sexta-feira, 3 de junho de 2016

35 horas, mas não para todos !?!


Após alguma incerteza e inverdade, após avanços e recuos, as 35h vão finalmente ser devolvidas aos enfermeiros. Foi uma temporada extremamente difícil marcada por uma tremenda injustiça e discriminação entre a classe. 
Trabalhar 40 horas semanais, por si só já é duro, fazê-las sem ver um único acréscimo no vencimento, ultrapassa todos os limites daquilo que é direito laboral actual.
Defendo as 35h para qualquer área, mas mais ainda para a enfermagem, por sabermos e está comprovado, que o trabalho em saúde é de maior desgaste e risco, principalmente pelo trabalho por turnos.
Ontem, dia 2 de Junho, na Assembleia da República, ficou decidido as 35h apartir do próximo dia 1 de Julho, sem faseamentos, para os CTFP, com votos favoráveis do PS, PCP, Verdes, BE e PAN e votos contra (como seria de prever) da direita.
Esta foi uma batalha ganha, muito pela pressão do Sindicato e quando digo sindicato refiro-me apenas ao singular, porque o que se viu foi movimento do Sindicato dos Enfermeiros, mais concretamente do SEP, não vi sindicatos de outros sectores muito preocupados com esta matéria.
A batalha foi ganha, mas não a guerra, porque o que se pretende é que as 35h sejam para todos, independentemente do vínculo (posição marcada pela PCP, Verdes e BE), porque caso contrário estamos a fazer com que a injustiça persista, já que os CITs não foram abrangidos.
Da mesma forma que os CITs que já faziam as 35h se solidarizaram com esta luta, aderindo a greves por esta causa, espero eu, que quando os CTFP tiverem as 35h, se solidarizem pela luta que agora se adivinha, dos CITs com 40h.
Dia 6 de Junho haverá uma nova etapa decisiva sobre esta matéria, numa reunião entre Ministério da Saíde e SEP, onde se pretende negociar um Acordo colectivo de trabalho (ACT) para a aplicação das 35h semanais aos CITs.
Lutar pelos nossos direitos, por justiça laboral afinal faz sentido!

4 comentários:

  1. Mas vai haver greves pelas 30 horas?

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  2. A sério? Não brinquem comigo! O trabalho de um só sindicato? Não meu caro...dos enfermeiros que lutam e se manifestam à margem dos sindicatos(no plural, procurem sempre o que vos pode unir e não aquilo que vos divide)...e são muitos! Ah! Não esqueças o que a atual direção da nossa Ordem tem Feijó nos bastidores do poder!
    Que o futuro sorria sempre para todos com um rosto de esperança!

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  3. Deixo aqui um excerto do Jornal I (09/06/2016) acerca do Bebé-Milagre: "Enfermeiras faziam todos os dias festas na barriga da Mãe para a Criança ter CALOR HUMANO", para reflectir para uma possível publicação no Blog.
    Atenciosamente.
    Ribeiro

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  4. Romance baseado em fatos reais, que acompanha o dia a dia de uma médica emergencista, Dra Veronika Maran, na lida diária para salvar vidas no SUS (sistema brasileiro de saúde pública), enquanto tenta equilibrar sua vida pessoal rodeada por traumas, luto mal resolvido, relacionamento familiar complicado e medo de se envolver emocionalmente.
    Sagaz, inteligente, forte e destemida, Veronika sabe a que veio.

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    PRIMEIRO CAPITULO COMPLETO:
    https://doc.co/PaB8Ao

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    Inspirado em obras como Greys Anatomys, ER, House e Jessica Jones.
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    "Eu sou o improvável. Estava predestinada a ser ninguém. Pobre, mulher, descendente de negro, de índio, de fugitivos italianos, ou seja, do que muitos consideram a miscigenação da escória. E olha onde estou!?"- Veronika Maran.
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    Sobre o autor: Jule Santos, tem 29 anos, médica, desde 2010 trabalha com pronto socorro, desde sempre quis ser escritora, é apaixonada pelo SUS e torce para que esse sonhe nunca morra.

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