sexta-feira, 10 de julho de 2009

Aos meus colegas do SU


Esta é uma carta destinada para a caixa de reclamações/sugestões do SU. Gostava que os enfermeiros do SU a lessem e manifestassem aqui neste blog a sua aprovação ou reprovação. Caso aprovem, refiram se, tal como eu, a assinam. Caso assinem, ela há-de chegar às vossas mãos. (ainda não sei é como, porque eu não vos a posso entregar)

Em qualquer local de trabalho torna-se essencial um ambiente minimamente saudável. Num serviço de prestação de cuidados ao utente mais ainda se tornará, por razões evidentes. Com um ambiente cordial e harmonioso a eficiência será potencializada, assim como o atendimento e bem-estar do utente.
É sabido que o conflito é comum nas relações inter-pessoais, devido à complexidade das diversas situações com que diariamente nos deparamos, o que não é compreensível é o conflito criado sem sentido.
Enumeras foram as vezes em que os enfermeiros desta equipa relataram no seu seio, como forma de descomprimir, situações lamentáveis e evitáveis, criadas nas tais relações inter-pessoais. Quase nunca estas situações, muitas vezes com graves contornos, são expostas a quem de direito, por receio de que o ambiente de trabalho se deteriore ainda mais, ou até porque as pessoas não se querem incomodar ainda mais.
Os enfermeiros encontram-se no meio de uma cadeia de classes, por conseguinte, estabelecem um maior volume de interacções profissionais. Consequentemente, são os que mais sentem a pressão do possível conflito, são os que mais o vivenciam e são os que mais sentem necessidade de uma intervenção exterior.
No nosso meio, a relação médico enfermeiro será indubitavelmente a mais decisiva, porém, lamentavelmente, é a que mais atritos gera. Não se pretende denunciar esta ou aquela situação lamentável, nem se pretende denunciar este ou aquele médico que tiveram atitudes infelizes. Pretende-se alertar as pessoas que têm a capacidade de mudar o rumo da situação, para evitar que estes episódios sejam frequentes e que evoluam para desfechos ainda mais infelizes, como por exemplo, possíveis agressões físicas, (como já aconteceu).
Sendo assim sugerimos:
Formação obrigatória para todos os profissionais, com o tema (p.e.) – “Saber estar, saber respeitar em trabalho em equipa”, ou consulta de psicologia obrigatória para todos os funcionários de (p.e) 5 em 5 anos, ou sempre que o profissional achasse importante.
Poderia ser uma medida inovadora e quiçá pioneira no nosso sistema nacional de saúde.

Os signatários,

Guilherme de Carmo

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Agora é convosco.. leiam, discutam, sugiram, cá vos espero..

15 comentários:

  1. Oh! Guilherme os médicos fazem o que querem, quando querem e como querem!
    Não estou a vê-los a frequentar uma formação que vise melhorar a relações interpessoais!
    Eles ainda se julgam supra-sumos, quem sabe talvez da preguiça, panoveando-se pelos corredores de ar altivo como se fossem "deuses" de sapiência!
    Mas nós que lidamos diáriamente com eles, conhecemos bem as suas fraquezas, quer como médicos, quer como pessoas! daí o desprezo que alguns nutrem pela nossa classe.
    Felizmente! não são todos assim, há alguns que dão valor ao trabalho de Enfermagem, que reconhecem a importância do trabalho de equipa, que tem a noção de que o seu sucesso passa incondicionalmente pela Enfermagem, é pena é que sejam poucos.
    Contudo desejo-lhe boa sorte! nessa iniciativa, que concerteza terá uma adesão excelente de todas as classes profissionais, à execpção da classe médica.

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  2. Talvez fosse interessante e adequado, todos os profissionais (sem distinções), receberem formação em gestão de conflitos, em gestão de tempo...

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  3. e você já pensou bem porque é que não tem o reconhecimento que pensa merecer?
    Você já contabilizou o tempo em que está a clicar mensagens no telemóvel ou a fazer telefonemas particulares durante as horas de serviço?
    Será que você quer ser entendido como um bom profissional, quando não se esforça nada para isso!
    Lembre-se que na instituição você é um profissional a quem é exigido um mínimo de eficácia.
    Mas o que você quer é protecção maternal!

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  4. Eu concordo plenamente com esse tipo de formações, não são só os enfermeiros que necessitam de permanente formação e actualização. Os médicos também o deveriam fazer, e alguns principalmente no conceito saber- estar/saber-ser. Espero que esta luta dê frutos...bons frutos.

    Ass.: alguém que estagiou no local em questão.

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  5. parece q houve alguem que enfiou a carapuça.... o seu comentário so me da vontade de rir!! eu tenho reconhecimento. basta-me o dos meus colegas, assim como eu os reconheço. Não reconheço é médicos que gostam de mandar piadolas e piropos a enfermeiras, pessoas prepotentes e que pouco sabem respeitar os que o rodeiam. Quanto a telemoveis não lhe devia nem responder, mas posso dizer-lhe que poucas sao as vezes que ando com telemóvel em trabalho, das poucas vezes que o tenho (tal como toda a gente) ele nunca influenciou o meu desempenho nem nunca há-de influenciar. Mas às vezes trago-o comigo para mandar beijinhos à minha mãe.
    Quanto aos outros comentários... é bom saber que partilham da mesma ideia!
    Abraço em breve teremos novidades!

