segunda-feira, 8 de junho de 2015

Erros de comunicação entre enfermeiros e médicos


Uma das piores coisas que me podem fazer em trabalho é desvalorizar as informações que dou, relativamente ao estado de um doente e pior que isso é recebê-las com sarcasmo e indelicadeza.
Sei que trabalhámos sob pressão, com falta de pessoal e sei que há profissionais que não conseguem lidar com várias situações críticas ao mesmo tempo, mas ninguém (pelo menos os profissionais de saúde) têm uma responsabilidade directa nisso.
Há médicos que respeitam o que lhes é comunicado, alguns agradecem até, porque aquela informação é importante para o sucesso do seu trabalho, para o sucesso do trabalho em equipa, outros precisam de desenvolver essa capacidade, porque caso contrário cai por terra o sentido de cooperação, confiança e segurança entre elementos de uma equipa que tem objectivos comuns. Além disto, o que eventualmente poderá acontecer é o emissor "passar-se da cabeça" e responder igualmente mal... ou pior.


4 comentários:

  1. muito bom, mas incluía também nessa observação a dificuldade de comunicação e de passagem de informações importantes entre enfermeiros, já que por vezes informações importantes não são transmitidas e depois o outro colega é que fica com cara de banana. (sem contar que por vezes não são transmitidas na passagem de turno e como se não bastasse nem ficam registadas no processo) digno de um ataque de nervos kkkkkk

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  2. Sem duvida! Os erros de comunicaçao surgem em todos os sentidos e entre todas as classes e tao na base dos insucessos que por vezes acontecem

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  3. Concordo plenamente! Sou estudante de enfermagem e cada vez que estou em ensino clínico, apercebo-me da "pouca simpatia" envolta nessas situações, não só entre pessoal médico/enfermagem como também entre colegas nossos.

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  4. É verdade caro Guilherme;
    Na realidade a capacidade de comunicar é uma arte, que nem todas a herdam, e outros não a cultivam.
    Outrossim juntam as duas caraterísticas, e tornam-se verdadeiros esteios da arte de comunicar.
    Foi o que se viu há dias numa das reuniões das chefias do hospital que, diga-se, afincadamente têm lutado pelos seus direitos, fazendo a Enfermeira Diretora tremer, e Conselho de Administração recuar. Não é nada, mas são mais duzentos ou trezentos euros mensais para cada um deles.
    Foi então, quando envolvida com todo esse entusiasmo, que a razão estava do nosso lado, que a rosa se abriu, e baixinho, com o seu ar mimoso, nos foi dizendo: foi por tudo isto que o Senhor Presidente já me convidou.
    Verdadeiramente comunicadora!

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