segunda-feira, 7 de junho de 2010

Os desabafos de um enfermeiro açoriano


Recebi há uns tempos um email de um colega dos Açores, que achei que devia partilhar convosco. Dizia o seguinte:
Boas!
É com admiração que lhe envio este email... acabei de ler praticamente todos os posts do seu blog e traduziu por palavras tudo o que penso. Gostaria de desabafar exactamente com a mesma pinta que o faz... incrivel! Vou começar por me apresentar... chamo-me (retirado a pedido do autor) e sou enfermeiro há (retirado a pedido do autor) (jovem ainda nestas andanças e no entanto já "farto" da muita mer** que vejo todos os dias). Trabalho numa instituição privada, de assistência psiquiátrica há quase (retirado a pedido do autor) anos...
Residente nos Açores, natural de (retirado a pedido do autor). Tirei o meu curso cá e acabei por cá ficar por opção e necessidade. Na altura aqui, ainda haviam garantias, mas actualmente o quadro está idêntico ao do continente... EPE's, contratos precários, desemprego em enfermagem e a minha antiga escola continua a formar pessoal, como o padeiro às 3 da manhã... é só meter no forno!
Iniciei a minha actividade profissional numa (retirado a pedido do autor)
Vim para (retirado a pedido do autor) cheio de sonhos e ilusões, pensando que local igual ao anterior não existia e enganei-me! Estou no quadro, e dou me por muito "feliz" por estar numa situação que muitos invejam actualmente. No entanto, sinto me completamente frustrado!!
Estou a fazer Noite e estou sozinho como enfermeiro no serviço. Tenho aqui junto a mim, um AAM a passar pelas madornas e outro noutra unidade a fazer provavelmente o mesmo.
Tenho agora sobre a minha responsabilidade cerca de 170 utentes (ou clientes, como dizem agora), distribuidos por 2 Unidades ( Agudos e Crónicos), num edificio com 4 pisos distintos (o edificio está estruturado quase como um labirinto), 1 deles sem acesso por elevador, apenas escadarias. Grande parte dos utentes são idosos, com patologias associadas à idade, além da doença psiquiátrica que os votou à institucionalização. Estou sozinho... rezando para que tudo corra bem!
Os turnos da Manhã, são assegurados por 2 enfermeiros em cada unidade, os turnos da tarde por 1 enfermeiro por unidade e o turno da noite, apenas 1 enfermeiro para as 2 unidades (Segundo a perspectiva de quem só vê papeis, à noite os doentes dormem, pelo que não se justifica estar a pagar a 2 enfermeiros, no minimo, para assegurar o serviço). Há uns meses, fizemos pressão ao nosso director de enfermagem para colocar mais um enfermeiro à noite, e a resposta foi negativa, pois não havia orçamento para admitir mais um enfermeiro. Justificamos o porquê da nossa exigencia, não só baseados no rácio, mas nas necessidades especificas dos utentes e rotinas associadas ao turno da noite... mas não valeu de nada... não havia dinheiro. Mas houve dinheiro para colocar uma senhora licenciada em recursos humanos (que deve ganhar o mesmo ou mais que eu), sentada no seu gabinete (com melhores condições que o nosso - que nem uma janela tem para arejar), para tratar das férias do pessoal e burocracias associadas, das quais nada percebo. Com certeza que é muito mais importante garantir que o pessoal pica o ponto a horas certas, tira os dias certos de férias (sem prejuizo para a instituição), do que garantir bons cuidados de enfermagem aos utentes internados nesta casa.
A minha rotina nas noites, é sempre a mesma: Entrar a rezar para que tudo corra bem e que nenhum utente passe mal ou morra no meu turno, ir às 2 da manha fazer ronda, mudar 30 fraldas com um auxiliar que quer despachar serviço, pois tem que ir dormir, assim, não posso tar cá com caganças de posicionar correctamente, esticar devidamente os lençois, e ficam lixados se peço ajuda para algo que não seja o habitual (só e estritamente mudar fraldas de qualquer jeito e feitio). Rondas aos utentes "independentes" faço sozinho se quiser. Nas rondas piso "escarros" de doentes, urina, fezes... faço acrobacias para me manter de pé e não partir a cabeça...
Às 6:30 começam as higienes dos utentes. Os pobres coitados que no fundo são acamados, são arrastados para o WC sem condições, e lavados à pressão, pois às 7 horas quando entram mais dois auxiliares, os 8 "utentes de cadeira de rodas" já tem que estar aprumadinhos, senão temos o caldo entornado. Às 7h entram uns quantos utentes despidos para os balneários (os considerados "independentes", mas apenas porque se seguram de pé) e lá estou eu a levar uma esfrega até ás 7:30. Durante essa hora, não há enfermeira para ninguém (foi-nos imposto auxiliar-mos nos banhos durante a noite... nós é que auxiliamos o AAM e não o contrário), só e apenas no balneário. Se estiverem a morrer, venham ter comigo!! Como já só tenho meia hora, e se não houver nenhuma complicação, tenho que ver Sinais Vitais necessários, administrar terapêutica, posicionar e mudar fralda a quem fica na cama, fazer notas para com sorte sair antes das 8:30 do serviço com o turno passado. Sinto me orgulhoso?! NÃO!!!! Tenho vergonha de ter tirado uma licenciatura para trabalhar nestas condições, para ganhar uns trocos no fim do mês... sim uns trocos!! Não há dinheiro que pague a minha preocupação por estar sozinho e a responsabilidade que carrego nos meus ombros de 170 pessoas... sim, 170 pessoas!!! Presto cuidados de qualidade ?? NÃO!!! simplesmente não é possivel... faço o que posso!
E isto é só o fio da meada... Agora tenho que ir dar banhos...
Muito obrigada pela disponibilidade... ler o seu blog inspirou me. Abri a boca e não me calei... desculpe!
Continuação de um bom trabalho!!
Enf. xyzxyz

