sábado, 13 de fevereiro de 2010

Indignadinho de merda


Há dias ouvia na rádio uma entrevista ao Pedro Boucherie Mendes, júri do programa Ídolos, onde apelidava os portugueses (uma boa fatia), como os "indignadinhos de merda". Tudo isso a propósito das críticas depreciativas e ofensivas que faziam às opiniões deste controverso júri. Como se não fosse possível cada um ter a sua opinião. Não poderia estar mais de acordo com o Boucherie, somos na realidade um povo "indignadinho de merda".
Nos serviços de saúde ou em serviços públicos de uma maneira geral, é notória a rudez que as pessoas utilizam como arma intimidatória, talvez para ter um melhor ou mais eficiente atendimento. A reclamação foi completamente banalizada, assim como a falta de educação e a ameaça camuflada ou exposta.
É isto que vos digo e que vos tenho vindo a dizer e que de facto me incomoda, porque este distúrbio parece estar a entranhar-se na nossa cultura... Será da crise??
Quem me conhece sabe que sou justo e claro que muitas vezes há o mau atendimento, que deveria ser denunciado, mas por demasiadas vezes, não o é.
Curiosamente, numa outra rádio (sou muito radiofónico) falava-se de reclamações e a dada altura alguém referia que era importante que as instituições tivessem espaço para reclamação, mas que achava mal não haver um também para a felicitação, tipo um espaço de louvor. Relembrava um momento em que queria felicitar o bom trabalho de alguém, mas ninguém lhe soube dizer onde o fazer, porque simplesmente não existia. Novamente, concordo plenamente.
A culpa será das próprias instituições que apenas querem saber o que supostamente terá corrido mal. O que corre bem não é muito importante. E foi pela falta deste espaço, que alguém a louvar pagou para agradecer. Na figura está a prova

11 comentários:

  1. Quanto aos louvores ou elogios, na verdade o "livro amarelo" também pode (e deve, digo eu) ser utilizado para isso!! Já aconteceu no meu serviço um utente louvar o nosso atendimento! O problema é que o "livro amarelo" está associado ás reclamações...

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  2. E aproveito para deixar outra questão:

    Quem nos protege das mentiras dos doentes/familia/cuidadores em praça publica?

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  3. bem visto.. protecçao nao ha nenhuma. Prova disso foram os problemas que uns colegas da urgencia tiveram ha uns anos pela queda de um doente... como se nos tivessemos o poder de tudo controlar e vigiar..

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  4. Divulguem e Compareçam ao II Encontro Nacional de Blogueiros, ver mais in Cogitare em Saúde

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  5. Queria só chamar a atenção para o que se está a passar com o nosso MDP, informem-se no site da OE.

    A ideia de sermos todos especialistas parece-me um pouco "inadequada"...

    A ideia luminosa de sermos todos especialistas com base num portfolio (à RVCC - Novas Oportunidades), parece-me um atentado à dignidade da enfermagem. Quantas pessoas "tiraram" o 9º ano assim? Agora também o 12º e agora também ser enfermeiro especialista - que dignificante!

    Quem defende este modelo comparando-o com o internato médico, devia conhecer melhor como funciona o internato médico. Depois há uma questão simples e básica que os nossos amigos da OE ignoram: com Bolonha os médicos (e muitas outras profissões) saem com a sua formação ao nível do 2º ciclo de estudos (mestrado). Muitas outras profissões funcionam num modelo formativo 3+2 em que o mestrado acaba por ser uma especialização numa área mais específica.

    Se os enfermeiros não querem ficar para trás, tem de ser obrigatório existirem mestrados profissionalizantes nas várias áreas de especialização em enfermagem. Depois que venha o tal EPT ...

    A habilitação académica mínima para se ser especialista em enfermagem tem de ser o mestrado (2º ciclo de estudos de Bolonha)...

    NOTA: Sou enfermeiro graduado ligado à prática profissional, não tenho qualquer ligação ao ensino. As consequências futuras do que estamos a semear agora vão passar por uma completa vulgarização das especialidades e desvalorização académica da enfermagem...escolham!!

    Peço a vossa opinião e reflexão e que a façam chegar à OE, SFF.

    FILIPE

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  6. Filipe, antes de mais obrigado pelo teu util comentario. É um bom tema de discussao, mas decerto muits de nos, tal como eu, estamos na expectativa com tudo isto do MDP e muitos, tal como eu, não estao devidamente informados sobre tudo isto. Sera agora uma boa oportunidade. Para começar e penso que nao te importas, vou criar um novo post com o teu comentario

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  7. Pois é Guilherme, e desde que me mudei para o estrangeiro que sinto ainda mais esse mal entranhado na generalidades dos portugueses.

