segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Enfermagem intercontinental


Deixo-vos com uma pequena conversa por email, sobre a realidade da Enfermagem no Brasil.
Email enviado pelo Thiago, colega brasileiro:

"Olá Guilherme, há tempos tivemos uma rápida conversa através de seu blog sobre a enfermagem e ser enfermeiro. Sou enfermeiro, formando pela Universidade Federal da Bahia, atualmente estou desempregado, uma forte crise abate a grande área da saúde no Brasil, pela saturação de mão-de-obra, independente da categoria profissional (enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos...) e a escassez de postos de trabalho. Sofremos muito pela precarização do trabalho, pelos baixos salários (de € 332,00 a 1400,00), jornada de trabalho ainda não estabelecida, em média 36 horas semanais. Estamos na luta por 30 horas semanais, assim como as outra categorias, por um piso salarial nacional de 1969,00, ambos projetos de lei que estão tramitando no congresso nacional, faltando apenas a aprovação no senado. Temos problemas com a fragmentação da enfermagem, temos enfermeiros - bacharel universitário, técnicos de enfermagem - nível médio de ensino, equivalente ao enino secundário português, e auxiliares de enfermagem - nível fundamental, equivalente ao ensino básico. Um dos maiores problemas é que as lutas se tornam fragmentadas e individuais, além da falta de capacitação constante através de uma educação permanente e crítica.
Enfim, continuo lendo e seguindo o seu blog e divulgando para os amigos!"

Resposta:

"Ola Thiago!
Em Portugal a situação é semelhante. a questão das 30 horas não se coloca cá.. há horários de 35h e 40h principalmente.
Os auxiliares de enfermagem vao começar a aparecer... ainda desconheço em que moldes.
Nos últimos tempos lutou-se intensamente por uma carreira mais digna, com  justos salários, no entanto esta crise global atenuou a luta...
Basicamente estamos uma merda...
Abraço e volta sempre! vou publicar a nossa conversa.. é importante os leitores portugueses terem a perspectiva dai"

3 comentários:

  1. É sempre bonito usar palavras como "merda" em conversas transatlânticas...

    Quanto às gorjetas (pos´t anterior), não poderia estar mais em desacordo.

    1 - A pessoa que a dá, pode fazê-lo com boa intenção, mas também pode estar a demonstrar sentido de "corrupção";

    2 - O profissional deve fazer o seu papel independentemente das gorjetas; se há lutas de classe a fazer, não é certamente no local de trabalho que elas devem ser levadas a cabo!

    3 - Há serviços, onde os profissionais, quando confrontados com este tipo de atitudes, tentam evitar a "dádiva" (dizendo por exemplo "não tem que dar gorjeta, pois só estou a fazer o meu trabalho"), ou então, recolhem-na para o "mealheiro" do serviço, repartem entre toda a equipa, ou colocam na caixa de ofertas da capela do hospital;

    4 - Comprar favores com milhares/milhões de euros é suborno. Com 10 euros, também!

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  2. Não estamos em nenhuma aula de português, estamos num blog de opinião.
    Qualquer pessoa pode dizer merda, o importante é não ofender
    Quanto às gorjetas, se tiveres interessado na minha ideia, respondo no post "a gorjeta"

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  3. Caro Anónimo,
    Respeito a sua opinião. Qto a minha, qdo se compra um favor, o preço é feito antecipadamente, isso sim é suborno. Gorjeta, damos o q queremos e podemos, n é vergonha nenhuma, dar, nem aceitar. Vergonha é descriminar as pessoas, como se faz em todo o lado, os mais favorecidos conseguem tudo, só n compram a saúde, nem a vida, essa felizmente o preço é igual pra todos.

    Cumprimentos,
    L.F.P

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