Após a controvérsia causada pelo enfermeiro que decidiu, e bem, escrever uma carta ao P.R, queixando-se de injustiça, perseguição e discriminação por parte da chefia de um serviço do Hospital São João, nova polémica acontece nesta imponente instituição de saúde.
Gilson Alves, interno de cirurgia cardio-torácica, está, desde esta 2ª feira, em greve de fome, num gabinete no próprio hospital.
Tal como todo o interno que quer dar mostras da sua dedicação e interesse, pediu inicialmente para assistir a cirurgias, mesmo após longas horas de urgência. A adrenalina, a vontade desmesurada de aprender, falavam mais alto que o bom senso. Depressa estes horários absurdos e desumanos se tornaram um hábito. Gilson Alves começou a ficar saturado, cansado de ser explorado. Ao contrário de muitos, não se calou. Manifestou a sua indignação, apontou os culpados e por isso foi castigado. Permanece desde Março confinado a um gabinete, onde nada mais fez do que magicar o plano que o poderia salvar deste precipício, idealizou a greve de fome, criou um blog onde movimenta todas as suas emoções, através de textos e vídeos. É aqui que recebe as centenas de comentários, maioritariamente a aprovar a sua causa. Poderão visitá-lo clicando neste link. Fiquem a conhecer a discriminação e calúnia a que foi sujeito.
Poderão vos surgir algumas dúvidas quanto à veracidade de tudo o que afirma, só estamos a conhecer a sua versão. Porém, a magnitude dos seus actos merecem no mínimo a nossa atenção. isto não se trata de um problema de um indivíduo, de uma classe, mas sim de um problema geral, que atinge muitos portugueses, das mais variadíssimas classe laborais. Despertem porque amanhã podem ser vós, ou um dos vossos, ou todos vós.
Boas Guilherme e leitores deste blog!
ResponderEliminarDesta vez não consigo ficar indiferente aos comentários unidireccionais que têm vindo a ser aqui feitos.
Acho bem que manifestemos as nossas opiniões livremente, mas quando o fazemos devemos justos e devemos estar bem informados quanto ao conteúdo daquilo que escrevemos... devemos evitar sugeitar-nos ao ridículo da parcialidade da informação que transmitimos, pois isso expõe-nos à perda de razão, mesmo quando a temos.
Agora em relação a este meu colega do HSJ e sem querer ser injusta deverias ter-te informado melhor... é que a parte dele não é a única. Pois atendendo aos problemas de saúde que o colega tem se calhar também não gostarias que um familiar teu fosse posto nas mãos do colega em questão, muito menos dado que estamos a falar de um futuro potencial cirurgião cardio-torácico... se calhar há uma razão para o que lhe estão fazer!
Uma vez mais... só quero é deixar uma coisa clara: há sempre mais do que uma maneira de olhar para uma questão e é por isso que devemos pensar melhor antes de nos pronunciarmos sobre um tema ou antes de tomarmos algum partido.
Boas! Tava a ver que ninguém comentava este assunto..
ResponderEliminarApenas relatei o que se estava a passar segundo a sua versão, tal como disse:
"Poderão vos surgir algumas dúvidas quanto à veracidade de tudo o que afirma, só estamos a conhecer a sua versão. Porém, a magnitude dos seus actos merecem no mínimo a nossa atenção. isto não se trata de um problema de um indivíduo, de uma classe, mas sim de um problema geral, que atinge muitos portugueses, das mais variadíssimas classe laborais."
Também percebi que deveria de haver alguma coisa por trás e que a personalidade do interno em causa era um pouco delicada, se assim o poderei dizer. De qualquer forma, na minha opinião, a forma como os seus superiores lidaram com a situação não foi a mais adequada. Ficar num gabinete durante meses??! E por mais defeitos ou disturbios que uma pessoa possa ter, nunca podemos julgar nem discriminar.
Outra questão que me incomoda é a quantidade de horas que ele e tantos outros como ele, são obrigados a cumprir. Esse foi o problema que quis enfatizar - o absurdo da carga de trabalho.
Para Anónimo:
ResponderEliminar- se for tão bom profissional de saúde como os textos que escreve...estamos mal!!! Umas aulas de ortografia e pontuação vinham mesmo a calhar!
Olha "Mike", piores em ortografia do que o Dr Gilson Alves não é difícil de encontrar e bem acima dele na cirurgia. E não é a ortografia correta que impede graves erros cirúrgicos ou outros, todos eles de especialistas que passaram sem reparos pelos internatos. Não porque nunca tenham tido falhas, que toda a gente de vez em quando tem. Mas porque não foram vistos como indesejados ou objeto de perigo de poder passar à frente de alguns "delfins" protegidos de orientadores ou diretores de serviço com quem as famílias da camorra fazem tráfico de influência e proselitismo.