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  6. black,
    está tudo dito.. felizmente temos excepções
    Abraço!

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  7. Só mais uma coisa para o senhor anónimo com carência maternal, quem é que falou em reconhecimeno??! este post fala em tudo menos falta de reconhecimento, fala principalmente em falta de educação. Tenho pena que não entenda o sentido dos meus posts. Mas quando fala nisso, parece-me que vê esse facto como comprovado, como uma evidência.. A mim não me incomoda que médicos (alguns) não reconheçam o meu trabalho, porque sinceramente, esses, nem 1/6 sabem do que eu (e meus colegas) fazemos. Provavelmente porque estão 5/6 do tempo sem se aproximar de um doente. Interessa-me que o doente reconheça, e que a minha equipa reconheça... o resto passa-me ao lado.

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  8. Meus caros amigos:
    Compreendo o Vosso legítimo desânimo e concordo no essencial com a ideia exposta pelo bloguista.
    Contudo, o meu desânimo é imenso. Provavelmente, de todos que param algum tempo para pensar.
    Porquê?
    Vejam a circular do dia 2 Agosto, referente ao modelo de desenvolvimento organizacional da ULSAM.
    O CA, resolveu passar a todos, repito a todos, os responsavéis desta ULSAM, um atestado de incompetência.
    Chamou a escola de gestão do Porto para desenvolver o modelo organizacional da ULSAM.
    Basta olhar para os bons exemplos que cá tem colocado.
    Claro que há outros interesses, na continuidade da escola de gestão neste hospital. Já andou por aí um blog a alertar para estes factos mas foi extinto.
    Não falta muito tempo para perceberem e concluirem que falo acertada.
    Continuando, como podem os colaboradores desta ULSAM, aceitar que nos venham dizer como nos vamos organizar. Saberão estes iluminados que a organização é sistémica.
    A organização é de dentro para dentro, ou seja, de entre pares. Há, seguramente, na ULSAM, saberes suficientes para fazer sucesso.
    O desenvolvimento organizacional da ULSAM,não é seguramente um qualquer ensaio teórico, pago a um preço de sei lá quanto.
    Se lerem atentamente a referida circular vejam quem o CA, escolheu como representantes do Hospital. Conhecem? obviamente pelas piores razões.
    Isto é uma vergonha.
    Sabendo-se que este CA, está mandatado em 2 meses, como se pode tentar trilhar um projecto para 5.
    Claro que tudo isto é p´ra ir por água abaixo. Entretanto, enquanto o pau vai e vem vão folgando as costas de alguns.
    Senhor líder do PS distrital, responsável maior pela nomeação destes senhores, acredite com este gesto cavaram a sepultura do PS no Distrito. Cavaram a deles e, provavelmente estão a cavar a sua.
    Caro bloguista espero que entendas que o Desenvolvimento Organizacional da ULDAM, está por agora, para além do SU.
    DESALENTADO

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  9. Caro Guilherme!!
    Sempre pensei que este post fosse mais comentado...mas visto que não, nem todos os seus colegas devem sentir necessidades de mudança/formação no SU...

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  10. para meu desanimo... é verdade...
    Também é complicado, porque as pessoas provavelmente querem manter o anonimato... compreende-se. Mas não há duvida que todos desejamos formação e acima de tudo, mudança.
    Mas mesmo assim, um dia, esta carta será enviada

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  11. De acordo com as propostas que apresentas Formação contínua e consulta de Psicologia é essencial e obrigatória! Em certos serviços como por ex o teu deveriam fazer uma avaliação psicologica mais frequente devido á exposição constante a situações caóticas e chocantes! Somos gente que trata de gente! Quem trata dos que tratam da gente?... em terra de cegos quem tem olho é rei mas até os cegos conseguem ser grandes carrascos e crueis para os outros cegos (Ensaio sobre a cegueira)

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  12. ta tudo dito... quem trata dos q tratam?
    Bom livro.. melhor o filme

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  13. NENHUM FUNCIONARIO PUBLICO, ESTA LIVRE DE PASSAR POR UMA NOVELA COMO A MINHA.

    ULSAM+ACSS-ESTADO NÃO QUER ASSUMIR ERRO DA LEI53/2006 E TENTA ENCOBRIR
    DURANTE 23 MESES ESTIVE ENGANADO NA MOBILIDADE ESPECIAL,SEM ME PAGAREM ORDENADO E A LEI A QUE ESTAVA AFECTO,NÃO ME PERMITIR TRABALHAR PARA O PRIVADO E SEM SUBSIDIOS.


