segunda-feira, 31 de maio de 2010

A vergonha das horas extraordinárias

Um (grande) colaborador do pddse enviou-me o seguinte artigo:

Segundo a agência LUSA, A Unidade Local de Saúde de Viana do Castelo (ULSAM) pagou, em 2009, mais de 5,8 milhões de euros de horas extraordinárias a médicos.
Quanto aos enfermeiros, o custo do trabalho extraordinário ascendeu a 800 mil euros.
A ULSAM tem 2621 funcionários, dos quais 528 são médicos e 861 enfermeiros.
Os números constam do Relatório de Contas da ULSAM, entidade que em 2009 teve resultados operacionais de 1,69 milhões de euros positivos e resultados líquidos de 1,49 milhões de euros positivos.

Consultem este artigo completo clicando aqui

É por estas e por outras que o lema deste blog faz todo o sentido...
Como já foi dito num post anterior, os enfermeiros deixaram de receber, já há uns tempos, a remuneração correspondente às horas extraordinárias efectuadas. Agora percebo porquê! É que eram precisos esses milhares de euros para pagar os MILHÕES aos médicos...
Os médicos ganham mais. É um facto.
O hospital precisava de contenção económica. É um facto.
O hospital foi dos poucos que apresentou contas positivas. É um facto.

Agora o que não é de facto aceitável, é deverem dinheiro aos enfermeiros.
Mas que raio de sistema é este?!
Ninguém ouve os médicos a queixarem-se por falta de pagamento, isto porque foram pagos os 5,8 MILHÕES DE EUROS correspondentes a horas extraordinárias.
Quanto aos enfermeiros... pagaram 800 mil euritos e... e... (isto tendo em conta que os enfermeiros são o dobro do número de médicos, até porque não acredito que aqueles dados estejam correctos, mas isso também não interessa muito).
Já entraram os sindicatos ao barulho, a frustração é a diária, a pressão aos chefes é contínua. Mas continua tudo na mesma e promete piorar.
É este o triste país que temos, os mais pobres é que levam sempre com a fava. Não se mexam, não...

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