ResponderEliminarA ortografia é fácil de corrigir com um corretor ortográfico e ou prática cuidada da escrita. O empenho e esforço para ser um bom profissional cirúrgico só se consegue com dedicação e bons professores ou orientadores. E se o orientador que calhe a um interno não se achar agradado porque o interno não tem "pergaminhos", ou não lhe "unta as mãos" e se este interno tiver origem humilde e comum como qualquer cidadão vulgar,não é visto com bons olhos andar a ocupar uma vaga que pode ser ocupada por outra pessoa com mais "brilhos" ou que pode abonar de modo bem generoso o "explicador" ou seja a dedicação, as aulas "particulares" do orientador. Logo quando nada escorre e o interno nem tem pergaminhos que permitam tráfico de influências para beneficio do orientador e ou do diretor, toca depressa a pòr o interno para fora, para que a vaga do serviço tenha um rendimentozinho substancial para os donos do serviço de estágio no próximo concurso do internato. É uma renda para Diretor e Orientadores que não se pode deitar fora com médicos vulgares, quando há tantos com pergaminhos e a arrendar bem as vagas que são abertas.
ResponderEliminarE como é que os senhores feudais dos serviços fazem isso? É muito fácil. Imagine
ResponderEliminaró "Mike" que você é o Orientador dum Interno no seu Serviço, que ao fim de uns anos de prática vai ter as mesmas competências que você e vai fazer concorrência a si, se for particularmente esforçado e interessado, aos seus, ou aos seus amigos e que professa ideais de honestidade e justiça, quando os ideais que você tem são de corrupção, favores e abuso de poder? Um interno asim é mesmo um perigo, uma ameaça ao modo de viver feudal e de exploração do pedágio. Um interno assim de modo nenhum lhe convém. O que você quer é um interno que nunca lhe aponte os abusos e as asneiras que você fizer. O que é que você vai fazer? Fácil. Você é quem manda. Dá-lhe tarefas que não lhe permitam uma preparação suficiente para ter aproveitamento nas provas e procura pô-lo a fazer tarefas que lhe sejam dificeis, desgastantes, consumidoras ou enganosas para que surjam erros e você possa castigá-lo e destruí-lo na moral e na reputação de tal modo que a reputação e a moral dele vá por água abaixo. Mais se ele se protestar consigo, se desrespeitar a sua autoridade, se se exaltar consigo, aí você aproveita para o pòr como maluco e que isso explica as asneiras que ele tem andado a fazer, o que limpa as suas mãos da "sujidade" que você andou a fazer com ele. Vocè "Mike", o orientador, fez a "sujeira" mas ele, o interno, é que fica "sujo" por muito "limpo" que seja. Você montou todas as ratoeiras onde ele foi apanhado. Você o discriminou, sujeitou-o a uma formação pobre e assediante, levou-o aos arames e ele caiu na esparrela, em vez de se ter ido embora logo que você começou a fazer-lhe a folha, ou de lhe dar umas massas para o amaciar com uma renda pela vaga que conseguiu arrumar no serviço onde você manda e contra a sua vontade e sem seu consentimento, uma vez que há quem lhe dè umas boas massas pelas vagas que você arranja no seu serviço, onde vocè é rei, duque, conde, toda a realeza que você quiser ser. Ninguém abaixo de si manda em você, você é quem manda e não tem que se justificar, mas apenas saber dizer o que lhe convier que o Hospital,a Ordem e o Ministério da Saúde estão sempre do seu lado e só vão dar ouvidos a você. Internos não faltam e cada vez mais vai haver muitos mais e mehores sedentos de uma vaguinha. Você tem uma mina de ouro nas vaguinhas que abre no seu serviço.
Não é pela parra que se vè a uva, mas pelo gosto. Não misture ortografia, ou a caligrafia, apesar de importante, com os conhecimentos adequados que um médico deve ter. Cada coisa no seu lugar e por si mesma.
O problema central e vergonhoso nisto é o encobrimento, o nevoeiro, do que de facto se passou entre o orientador, o diretor e o interno Dr Gilson Alves e se o Dr.GA for vitima de premeditação consertada e prevaricação dos seus superiores ele vai estar a ser prejudicado até que a Justiça (muito cara, muito lenta e muito asneirosa)se por acaso conseguir provar que tem razão lhe dê a razão que tem, mas que muitas vezes faz ao contrario e mesmo com razão, não lha dê. É muito mais simpático dar razão aos superiores do Dr.GA que um dia podem safar alguém dos que fazem a justiça, que o Dr GA que precisa ainda de comer muita sopa para chegar ao mesmo estatuto dos seus superiores.