    Faz-me impressao sabes, porque só vou a Portugal 1 vez por ano e não sou muito dada á ideia de procurar desesperadamente mais portugues no estrangeiro, acredito que se aqui estou é para me dar com toda a gente, para abraçar a cultura, para me 'misturar'. Ou seja, a minha forma de pensar está mais simples, já nao tao á-portuguesa... entendes?

    Durante anos nem blogs portugueses lia mais.

    Isto para dizer, que agora, quando volto a ler blogs portugueses sinto cada vez mais o quanto a cabeça dos portugueses é maldosa e complicada.

    Coisas que sinceramente nem me apercebia antes e que sei que ANTES de vir para aqui também eu estava a ficar com uma mentezinha assim... ficamos meio corrompidos, intoxicados, quando ha tanta gente assim á nossa volta.

    Mas enfim, deixa-me triste ver é toda a gente tao depressiva, tao negativa, tao maldosa. Mas vou continuar a ser como sou, a escrever coisas simples e a esperar que pessoas também simples e straight forward como tu as entendam como elas são... sem tentar inventar essa treta das entrelinhas e das mensagens subliminares... e de criticarmos e gozarmos todos com os textos e escrita uns dos outros...

    Parabens por seres como és.

    Beijinhos.

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  8. é mesmo isso.. somos especialistas a ler nas entrelinhas e em mensagens subliminares.

    Obrigado! Por muito esquizoide que seja, gosto de ser como sou..

    Já agora, fiquei curioso. Onde vives e o que fazes ai no estrangeiro?? Se é que podes dizer..

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  9. Esta novela pode acontecer a qualquer funcionario público(em 2605 casos em SME,fui o azarado)


    ULSAM+ACSS-ESTADO NÃO QUER ASSUMIR ERRO DA LEI53/2006 E TENTA ENCOBRIR
    DURANTE 23 MESES ESTIVE ENGANADO NA MOBILIDADE ESPECIAL,SEM ME PAGAREM ORDENADO E A LEI A QUE ESTAVA AFECTO,NÃO ME PERMITIR TRABALHAR PARA O PRIVADO E SEM SUBSIDIOS.


    QUEREM ABAFAR O ERRO
    E AGORA QUEM PAGA O ERRO?
    Sou funcionário público do ministério de saúde (ULSAM), estive em mobilidade especial(lei53/2206) involuntariamente, durante 23 meses, a secretaria-geral nunca me pagou nada, dizendo que o meu processo se encontrava em analise, a lei a que estava afecto (53/2006) não me permitia trabalhar para empresas privadas. Puseram – me na miséria total,vendi tudo para sobreviver e estou endividado,perdi a minha casa, pedi comida a porta do GAF, no meio de toxicodependentes e alcoólicos para marcar a vez de chegada, debaixo de chuva e frio, tinha que fazer 3 km por dia a pé para alimentar a minha família, no fim a secretaria-geral do ministério de saúde ( Dra. Sandra Cavaca) decretou nulidade, remetendo-me para a unidade local de saúde do alto Minho (hospital de Viana do Castelo) onde eu era auxiliar de apoio e vigilância, e todas os direitos de indemnização teriam que ser feitos ao hospital, que cometeu o erro de me enviar e publicação no diário da republica, a minha colocação em sme, por sua vez o presidente da ULSAM Dr. Martins Alves, não assume o erro descartando-se de que o erro é cometido por a administração central do serviço de saúde (ACSS), ando em tribunal administrativo de Braga e nada se resolve, esta ajendada nova audiencia para dia 16 Novembro de 2010, que tenho que provar que passei fome, que vendi tudo para sobreviver e que estou cheio de dividas de prestaçoes que não pude cumprir e estou com medo que ainda vou perder o processo com o estado,em suma passei de funcionário publico a miserável. Fui admitido de urgência novamente no hospital e ao fim de 16 anos de quadro da função pública ganho 485 euro e ainda estou no 1º nível e estou com o ordenado penhorado em 320 euro mês, tudo por um engano que não foi meu, eu só queria regressar ao trabalho,em 2600 casos em mobilidade especial, eu fui o unico desgraçado, tenho vergonha do meu país.
    Bem hajam
    Atenciosamente
    Salomão Mário d'Almeida Santos e Vasconcelos Mendes
    tlm 916346420
    B.I.
    Português

    Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga
    Proc.º1211/09.9BEBRG-U.O.1

    ps: durante este periodo enviei vário emails a pedir ajuda ao Exmo sr Primeiro ministro José Socrates,e a Ministra da saúde.

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