NOTA: Alguns elementos foram retirados deste post a pedido do autor. Além de tudo isto que acabaram de ler, parece que naquele local há perseguição tipo PIDE, pois o colega manifestou-me o seu receio em ser despedido, pois o meio é pequeno e facilmente identificariam o autor. O seu discurso em nada foi modificado. Peço que reflitam no que acabam de ler. A minha vontade era fazer uma denuncia à Ordem, mas só o colega é que se deve pronunciar quanto a isso.
Recuamos 2 séculos no tempo.. a foto que imaginei logo para este post seria uma dos judeus nos campo de concentração, mas depois reconsiderei 

23 comentários:

  1. O e-mail desta colega deixou-me de lágrimas nos olhos (talvez eu me encontre numa fase mais sensível da minha existência), eu sou uma privilegiada, muito embora ainda não esteja no quadro na minha instituição nunca passei por uma situação semelhante. Tenho orgulho em si colega (se é que isso é possível), porque perante as condições que nos narra ainda se preocupa com os doentes, ainda tem autocrítica para compreender que essa não é a realidade esperada, apenas a que nunca deveria existir. Quando tenho 13 doentes numa noite acho que é inadmissível, para mim e para os doentes..estou mesmo a leste..fiquei sem saber o que dizer...

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  2. cara colega que dizer... que dizer de um mundo que pensávamos já não existir e de condições de trabalho que, também, pensávamos ter deixado para trás há 40 anos atrás... que dizer da irresponsabilidade de quem gere essa casa que se permite a colocar em risco a vida dos profissionais que aí trabalham... para além dos desgraçados que aí estão internados. Sim desgraçados porque só para si é que eles são doentes porque para quem gere são apenas a fonte do financiamento, são números, portanto.
    Que dizer do enfermeiro director que "vai na onda" que não há dinheiro e não toma a atitude, que lhe é devida, que é obrigado pelo código deontológico. Quase que importa saber, aqui, quem é ou são os doentes psiquiátricos. Se os que estão efectivamente doentes ou se aqueles que tomam as decisões.
    Cara colega, as condições infra humanas em que trabalha, ainda que no privado, deveria merecer da sua parte uma comunicação à Ordem dos Enfermeiros "os enfermeiros são obrigados a comunicar à Ordem dos Enfermeiros tudo o que possa por em causa a profissão ou os cuidados prestados aos doentes". É, também, uma forma de se salvaguardar e nem precisa de identificar-se. a Ordem é obrigada a intervir caso lhe chegue uma comunicação anónima.
    Deveria também comunicar a situação à Direcção regional dos Açores do SEP. EStamos a falar de condições de trabalho e, mais não seja, essa situação deveria aparecer nos órgãos de comunicação regional.
    Responsável deve ser também a secretaria regional de saúde com quem essa instituição deve ter um protocolo de acordo (presumo).
    Infelizmente a saúde mental em Portugal é tida como "uma coisa à parte", quanto mais distante melhor... que afecta só os outros... poucos ainda que perceberam que a linha que separa a "normalidade" da "anormalidade" é muito ténue e, infelizmente, no nosso país a tendência é tornar-se ainda mais ténue,