ResponderEliminarAliás vê-se pelo o que a colega Anónima diz qual é o alinhamento dela. Apesar de criticar o Autor do Blog por o entender alinhado com o Dr.GA, é ela que vem colocar afirmações muito graves e caluniosas sobre o estado Dr.GA e que a peritagem que lhe foi feita desmentiu. Diz a Anónima "Pois atendendo aos problemas de saúde que o colega tem se calhar também não gostarias que um familiar teu fosse posto nas mãos do colega em questão" E todos entendem o que ela quer dizer com "problemas de saúde que o colega tem"
Esta "rica ou fresca" colega do Dr.GA representa exatamente o perfil de pessoas responsáveis pela criação e sustentação destas situações vergonhosas de arbitrariedade, prepotència e assédio dos superiores sobre os subordinados. De facto o Dr.GA não teve problemas de saúde mas problemas de abuso premeditado sobre ele, aos quais ele reagiu sem tacto e com bravura amadora e irrefletida. Mas fizesse o que fizesse ficava sempre mal, mesmo que tivesse saído calado e de fininho.
É que ninguém rodeado de gente seduzida pelos poder dos poderosos, pelos favores e simpatias que eles proporcionam às outras pessoas, sem caráter e lambe-botas como a Anónima, para isolar e encurralar a vítima, não lhe dá hipóteses de defesa social ou pelos pares, tornando-se um concorrente que é eliminado da corrida e motivo para as Anonimas receberem favores pelo apoio que prestaram aos superiores, apoiando o abuso de poder e o tráfico de influências tão gratificantes aos superiores, abandonando-o aos ataques e propagando a falsidade de problemas de saúde o que explicaria as asneiras de que é acusado e que podem resultar das armadilhas que os superiores de sofisma lhe colocaram no caminho e a esclarecer, mas que deviam já estar esclarecidas por um inquérito feito por pessoas independentes, honestas e fundamentadoras. E esta falta é imperdoável. Há meios para ser feito um inquérito competente e não foi feito. É o mesmo que não fazer uma ressuscitação quando ela tem de ser feita.
Ao contrário do que a Anónima diz as questões suscitadas pelo Autor do Blog são pertinentes, oportunas, incontornáveis, inteligentes e muito sensatas.
Não é na sedução pelo poder dos superiores que deve residir a simpatia da expressão, mas no tratamento justo, honesto, equitativo e proporcional, assente no esclarecimento célere, de facto e fundamentado das realidades e razões das partes em conflito, sem o qual não é licito a Anónimas e Mikes especular ou difamar a saúde, talentos e competências do Dr GA, nem a um Diretor ou Orientador ou ao Hospital ser acusação e juiz em causa própria. Quer o Dr GA quer o Diretor ou Orientador deviam ter sido suspensos de funções até ao esclarecimento irrefutável dos factos ocorridos por um inquérito transparente, isento e racional.
ResponderEliminarNo caso de vir a provar que o Dr.GA foi vítima de prevaricação dos superiores, o que não é implausível, quem é que o vai ressarcir, quem é que o vai levantar do chão? Ò Praça de Gente Madura? O Zeca Afonso?
Todos os que se calaram ou que mandaram calar os que como o Autor do Blog se levantaram contra as tropelias processuais e provocatórias realizados pelo Serviço contra o Dr.GA que aguentou sózinho o impacto demolidor de gente sem escrúpulos e desrespeitadora do procedimento administrativo e da constituição, são os responsáveis imaturos e imbecis pelos acontecimentos e repetição destas situações feudais e esclavagistas de abuso de poder e indignas de pessoas civilizadas, dos direitos humanos e da Cidadania. Feudalismo, nazismo, fascismo, pidismo nunca mais. Mas as sementes estão aí e não falta quem as aplauda. Ri-te do vizinho que a tua vez vem no caminho.
Guilherme do Carmo, parabéns. A humanidade precisa de mais gente como você.
Mesmo que o Dr.GA fosse de verdade um problema, em vez de vítima de uma armadilha, era muito mais correto consertá-lo do que destruí-lo. A posição vergonhosa que o Serviço e o Hospital tomaram foi acicatá~lo, rasteirá~lo para ter pretexto para o destruir.
ResponderEliminarEste país é indigno. Abunda a gente corrupta, desonesta e abusadora do poder.
Este diretor de Serviço está mais interessado em abusar do poder do que cuidar de doenças, ou não trataria uma pessoa saudável como doente, nem a destruiria para que assim parecesse.
É urgente um inquérito que esclareça a realidade. Os tribunais são o embuste e o branqueamento do abuso de poder, do tráfico de influências dum povo corrupto que dá prendas aos médicos e gorjetas aos empregados das secretarias para ir ou passar à frente do vizinho.
Quem vê o Mal e não o combate é porque dele faz parte.