quarta-feira, 22 de junho de 2011

Serviço de urgência com falta de soluções

Ano após ano, com início da época de férias sente-se a angústia da equipa de enfermagem pelo excesso de carga de trabalho.
Para aqueles que desconhecem como as coisas funcionam, numa empresa normal os rácios podem ficar diminuídos durante as férias, porque o trabalho de X pode esperar, ou até pode ser substituído pelo de Y, ou a produção pode até passar a ser menor, mas numa empresa de saúde, isso não pode acontecer. Os rácios têm que ser mantidos e assim, com as férias, surgem os problemas que tardam a ser solucionados. Os que lá estão, quer queiram quer não, têm que dar resposta e fazer bastantes mais horas do que aquelas estipuladas.
Na minha opinião, quando há problemas deste género num hospital o serviço de urgência deveria ser o primeiro a ser resguardado com um reforço de recursos humanos, nem que fosse temporário. Mas ano após ano a história repete-se e a indignação da equipa pela inércia sucessiva dos responsáveis aumenta.

6 comentários:

  1. Caro amigo, Guilherme;

    SEM COMENTÁRIOS!
    ABRAÇO!
    L.F.P

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  2. em termos ideais, as equipas deveriam ter margem de manobra para suportar as ferias daqueles que la trabalham... mas ha anos que nao e assim. todos trabalhamos a minimos, a rebentar pelas costuras,nao no periodo de ferias mas o ano inteiro. quem tem culpa?? nao sei mas quando se aprova o plano de ferias o nosso chefe, que tb e enfermeiro, assina em baixo a afirmar que se consegue trabalhar nessas condiçoes e a direcçao de enfermegem de seguida assina tb. mesmo antes de chegar ao administrador. tapamos os olhos e culpamos outras classes pq?????

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  3. Embora estejamos em realidade completamente díspares (Hosp São João e ULSAM) estamos neste momento a fazer uma recolha de propostas para reduzir o tempo de espera /melhoria da qualidade no SU. Independentemente de poder parecer uma proposta ingénua e esgotada penso que será sempre melhor do que um lamento puro e simples, ou seja, temos de concretamente expor uma proposta formal às direcções. Por cá foi a direcção que nos pediu e independentemente de trabalhar aqui ser duro aí parece-me bem pior.
    Louvo os profissionais que com tão pouco dão tanto.

    Pode ser que quando terminado o processo de recolha/compilação das diferentes propostas se possa retirar algo que também aí algum gestor "bem intencionado" queria recolher. No fundo fazer benchmarking... Eles, os economistas gostam mais destes termos anglófonos e menos de coisas como respeito pelos doentes e profissionais.

    Chama-se dourar a pílula.

    Podem ter sido palavras vâs mas não custa tentar.

    Se estiver interessado pode enviar mail para saudeeportugal@gmail.com

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  4. boas mauro.
    Foram palavras sabias
    espero que nos envies os resultados dessa recolha. Por aqui tambem pedem a nossa opiniao, mas depois acabam por fazer ao contrario como foi no tempo de dividir a equipa
    abraço e obrigado pelo teu comentboas mauro.
    Foram palavras sabias
    espero que nos envies os resultados dessa recolha. Por aqui tambem pedem a nossa opiniao, mas depois acabam por fazer ao contrario como foi no tempo de dividir a equipa
    abraço e obrigado pelo teu coment

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  5. Caro Gulherme e restantes colegas do SU do HSL (ULSAM). Por momentos achei que já tinhamos batido no fundo e era impossivel piorar, enganei-me. Aquilo que era desrespeito pela dignidade profissional dos enfermeiros transformou-se em violação da dignidade humana das pessoas quem exercem enfermagem naquele serviço. Acontece que agora já sou mais cauteloso quando me questiono se será ainda possivel piorar mais, pois acredito que embora díficil basta pensar um pouco para encontrar uma ideia manhosa para tapar mais um buraco.

    Outra questão que me coloco é até quando isto irá continuar?
    Obviamente que não consigo responder. Todos os meus anteriores prognósticos foram totalmente erróneos.
    A equipa de enfermagem está totalmente fraccionada e desgastada, que nem para lutar consegue arranjar forças, torna-se fácilmente manipulável. A maior parte dos colegas perdeu o respeito por si próprios.

    Reconheço que mesmo nestas condições parte significativas dos colegas conseguem manter um nível de qualidade e profissionalismo magnificos. Agora peço-vos um esforço mental para imaginar como seria possível fazer enfermagem de urgencia/emergencia se se cumprissem algumas metas fundamenais:

    - racios seguros;
    - horários normais (35h/semana;
    - formação em serviço;
    - supervisão clinica em enfermagem;
    - organização dos medicamentos e material de consumo clinico;
    - integração e acompanhamento dos elementos recém-chegados;
    - equipa de transferência de doente crítico;
    - reuniões de serviço para aferir formas de actuação, resolver confiltos e estabelecer objectivos alcansáveis;
    - manutenção adequados dos equipamentos;
    - dotação de A.O. adequadas;
    - orientação desses mesmos A.O. sobre estratégias de trabalho e objctivos a atingir;
    - Reuniões multiprofissionais para construir objectivos e estratégias comuns (respeito efectivos pelas várias classes profissionais, nomeadamente os menos diferenciados, porque como seres humanos são iguais ao director de serviço ou o primeiro ministro)
    ...
    .....

    Ops, desculpem estava a sonhar!
    voltando à realidade.
    Este comentário serve apenas para desabafar. Não vai trazer qualquer mais-valia. Tem o valor que lhe os leitores lhe queiram dar. Para mim ajudou a fazer um pouco se psicoterapia.

    Não me identifico por razões óbvias.
    Pergundarão vocês porquê? e eu repondo. Já vi coisas que pensei não serem possiveis.

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  6. ola,
    Não te identificas mas nao tenho duvidas que a maioria de nós subescreve as tuas palavras.
    Ja ha muito tempo que reparo que a equipa esta desgastada e fraccionada. Muito se deve à não valorização das matérias que levantas.
    Grande parte delas eram valorizadas no passado. Em muitos serviços ainda sao valorizadas. Noutros hospitais são respeitadas. Nos por ca estamos no caminho errado.
    Enganas-te apenas numa coisa, estas palavras trazem sempre uma mais-valia. Pode ser que apartir daqui se gere a discussão que pretendemos. pOde ser que essa discussão chegue a instancias superiores. Acho que devemos ser nos a tomar a iniciativa, porque acho que ninguem a vai tomar por nos. Acho que nos deviamos reunir e reflectir no que se esta a passar.
    PENSEM NISSO...

    Acho que o teu comentario daria um bom post
    G.

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