    Cara colega, pensar em si, aí sózinha, reporta-me a um caso que aconteceu há uns anos, poucos, de um colega, também jovem enfermeiro, da unidade de psiquiatria de um grande hospital de Lisboa, que durante a noite foi espancado por um dos doentes que, de repente, "não estava a dormir".Morreu! Morreu na sequência do espancamento sem que o tal grande hospital tivesse assunido que a morte foi em consequência do sucedido.
    Apenas mais um número que se perdeu...
    Apenas mais um acontecimento entre outros...
    Apenas um jovem enfermeiro atirado para um serviço, só, com doentes que nem sempre estão controlados e que o descontrolo de um pode levar ao descontrolo dos restantes.
    Que posso dizer mais a não ser para si todo o meu apoio e caso entenda, estar disponivel para pensar nas formas de tentar alterar a situação.
    E congratulá-la pelo trabalho que desenvolve a por ter aqui desabafado.
    Guadalupe Simões

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    1. palavras para quê? Isto parace do outro mundo!...
      Realmente não dá para acreditar que uma instituição privada possa escravizar assim tanto e cuidar nada. Sim nada! Essa malta vende a alma ao Demo, como se contuma dizer - só vêm $$$$$$ e a qualquer custo, mas eu acredito que Deus não dorme!... Colega é um lutador e uma pessoa forte que apesar de tudo ainda consegue trabalhar apesar de tantas contradições e de viver em conflito interno em revolta por trabalhar com tantas injustiças e desumanização.

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  3. 170 doentes é muito.........é mesmo assim colega:)eu fiz noites com 26 doentes mas 170...........................você não trabalha é explorada.

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  4. Fiquei muito sensibilizado com o texto que acabei de ler.
    Sei da realidade que o colega fala. Sou açoriano,e se não estou em erro, fiz estágio na instituição em causa.
    Já á 25 anos tivemos problemas com o director da instituição porque enquanto alunos queriamos intervir na melhoria da prestação de cuidados.
    Não prometendo nada, fico na disponibilidade de, pelos menos, poder ser parceiro na partilha da preocupação, e quem sabe, talvez encontrar uma solução.
    Francisco Branco (tenho a certeza que o colega sabe onde me encontrar)

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  5. Na casa de Saúde de S. João de Deus (Barcelos) acontece a mesma coisa.
    Muita força caro colega.
    Um abraço

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  6. cambada de hipócritas. a ordem dos enfermeiros ia fazer o quê?
    O sindicato ia fazer o quê?
    São casas de morte, e o tempo dos enfermeiros já passou. hoje enfermeiro é operário, nunca doutor.

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  7. Como é possivel que hoje em dia tal aconteça! Chegamos a um ponto que achamos normal a anormalidade à nossa volta pelo simples facto de que não a conseguimos mudar... E os trocos fazem falta no fim do mês! Mas como têm um sabor amargo o dinheiro ganho nessas condições... Peço-lhe em nome desses doentes que ao menos faça uma queixa anonima à ordem. As 170 pessoas que não se podem manifestar de certeza que o meressem.

