terça-feira, 15 de outubro de 2013

Greve por regiões... estratégia falhada?


No último terço do telejornal, como já tem sido habitual, vejo com tristeza a notícia da greve de enfermagem. Aqui, desde logo se vê a importância que é dada a uma greve que a meu ver não faz sentido, nos moldes em que foi programada.
Uma greve por fases e por regiões, não é, na minha óptica, a melhor estratégia.
Mais desiludido ainda fiquei quando vejo que nem os dados de adesão foram recolhidos, ai questionei-me: Então qual o sentido da greve? Será que já prevêem maus resultados, que nem se dão ao trabalho de os recolher?
Sempre aqui no Blog e no local de trabalho manifestei-me como um defensor do sindicato de enfermagem mais activo (SEP), apoiando aqueles que reconheço como capazes de defender a classe e que muitas vezes são criticados sem fundamentos, mas desta vez, as criticas fazem sentido.
Já há vários anos que ouço muitos colegas afirmarem que só uma greve por tempo indeterminado  faria com que as nossas reivindicações fossem levadas a sério. Eu sou um dos que também defende essa ideia, mesmo aderindo a outras formas de luta. 
Apesar de vivermos tempos difíceis, apesar de cada vez levarmos menos dinheiro para casa, sou a favor de um sacrifício maior, que pelo menos terá maior probabilidade de ter valido a pena.
Chegou o momento de considerar esta hipótese. 
Se não houver adesão, a culpa nunca poderá ser do sindicato. A culpa será de todos os enfermeiros que a pediram, mas que não aguentaram o barco.  

1 comentário:

  1. Estratégia inteligente.
    1º Esforço mínimo - só 1/2 dia de trabalho perdido.
    2º Impacto máximo - consulta da manhã desmarcadas, cirurgias adiadas, exames adiados, admissões de rotina bloqueadas, preparação para exames, preparação para cirurgias, admissão para internamentos de rotina bloqueados, etc, etc cancelados.
    3º Os serviço mínimos serão o menor dos problemas porque será só por 4 horas mas com impacto na produtividade enorme.
    4º turnos da tarde e noite com equipas mais que reduzidas para salvaguarda da vida dos doentes sem capacidade de resolver entraves originados pela greve da manhã.

    Até que enfim começamos a ter ideias alternativas que reduzem o impacto nos enfermeiros e aumentam o impacto nas organizações.

    Agora só falta que a comunicação acabe com o black-out aos movimentos de enfermeiros e lhes dê pelo menos a visibilidade mínima que merecem.

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