Marketing Director para o Director de Marketing. E já agora que despeçam todos esses chatos dos enfermeiros e auxiliares e criem um director do Departamento de AUTO-AJUDA. Assim quando um doente for internado, leva um kit de medicação com um livro-guia sobre auto-administração, auto-monitorização, auto-vigilância e assim se justificará a criação do Departamento de Auto-Ajuda.
SEM O DEPARTAMENTO DO CONHECIMENTO... Quem se lembravam de colher sangue e ver os resultados? Quem se lembrava de monitorizar o doente e interpretar os valores? Quem é que sabia que era necessário vigiar a circulação periférica ou o efeito secundário da medicação? Quem se lembrava que, antes de administrar ou não a medicação, se devia avaliar TA/P e glicemias? Quem se lembrava de chamar a "urgência" para intervir perante o agudizar dos sintomas do doente?
SEM O DEPARTAMENTO DA RELAÇÃO COM O UTENTE... Quem é que recolhia os dados para avaliar os antecedentes do doente? Quem é que sabia o porquê da angustia do doente por ter a esposa também internada? Quem é que avaliava a situação social para planear a alta? Quem é que resolvia os conflitos com os familiares e a revolta dos mesmos? Quem é que intervinha para resolver os conflitos entre os familiares?
Como podem ver, os enfermeiros e auxiliares são uma cambada de ignorantes, ingratos. Têm sorte de ter quem vos dirija.
"O destino é o que baralha as cartas, mas somos nós os que jogamos." William Shakespeare
Espero muito sinceramente que quando um dia for internado, ou a sua mãe, esposa, filha o que seja...tenha sempre a seu lado um "Director para gerir o Conhecimento". Esse sim lhe dará a medicação quando tiver dores, dará uma palavra de conforto e esperança nos momentos mais difíceis...um dia mais tarde se não conseguir se alimentar ou realizar a sua higiene pessoal ele estará presente, sem dúvida alguma, para o auxiliar com tudo isso..é esta realidade deste País, é esta a ingratidão para com aqueles que todos os dias tentam fazer algo mais pelos outros. Não se esqueça da próxima vez que necessitar de se dirigir a uma urgência (desculpe esqueci-me, o mais certo é ir directamente ao "Director que gere o Conhecimento", porque este deve ter um serviço permanente ou uma linha 24 horas)de prescindir dos cuidados de Enfermagem ou dos auxiliares. Aposto que não o faria, porque é nestes casos (o senhor) que se vê a cobardia, a falsidade, a ignorância e o total desconhecimento do que é a Saúde, a rotina hospitalar, os cuidados à Pessoa e a importância de uma equipa multidisciplinar.
Ao escrever aquele texto utilizei uma figura de estilo, a IRONIA.
Ao utilizar a Ironia quis em dar a sensação de louvar o que pretendia condenar, escrevi o inverso do que pretendia deixar entender. Com a IRONIA pretendia sugerir o contrário daquilo que dizem com as palavras.
A IRONIA assemelha-se à hipocrisia mas combate-a com as armas que esta mesma utiliza.
Não pretendia ofender ou rebaixar, antes pelo contrario. Pretendia realçar o paradoxo do contexto em que vivemos. Despedem-se/não se renovam contractos a profissionais essenciais aos doentes e criam-se lugares... ...quero dizer, postos de trabalho sem os quais o hospital colapsaria, ficaria em ruptura.
O teu sentimento é igual ao meu mas...
"Lutar contra a injustiça custa-me mais do que sofrê-la." Jeanne Roland
Sempre com o paleio de que sem enfermeiros e auxiliares os hospitais não funcionam... os doentes não comem... que não têm quem os vigie, monitorize, reanime... quem lhes diminua as dores, quem os cuide, quem os alivie,quem lhes dê a mão no momento da morte. Só balelas...
ResponderEliminarRazão tem a Ordem dos Enfermeiros que encheu o hospital de pessoas dos seus órgãos, mas teve o bom senso de todos serem cegos e surdos e assim nem se chateia com as situações limite que estão a ocorrer e a aturar os seus membros, enfermeiros piegas e submissos.