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  8. Custa a crer essa relação Enfermeiro/Doente, mesmo com apoio de auxiliares, que ao que parece são dois!
    A Psiquiatria sempre teve histórias de arrepiar. Esta é mais uma!
    A minha solidariedade total para esse enfermeiro/a dos Açores e para os outros que tenham "caído" em situações semelhantes!

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  9. Anónimo das 14:15

    Denoto aí uma certa frustração, rancor... Que um dia não necessites dos cuidados de um Enfermeiro ou de uma "casa da morte" como tu próprio dizes.
    Já diz o velho ditado: "cá se fazem...cá se pagam..."

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  10. Obrigada por partilhar estas palavras.

    Eu de facto sempre estive muito de pé atras com enfermeiros do turno da noite porque nas duas vezes que fui operada foram intervenções muito complicadas e fiquei bastante tempo no hospital.

    Tive um enfermeiro excelente, de nome Fernando, que sempre me apoiou imenso mesmo com o tempo contado e depois tive enfermeiras parvas que me humilharam bastante quando ninguem estava a ver, precisamente nos turnos nocturnos.

    Eu nao me conseguia mexer nos primeiros dias, precisava de ajuda para tudo e os enfermeiros do turno da noite, os que eu ouvia do meu quarto que era ao pé de um daqueles postos deles, gostavam de ficar a 'namoriscar' pelos corredores. Eles e elas era só risadas.

    Se eu carregava no botao para me mudarem de posição porque ja me doia tudo, no inicio vinham amuados e ralhavam comigo, que nao podia carregar no botao durante a noite que era para dormir e depois deixaram de vir e pronto.

    A que me vinha lavar de manha com um pano molhado pelo corpo todo, era também quem me lavava as parte mais íntimas... um dia, quando eu ja conseguia levantar os braços, entrou pelo quarto com o pano molhado e disse-me assim:

    "Minha querida, hoje já nao te vou papar mais, sei que gostavas que te continuasse a comer mas apartir de agora lavas-te tu."

    E riu-se muito com mais outra enquanto me dava o pano pra mão.

    Eu tinha 16 anos e sinceramente tive tanta vergonha que nem quiz repetir o sucedido a ninguem... só queria sair dali depressa e nunca mais voltar.

    Foram os tempos mais humilhantes da minha vida e espero nunca mais ter de estar dependente de enfermeiros, nem ter de passar noites num hospital.

    Um grande abraço a vocês que ainda sabem ser profissionais mesmo em condições da treta. Muita força ao autor do email.

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    1. Sinto-me envergonhada e escandalizada com tudo o que acabei de ler!...
      Não há palavras para comentar tais "ordinarisses". É triste estar numa situação de dependência e de fragilidade e ser alvo de seres que se dizem humanos e de enfermeiros, como aqueles que cuidaram de si. Peço-lhe que situações como estas sejam denunciadas, não se remeta para o silêncio, porque antes de serem profissionais têm de ser seres humanos. Existem coisas que não se vão adquirir com o canudo, adquirem-se de berço e como ninguém pode dar aquilo que não tem .... O canudo ajuda a sensibizar, a polir e a direcionar a atenção para o que é essencial e para o que é da esfera própia de cada ser humano, como sendo uma esfera única para aquela pessoa que se tem em frente, mas as bases já têm de lá estar.
      Sou enfermeira e estas aberrações fazen-me corar de vergonha e de repugnância!
      peço-lhe que não olhe para todos os elementos desta classe socio-profissional com os mesmos olhos, pois felizmente que estes intervenientes da sua infeliz passagem não correspondem à amostra da classe- pelo menos assim acho eu!
      Sáude e muita paz para si.