    QUEREM ABAFAR O ERRO
    E AGORA QUEM PAGA O ERRO?
    Sou funcionário público do ministério de saúde (ULSAM), estive em mobilidade especial(lei53/2206) involuntariamente, durante 23 meses, a secretaria-geral nunca me pagou nada, dizendo que o meu processo se encontrava em analise, a lei a que estava afecto (53/2006) não me permitia trabalhar para empresas privadas. Puseram – me na miséria total,vendi tudo para sobreviver e estou endividado,perdi a minha casa, pedi comida a porta do GAF, no meio de toxicodependentes e alcoólicos para marcar a vez de chegada, debaixo de chuva e frio, tinha que fazer 3 km por dia a pé para alimentar a minha família, no fim a secretaria-geral do ministério de saúde ( Dra. Sandra Cavaca) decretou nulidade, remetendo-me para a unidade local de saúde do alto Minho (hospital de Viana do Castelo) onde eu era auxiliar de apoio e vigilância, e todas os direitos de indemnização teriam que ser feitos ao hospital, que cometeu o erro de me enviar e publicação no diário da republica, a minha colocação em sme, por sua vez o presidente da ULSAM Dr. Martins Alves, não assume o erro descartando-se de que o erro é cometido por a administração central do serviço de saúde (ACSS), ando em tribunal administrativo de Braga e nada se resolve, esta ajendada nova audiencia para dia 16 Novembro de 2010, que tenho que provar que passei fome, que vendi tudo para sobreviver e que estou cheio de dividas de prestaçoes que não pude cumprir e estou com medo que ainda vou perder o processo com o estado,em suma passei de funcionário publico a miserável. Fui admitido de urgência novamente no hospital e ao fim de 16 anos de quadro da função pública ganho 485 euro e ainda estou no 1º nível e estou com o ordenado penhorado em 320 euro mês, tudo por um engano que não foi meu, eu só queria regressar ao trabalho,em 2600 casos em mobilidade especial, eu fui o unico desgraçado, tenho vergonha do meu país.
    Bem hajam
    Atenciosamente
    Salomão Mário d'Almeida Santos e Vasconcelos Mendes
    tlm 916346420
    B.I.
    Português

    Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga
    Proc.º1211/09.9BEBRG-U.O.1

    ps: durante este periodo enviei vário emails a pedir ajuda ao Exmo sr Primeiro ministro José Socrates,e a Ministra da saúde.

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  14. AO FIM DE UM ANO DE TRABALHO NA ULSAM, ONDE FUI COLOCADO NO APROVISIONAMENTO, QUE PARA QUEM LÁ TRABALHA, SABE BEM AS NOSSAS CONDIÇÕES,FIQUEI AFECTADO DA VISTA DE TAL MANEIRA QUE TENHO QUE USAR OCULOS COM LENTES PROGRESSIVAS PARA O RESTO DA VIDA, O PIOR É QUE NÃO DISPONHO DE 870 EURO, E QUANTO MAIS ME MANTIVER ASSIM PIOR FICAREI, A MINHA PERNA ESQUERDA, DEVIDO A TER VARIZES SALTOU-ME UMA VEIA POR ESFORÇO QUE VOU TER QUE SER OPERADO, AGORA COM 2 ELEMENTOS DE FÉRIAS E UM DE BAIXA E A PEDIREM-NOS PARA FAZER-MOS HORAS A 2,50 EURO, PARA NÃO FALTAR MATERIAL CLINICO,HOTELEIRO E ADMINISTRATIVO DENTRO DA ULSAM E MAIS O DESTRITO TODO, COMO CENTROS DE SAÚDE E HOSPITAIS PONTE DO LIMA E TODOS OS ASSOCIADOS A ULSAM EPE, O QUE É QUE EU FAÇO? A ULSAM MERECE O MEU ESFORÇO DEPOIS DO QUE ME TÊM FEITO? HA E A DIRECTORA ASSISTENTE SOCIAL DA ULSAM RECUSA-SE A AUTERIZAR AJUDAS TÉCNICAS, A MEDECINA DO TRABALHOS DIZ QUE EU NÃO POSSO TRABALHAR ASSIM, MAS NINGUEM VÉ A MINHA SITUAÇÃO ECONOMICA COMO FICOU DEVIDO AO ERRO DA ULSAM(ter -me colucado em mobilidade especial enganado). SÓ ME RESTA VIRAR COSTAS E TRATAR DE MIM, SER OPERADO A PERNA E ESPERAR POR O TRIBUNAL ADMINISTRATIVO QUE CONDENE A ULSAM A INDEMINIZAR-ME, PARA EU COMPRAR OS DITOS OCULOS, ATÉ LÁ BAIXA OU MUDAR DE SECÇÃO.

    Salomão Mário Mendes

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  15. caro Salomão
    era preferivel que mandasse os comentarios para o post mais recente, pois desta forma dificilmente outras pessoas leem o que disse.
    Tambem pedialhe para ser mais claro, é que por vezes nao entendo muito bem o que pretende dizer. Gostava de publicar como post o que acaba de dizer, mas seria melhor dar um jeito as palavras para que se entenda melhor
    abraço

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