O que é necessário é directores para GERIR O CONHECIMENTO e planear COMUNICAÇÃO. O que realmente faz falta é directores para gerir a RELAÇÃO COM O UTENTE fechado num gabinete, sem saber o que realmente se passa nos serviços.
Como já há director para a imprensa, para as relações internacionais, sugiro:
Director para o Marketing
Director para reavaliar o Marketing
Director para o Director de Marketing.
E já agora que despeçam todos esses chatos dos enfermeiros e auxiliares e criem um director do Departamento de AUTO-AJUDA. Assim quando um doente for internado, leva um kit de medicação com um livro-guia sobre auto-administração, auto-monitorização, auto-vigilância e assim se justificará a criação do Departamento de Auto-Ajuda.
SEM O DEPARTAMENTO DO CONHECIMENTO...
Quem se lembravam de colher sangue e ver os resultados?
Quem se lembrava de monitorizar o doente e interpretar os valores?
Quem é que sabia que era necessário vigiar a circulação periférica ou o efeito secundário da medicação?
Quem se lembrava que, antes de administrar ou não a medicação, se devia avaliar TA/P e glicemias?
Quem se lembrava de chamar a "urgência" para intervir perante o agudizar dos sintomas do doente?
SEM O DEPARTAMENTO DA RELAÇÃO COM O UTENTE...
Quem é que recolhia os dados para avaliar os antecedentes do doente?
Quem é que sabia o porquê da angustia do doente por ter a esposa também internada?
Quem é que avaliava a situação social para planear a alta?
Quem é que resolvia os conflitos com os familiares e a revolta dos mesmos?
Quem é que intervinha para resolver os conflitos entre os familiares?
Como podem ver, os enfermeiros e auxiliares são uma cambada de ignorantes, ingratos. Têm sorte de ter quem vos dirija.
"O destino é o que baralha as cartas, mas somos nós os que jogamos."
William Shakespeare
por momentos assustei-me com este comentário... muito bem metida!
ResponderEliminarEspero muito sinceramente que quando um dia for internado, ou a sua mãe, esposa, filha o que seja...tenha sempre a seu lado um "Director para gerir o Conhecimento". Esse sim lhe dará a medicação quando tiver dores, dará uma palavra de conforto e esperança nos momentos mais difíceis...um dia mais tarde se não conseguir se alimentar ou realizar a sua higiene pessoal ele estará presente, sem dúvida alguma, para o auxiliar com tudo isso..é esta realidade deste País, é esta a ingratidão para com aqueles que todos os dias tentam fazer algo mais pelos outros.
ResponderEliminarNão se esqueça da próxima vez que necessitar de se dirigir a uma urgência (desculpe esqueci-me, o mais certo é ir directamente ao "Director que gere o Conhecimento", porque este deve ter um serviço permanente ou uma linha 24 horas)de prescindir dos cuidados de Enfermagem ou dos auxiliares. Aposto que não o faria, porque é nestes casos (o senhor) que se vê a cobardia, a falsidade, a ignorância e o total desconhecimento do que é a Saúde, a rotina hospitalar, os cuidados à Pessoa e a importância de uma equipa multidisciplinar.
Por favor, numa próxima vez, fale do que sabe.
Ao escrever aquele texto utilizei uma figura de estilo, a IRONIA.
EliminarAo utilizar a Ironia quis em dar a sensação de louvar o que pretendia condenar,
escrevi o inverso do que pretendia deixar entender.
Com a IRONIA pretendia sugerir o contrário daquilo que dizem com as palavras.
A IRONIA assemelha-se à hipocrisia mas combate-a com as armas que esta mesma utiliza.
Não pretendia ofender ou rebaixar, antes pelo contrario.
Pretendia realçar o paradoxo do contexto em que vivemos. Despedem-se/não se renovam contractos a profissionais essenciais aos doentes e criam-se lugares... ...quero dizer, postos de trabalho sem os quais o hospital colapsaria, ficaria em ruptura.
O teu sentimento é igual ao meu mas...
"Lutar contra a injustiça custa-me mais do que sofrê-la."
Jeanne Roland