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  11. em resposta ao joao. Hipocritas?! Nao percebo.. Se calhar deves achar melhor calar e consentir. Por muito pouco dinamica q possa ser a ordem ao menos nos devemos fazer aquilo q nos compete que 'e denunciar.
    Em resposta a matilde. E triste e lamentavel o k contas. Ha maus prof. Em todas as profissoes. Esses serao um exemplo disso

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  12. ó Guilherme, não leves a mal, mas não consigo deixar de ficar zangado quando observo as pessoas a dizer umas coisas e a fazer outras. A sra do sindicato e os srs da ordem é que fomentam com as suas enormidades a formação ao magote, e depois, instituições privadas que o proprio mercado se encarregaria de fechar, por impossibilidade de recrutamento de enfermeiros, outorgam-se o direito de fazer o que quiserem aos enfermeiros. A hipocrisia está aqui!
    Abraço e continuem o bom trabalho da Urgencia de Viana

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  13. quanto a ser casas de morte... muitos privados e alguns publicos são o quê... não queira que lhe explique o que é hipocrisia...

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  14. João,
    Não me trates por você... Não é necessário explicares-me o que é hipocrisia, porque infelizmente trabalho com ela. Apenas não percebi porque dizes cambada de hipocritas, quando se fala em denunciar problemas graves de qualidade de cuidados de enfermagem à entidade responsável. Agora se é competente ou não, como parece estares a questionar, já são outros assuntos. Eu no lugar deste colega que me enviou este "desabafo", faria uma denuncia à Ordem, nem que fosse anónima. Ao menos ficaria com a consciência tranquila, que fiz aquilo que está ao meu alcançe para tentar mudar. Agora se agiram, ou não, agora se autorizam aberturas de escolas estupidamente... isso são outras histórias.
    Agora também penso que não é justo misturares os sindicatos com isso, acho que não tem nada a ver

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  15. Boas noticias!! Fala se em colocar nos proximos tempos mais um enfermeiro no período nocturno... finalmente!!!! Só acredito vendo, mas há que manter a esperança...

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  16. Este comment anónimo é do autor do email? Muito boas notícias, todos os bocadinhos de progresso contam. Muita força para ti.

    Hang in there! :)

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  17. Olá Matilda!
    Quando vi essa noticia pensei que até fosse no meu serviço (Viana), mas vendo bem, deve mesmo ser do colega dos Açores que me enviou o email... Será que este post agitou as águas lá pro lado das ilhas??! nunca se sabe... bom menos mal... assim já não seriam 170 doentes para 1 enfermeiro. Agora cada enfermeiro ficaria com 85 doentes.. uuuuoouuuuuuuu!! como diria um amigo meu SHOW!!!

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  18. Assim se entende que nos Açores não tenhe havido qualquer manifestação de desagrado no dia 18 como li por aí.Não podem, o meio é pequeno.
    Questiono-me sobre as pessoas que se dão ao trabalho de estar um dia a falar sobre segurança nos cuidados e sustentabilidade do SNS, e não interferirem nestas situaçoes.
    estou á beira da reforma e este filme eu conheci quando iniciei a minha vida profissional.
    Coragem colega,nem todos somos priveligiados da sorte.esses seus doentes não sabem queixar-se á ministra ,nem fazer vigilias á porta de serviços que encerram.Coube-lhe a si e a outros ajudá-los.Nem todos estão a fazer bem o seu papel.Existe delegação da Ordem nesse Arquipelogo?O que estarão lá a fazer?O meio é pequeno.
    A si desejo-lhe coragem para continuar a cuidar o melhor que poder .
    Conheço o poder dos AAM nessas situaçoes e digo-vos não é fácil lidar.
    No Continente já se foi falando em personalização dos cuidados.Mas tambem parece que á custa do PEC isso se vai deixar de se usar.
    Não é inocente a não valorização da enfermagem.

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  19. e que tal responder a este questionário para o doutoramento de uma colega nossa sobre mobbing no trabalho
    http://planodecuidados.blogs.sapo.pt/17903.html

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  20. Trabalho no PEdro Hispano (MAtosinhos) e tenho 10 doentes à noite. Portanto, nao me sinto capaz de comentar tal desabafo.

    Triste profissao. Que fizeram dela?

    Força queridos colegas. Bj

    Odete

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